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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

28.4.15

Polícia Civil paralisa atividades contra cortes na segurança pública do RS

28/abr/2015, 15h40min

Polícia Civil paralisa atividades contra cortes na segurança pública do RS

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Policiais civis pararam no estado contra medidas do governo | Foto: Guilherme Santos/Sul21
















Da Redação

Policiais civis paralisaram as atividades nesta terça-feira (28) contra os cortes na área da segurança pública que já trazem conseqüências à população gaúcha. A interrupção dos serviços é o primeiro alerta ao governo e à sociedade sobre a gravidade da situação frente aos cortes de horas extras, promoções, efetivo e a instabilidade no pagamento dos salários. Além disso, os servidores anunciam forte mobilização contra a iniciativa do governador José Ivo Sartori (PMDB) de não cumprir os índices salariais aprovados no governo anterior, que elevam progressivamente os salários na segurança pública até 2018.

Desde as 8h, os policiais mantêm apenas regime de plantão para atendimento de casos graves nas delegacias do estado. Não estão circulando viaturas e também não estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas e demais procedimentos da polícia judiciária.

A mobilização seguirá até as 18h. As delegacias, apesar de abertas, registram apenas casos de flagrantes, homicídio, estupro ou ocorrências envolvendo crianças e adolescentes e lei Maria da Penha.  Em Porto Alegre,  os servidores que aderiram à paralisação se concentraram em frente ao prédio da Palácio da Polícia, na Avenida Ipiranga.

"Estamos desde cedo parados e vamos seguir assim o dia todo. Conversando com os colegas, estão todos os servidores muito insatisfeitos. Os homicídios, arrombamento de caixas eletrônicos e brigas de gangues aumentaram muito", conta o policial civil de Santa Maria, Pablo Mesquita.

Governo quer revogar aumento escalonado na segurança

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Isaac Ortiz | Foto: Guilherme Santos/Sul21

No mesmo dia em que os servidores aderiram à paralisação, o secretário chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, iniciou uma costura política com a base aliada para aprovar um projeto de lei que suspende os efeitos do escalonamento do aumento para os servidores da segurança pública. À imprensa, Biolchi disse que "entende a justa mobilização da categoria, mas as condições financeiras do estado não permitem uma negociação".

"O governador está indo na contramão com o contingenciamento na segurança. O estado não pode ficar esperando dinheiro para fazer segurança pública. Quando retiramos a polícia das ruas, quem toma conta é a criminalidade. Uma vez perdido este terreno, nunca mais recuperaremos. Ou há uma reação do governo, vindo a público e apresentando alternativas para falta de dinheiro ou as conseqüências só se agravarão", afirma o presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Isaac Ortiz.

No dia 21 de abril deveriam ter sido publicadas as promoções dos servidores. No entanto, nem mesmo os salários são garantidos pela atual gestão. "Todo final de mês convivemos com esta angústia de não saber o que vai ser. Eu gasto R$ 800 em remédios, não posso ficar sem o salário", diz o policial civil aposentado Erli Soares, que mesmo inativo aderiu à paralisação.

Susepe e BM se unem à mobilização da Polícia Civil

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Policiais cobram cumprimento de acerto pelo governo | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Em maio, o governo deve pagar a primeira parcela do subsídio para a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Susepe. Como forma de pressão pelo cumprimento da lei, as demais entidades representativas da segurança se uniram à paralisação da Polícia Civil. "O governo está fazendo terrorismo com a segurança pública. Infelizmente, hoje, a sensação de insegurança está muito grande e aumentando os índices de criminalidade e o governador não faz nada", critica Leonel Lucas, presidente da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf).

A Susepe paralisou parcialmente e 45 audiências de presos foram suspensas por conta da interrupção do serviço nesta quarta-feira. "Se o governo Sartori não cumprir a lei, todos estamos autorizados a não cumprir", diz o documento assinado por várias entidades da segurança pública.

Os servidores pretendem manter a mobilização e ocupar a Assembleia Legislativa se uma proposta contrária aos seus direitos for encaminhada.  Os funcionários da segurança também não descartam a possibilidade de greve geral. "Quem dirá se faremos greve ou não será o governador. Não vamos admitir ficar sem direitos", adianta o coronel da BM, Leonel Lucas.

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz