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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

14.4.15

Galeano era o último dos grandes, diz tradutor de obra

Galeano era o último dos grandes, diz tradutor de obra

Criado em 13/04/15 17h57 e atualizado em 13/04/15 18h19 
Por Leandro Melito - Portal EBC

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O escritor uruguaio Eduardo Galeano, quemorreu nesta segunda-feira (13), tinha no Brasil um grande amigo que considerava como irmão. Eric Nepomuceno foi responsável por introduzir a obra dele no Brasil. "É uma figura exemplar, uma figura singular, acho que é o último dos grandes", reflete Nepomuceno, sobre o legado deixado pelo amigo.

Ouça trecho da entrevista:

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Creative Commons - CC BY 3.0 - Nepomuceno: Galeano era o último dos grandes

Reponsável pela primeira publicação de um conto de Galeano no Brasil em 1974, Nepomuceno soube da morte do amigo por volta das 9h desta segunda-feira, por meio de um telefonema."Eu sabia que ele estava indo embora desde sexta-feira", conta.

Em entrevista por telefone ao Portal EBC, Nepomuceno lembra da última vez que esteve com Galeano, em janeiro deste ano."De uma certa forma eu não sabia que era uma despedida. Eu sabia que ele estava doente, magrinho, essas coisas todas, mas achei que ia dar tempo. Eu estava indo pra lá [Montevidéu] quarta-feira agora para vê-lo e agora estou indo para me despedir".

Ouça trecho da entrevista:

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Creative Commons - CC BY 3.0 - Nepomuceno fala sobre o último encontro com Galeano

O corpo do escritor deve ser cremado nesta quarta-feira (14). Na terça haverá uma cerimônia íntima para familiares e amigos e no período da tarde o corpo de Galeano segue para o Congresso Nacional do Uruguai, onde haverá uma cerimônia pública em sua homenagem.

"Reagir", repete Nepomuceno ao final de um exercício de síntese para explicar o que representou para ele o escritor e amigo Galeano.

"Se eu tivesse que resumir Eduardo em uma palavra ou em duas, seria o indignado, o que não se resignou. Ele teve até o fim uma profunda esperança, uma fé cristalina de que existe um outro mundo e que a gente não pode se conformar".

Ouça trecho da entrevista:

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Creative Commons - CC BY 3.0 - Nepomuceno define Galeano como "o indignado"

Para o escritor brasileiro, a vida de Galeano foi dedicada a entender que existe uma memória que tem de ser resgatada. "O passado é uma coisa viva, não é uma peça de museu", ressalta.

Nepomuceno conheceu Galeano em 1973, quando o escritor já havia publicado sua obra mais conhecida "Veias Abertas da América Latina". Na época Galeano era diretor da revista cultural e politica Crisis, fundada por Federico Vogelius.

Nepomuceno foi convidado a colaborar na revista e a relação entre os dois se intensificou ao longo dos anos. "Eu lembrar do Eduardo é lembrar dos últimos 42 anos da minha vida, é uma coisa absolutamente permanente", pontua.

 

CREATIVE COMMONS - CC BY 3.0


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz