Páginas

pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

31.7.16

O Brasil que queremos: nossas novas utopias

EMIR SADER

O Brasil que queremos: nossas novas utopias

por Emir Sader publicado 31/07/2016 15:31

Fizemos o lançamento público do livro O Brasil que Queremos, que eu organizei e foi publicado pelo Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), na Conferência Nacional dos Bancários. O evento contou com um seminário que incluiu debate sobre as transformações do sistema financeiro e suas consequências sobre os trabalhadores, com os economistas e professores Luiz Gonzaga Belluzzo (Unicamp) e o Ladislau Dowbor (PUC-SP); debate sobre as ameaças aos direitos dos trabalhadores, com o jurista Ricardo Lodi e o geógrafo Bernardo Mançano; e uma mesa final sobre O Brasil que queremos, com a ex-ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campelo, o ex-presidente Lula e eu na mesa, além da participação dos presidente da CUT, Vagner Freitas, da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, e da federação do empregados da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira, organizadores do ato e da Conferência.

A ideia do livro O Brasil que Queremos nasceu de uma conversa com o Lula, quando ele observou que as nossas utopias de 2002 tinham sido realizadas, e que necessitamos de novas utopias. Aquele objetivo de que os brasileiros pudessem comer três vezes ao dia, muito difícil naquele momento, tornou-se uma realidade. A agenda social foi incorporada ao consenso nacional. De tal forma que mesmo os candidatos da direita afirmam que manterão as políticas sociais dos governos do PT, embora seus gurus econômicos os desmintam.

"A economia não cresce porque o salário mínimo é muito alto", dizia FHC. Ou: "Sobrará muito pouco dos bancos públicos". Quer dizer que fariam o Bolsa Família com o Itaú e o Minha Casa Minha Vida, com o Bradesco? Ou as afirmações do guru econômico do golpe, com sua obsessão de terminar com a vinculação dos recursos para a educação e a saúde e limitá-los por 20 anos.

O certo é que o sucesso dos governos do PT fez com que o Brasil deixasse de ser o país mais desigual do continente e mais desigual do mundo, e saísse do Mapa da Fome, mas ainda está muito longe de ser exemplar em igualdade de direitos. O Estado brasileiro se abriu para políticas que garantem os direitos de toda a população, mas se mostra ainda – como se vê pelo golpe – um instrumento antidemocrático, que pode ser recapturado pelas elites para impor um governo ditatorial.

Da mesma forma que o sistema financeiro ainda sofre pelo peso hegemônico do capital especulativo na economia do país e o sistema tributário continua sendo injusto, recaindo sobre os assalariados e não sobre os ricos e os especuladores.

Temas como esses estão reunidos no livro, que tem a apresentação do próprio Lula, seguido por texto de Leonardo Boff, "A utopia Brasil, o virtual viável". Em um artigo, trato do caminho do Brasil que temos ao Brasil que queremos. Dalmo Dallari fala do aperfeiçoamento do sistema representativo no Estado democrático brasileiro. Belluzzo, da abertura financeira, a política industrial e o crescimento. Ladislau Dowbor, da economia travada pelos intermediários financeiros. Ricardo Lodi, da reforma tributária que precisamos.

O físico Luiz Pinguelli Rosa aborda a questão da energia nos governos Lula e Dilma e o golpe. O embaixador Celso Amorim fala de uma política externa altiva e solidária. Tereza Campello, da política de combate à pobreza que precisamos. Marcio Pochmann, dos novos desafios no início do século 21 para a política de educação. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha escreve sobre os desafios no setor que ajudou a mudar e hoje está ameaçado de recuar. Luis Antonio Carvalho sobre nenhum passo atrás na política ambiental.

Marilena Chaui sobre cultura política e política cultural. Bernardo Mançano sobre a política agrária que precisamos. Marcia Tiburi sobre a democracia de gênero. Nilma Lino Gomes sobre promoção da igualde. E o jornalista Renato Rovai sobre democratizar as comunicações para garantir a democracia.

O livro estará disponível nas dezenas de lançamentos que ja estão programados para todo o Brasil, assim como por livre acesso na versão digitalizada, na pagina do LPP: www.lpp.uerj.br e na venda por correio pelo endereço livros@lpp.uerj.br.


Ato na Redenção marca retomada das ruas, anunciam frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

31/jul/2016, 19h18min

Ato na Redenção marca retomada das ruas, anunciam frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Ato Fora Temer e contra o golpe, no parque da Redenção reuniu cerca de 4 mil pessoas, segundo os organizadores. "Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Ato "Fora Temer!" e contra o golpe, realizado neste domingo no parque da Redenção reuniu cerca de 4 mil pessoas, segundo os organizadores. "Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Marco Weissheimer

O novo ato "Fora Temer!", realizado na tarde deste domingo (31) no Parque da Redenção, em Porto Alegre, marcou a retomada das mobilizações de rua que deverão se estender ao longo do mês de agosto, em defesa da democracia e dos direitos ameaçados pelo golpe e pela agenda ultraconservadora do governo interino de Michel Temer. Esse foi o principal anúncio feito por lideranças da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo que convocaram a manifestação deste domingo. Além disso, as entidades que integram as duas frentes anunciaram também que está sendo construída uma greve geral para parar todo o país em defesa da democracia e contra o golpe. Segundo os organizadores, cerca de 4 mil pessoas participaram do ato na Redenção, realizado sob um sol forte.

Bernadete Menezes, da Frente Povo Sem Medo, afirmou que o fracasso do ato em defesa do impeachment da presidenta Dilma, convocado para este domingo, no Parcão, é uma evidência de que o golpe foi desmascarado. "Não tem quase ninguém lá no Parcão, porque a classe média também está se dando conta de que há um golpe em curso e os seus direitos também estão ameaçados. O golpe não é só contra a Dilma, mas também contra os direitos, contra a Previdência, as leis trabalhistas e a saúde pública. Lá no Congresso, nesta segunda-feira, teremos delegações de todo o país para derrotar o PL 257, que representa um brutal ataque contra os serviços públicos e contra os servidores públicos de todo o país. Esse projeto é apoiado aqui no Rio Grande do Sul pelo governador Sartori, que também faz parte do golpe. Esse sem vergonha renegociou a dívida do Estado e agora segue parcelando o salário dos servidores", afirmou a sindicalista.

31/07/2016 - PORTO ALEGRE, RS - Ato Fora Temer e contra o golpe, no parque da Redenção. Foto: Guilherme Santos/Sul21

Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo anunciaram novas manifestações para as próximas semanas, em Porto Alegre. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Para enfrentar projetos como o PL 257, que, em troca da renegociação da dívida, exige que os Estados apliquem um arrocho salarial sobre os servidores, cortem concursos e congelem investimentos, representantes de entidades sindicais, movimentos sociais e partidos que lutam contra o golpe, prometeram voltar a intensificar as mobilizações de rua. Entre outras atividades, está sendo programado um grande ato em Porto Alegre no próximo dia 16 de agosto. "Todo mundo já se deu conta que esse golpe é contra a democracia, os direitos sociais e trabalhistas", resumiu Claudir Nespolo, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS) e integrante da Frente Brasil Popular.

"Já acabaram com o Ciência Sem Fronteiras, adotaram regras que tornaram o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) mais difícil e querem aprovar agora o PL 257, que acaba com o serviço público. Querem destruir todo o legado de direitos construído e defendido por Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Lula. Não vamos permitir que isso aconteça", acrescentou Nespolo. O dirigente da CUT criticou ainda o papel que a Rede Globo vem desempenhando em todo esse processo, defendendo o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e, agora, querendo criar um clima de normalidade. "Todo o dia a Globo golpista repete que as coisas estão começando a melhorar. A Rede Globo alimenta o espírito de vira-latas junto à população brasileira, defendendo a entrega das riquezas do pré-sal para empresas petroleiras norte-americanas. Pois nós não iremos sair das ruas e vamos organizar a greve geral".

Paulo Pimenta acredita na possibilidade de reversão da votação do impeachment no Senado. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Paulo Pimenta acredita na possibilidade de reversão da votação do impeachment no Senado. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Na mesma linha, Débora Melecchi, diretora de Saúde da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Rio Grande do Sul (CTB-RS), destacou que, em menos de dois meses, "o governo ilegítimo de Temer vem tentando passar o rodo sobre os direitos dos trabalhadores, querendo alterar toda a legislação previdenciária e trabalhista". A sindicalista chamou a atenção também para a ameaça que representa a PEC 241 para a saúde pública e o Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta congela os gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro economizado seria canalizado para o pagamento da dívida pública. Como no caso do PL 257, essa proposta recai diretamente sobre os trabalhadores, os servidores e os serviços públicos, especialmente em áreas essenciais à população brasileira como educação, saúde e segurança.

Para o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), a partir desta segunda-feira inicia uma fase decisiva para o desfecho da crise política em que o país está mergulhado. Temer, assinalou o deputado, quer colocar em votação nesta segunda o PL 257 que, em nome da renegociação das dívidas dos estados, impõem cortes brutais de investimentos nos serviços públicos e, no caso do Rio Grande do Sul, pode representar a anulação de reajustes aos servidores aprovados pela Assembleia durante o governo Tarso Genro. Na terça. O governo interno quer votar, na Câmara, a mudança das regras de exploração do pré-sal já aprovada no Senado. Com esses projetos, disse Pimenta, Temer quer acertar as contas com os financiadores do golpe.

Além disso, assinalou ainda o deputado, o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prometeu acertar, na segunda semana de agosto, a situação do deputado Eduardo Cunha, ameaçado de cassação. Para Pimenta, os atos "Fora Temer!" realizados neste domingo em diversas cidades do Brasil representam a retomada das mobilizações para enfrentar essa fase final do processo do golpe. O parlamentar acredita que há uma chance real de vitória no Senado, na votação do impeachment. "Em março, Dilma tinha entre 9 e 12% de aprovação e 85% querendo o impeachment. Mesmo na recente pesquisa fraudada da Folha de São Paulo, 37% disseram que o que está acontecendo é um golpe. Nós temos 17 senadores que ainda não declararam o voto. Destes, precisamos de cinco. Vários destes senadores já disseram que definirão seu voto de acordo com a posição da opinião público de seus estados. Por isso, Lula está voltando ao Nordeste para conversar com a população".

Galeria de imagens

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Tags: 


http://www.sul21.com.br/jornal/ato-na-redencao-marca-retomada-das-ruas-anunciam-frentes-brasil-popular-e-povo-sem-medo/ 

Ato na Redenção marca retomada das ruas, anunciam frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

 31/jul/2016, 19h18min

Ato na Redenção marca retomada das ruas, anunciam frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Ato Fora Temer e contra o golpe, no parque da Redenção reuniu cerca de 4 mil pessoas, segundo os organizadores. "Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Ato "Fora Temer!" e contra o golpe, realizado neste domingo no parque da Redenção reuniu cerca de 4 mil pessoas, segundo os organizadores. "Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Marco Weissheimer

O novo ato "Fora Temer!", realizado na tarde deste domingo (31) no Parque da Redenção, em Porto Alegre, marcou a retomada das mobilizações de rua que deverão se estender ao longo do mês de agosto, em defesa da democracia e dos direitos ameaçados pelo golpe e pela agenda ultraconservadora do governo interino de Michel Temer. Esse foi o principal anúncio feito por lideranças da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo que convocaram a manifestação deste domingo. Além disso, as entidades que integram as duas frentes anunciaram também que está sendo construída uma greve geral para parar todo o país em defesa da democracia e contra o golpe. Segundo os organizadores, cerca de 4 mil pessoas participaram do ato na Redenção, realizado sob um sol forte.

Bernadete Menezes, da Frente Povo Sem Medo, afirmou que o fracasso do ato em defesa do impeachment da presidenta Dilma, convocado para este domingo, no Parcão, é uma evidência de que o golpe foi desmascarado. "Não tem quase ninguém lá no Parcão, porque a classe média também está se dando conta de que há um golpe em curso e os seus direitos também estão ameaçados. O golpe não é só contra a Dilma, mas também contra os direitos, contra a Previdência, as leis trabalhistas e a saúde pública. Lá no Congresso, nesta segunda-feira, teremos delegações de todo o país para derrotar o PL 257, que representa um brutal ataque contra os serviços públicos e contra os servidores públicos de todo o país. Esse projeto é apoiado aqui no Rio Grande do Sul pelo governador Sartori, que também faz parte do golpe. Esse sem vergonha renegociou a dívida do Estado e agora segue parcelando o salário dos servidores", afirmou a sindicalista.

31/07/2016 - PORTO ALEGRE, RS - Ato Fora Temer e contra o golpe, no parque da Redenção. Foto: Guilherme Santos/Sul21

Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo anunciaram novas manifestações para as próximas semanas, em Porto Alegre. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Para enfrentar projetos como o PL 257, que, em troca da renegociação da dívida, exige que os Estados apliquem um arrocho salarial sobre os servidores, cortem concursos e congelem investimentos, representantes de entidades sindicais, movimentos sociais e partidos que lutam contra o golpe, prometeram voltar a intensificar as mobilizações de rua. Entre outras atividades, está sendo programado um grande ato em Porto Alegre no próximo dia 16 de agosto. "Todo mundo já se deu conta que esse golpe é contra a democracia, os direitos sociais e trabalhistas", resumiu Claudir Nespolo, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS) e integrante da Frente Brasil Popular.

"Já acabaram com o Ciência Sem Fronteiras, adotaram regras que tornaram o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) mais difícil e querem aprovar agora o PL 257, que acaba com o serviço público. Querem destruir todo o legado de direitos construído e defendido por Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Lula. Não vamos permitir que isso aconteça", acrescentou Nespolo. O dirigente da CUT criticou ainda o papel que a Rede Globo vem desempenhando em todo esse processo, defendendo o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e, agora, querendo criar um clima de normalidade. "Todo o dia a Globo golpista repete que as coisas estão começando a melhorar. A Rede Globo alimenta o espírito de vira-latas junto à população brasileira, defendendo a entrega das riquezas do pré-sal para empresas petroleiras norte-americanas. Pois nós não iremos sair das ruas e vamos organizar a greve geral".

Paulo Pimenta acredita na possibilidade de reversão da votação do impeachment no Senado. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Paulo Pimenta acredita na possibilidade de reversão da votação do impeachment no Senado. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Na mesma linha, Débora Melecchi, diretora de Saúde da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Rio Grande do Sul (CTB-RS), destacou que, em menos de dois meses, "o governo ilegítimo de Temer vem tentando passar o rodo sobre os direitos dos trabalhadores, querendo alterar toda a legislação previdenciária e trabalhista". A sindicalista chamou a atenção também para a ameaça que representa a PEC 241 para a saúde pública e o Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta congela os gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro economizado seria canalizado para o pagamento da dívida pública. Como no caso do PL 257, essa proposta recai diretamente sobre os trabalhadores, os servidores e os serviços públicos, especialmente em áreas essenciais à população brasileira como educação, saúde e segurança.

Para o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), a partir desta segunda-feira inicia uma fase decisiva para o desfecho da crise política em que o país está mergulhado. Temer, assinalou o deputado, quer colocar em votação nesta segunda o PL 257 que, em nome da renegociação das dívidas dos estados, impõem cortes brutais de investimentos nos serviços públicos e, no caso do Rio Grande do Sul, pode representar a anulação de reajustes aos servidores aprovados pela Assembleia durante o governo Tarso Genro. Na terça. O governo interno quer votar, na Câmara, a mudança das regras de exploração do pré-sal já aprovada no Senado. Com esses projetos, disse Pimenta, Temer quer acertar as contas com os financiadores do golpe.

Além disso, assinalou ainda o deputado, o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prometeu acertar, na segunda semana de agosto, a situação do deputado Eduardo Cunha, ameaçado de cassação. Para Pimenta, os atos "Fora Temer!" realizados neste domingo em diversas cidades do Brasil representam a retomada das mobilizações para enfrentar essa fase final do processo do golpe. O parlamentar acredita que há uma chance real de vitória no Senado, na votação do impeachment. "Em março, Dilma tinha entre 9 e 12% de aprovação e 85% querendo o impeachment. Mesmo na recente pesquisa fraudada da Folha de São Paulo, 37% disseram que o que está acontecendo é um golpe. Nós temos 17 senadores que ainda não declararam o voto. Destes, precisamos de cinco. Vários destes senadores já disseram que definirão seu voto de acordo com a posição da opinião público de seus estados. Por isso, Lula está voltando ao Nordeste para conversar com a população".

Galeria de imagens

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Tags: 


http://www.sul21.com.br/jornal/ato-na-redencao-marca-retomada-das-ruas-anunciam-frentes-brasil-popular-e-povo-sem-medo/ 



30.7.16

Em dois meses de governo, Temer gasta R$8,6 bilhões a mais do que o previsto


Em dois meses de governo, Temer gasta R$8,6 bilhões a mais do que o previsto


Relatório revela que, apesar da proposta do presidente interino de conter as despesas, governo mostra dificuldade em controlar as finanças

 

temermeirelle

Por Redação

Foi divulgado, na última sexta-feira (22), um relatório feito pelo Ministério do Planejamento que mostra que, apesar da proposta de Michel Temer de conter as despesas do governo, em dois meses como presidente interino ele conseguiu gastar R$ 8,6 bilhões a mais do que havia previsto.

Nem o fato de ter convocado Henrique Meirelles, que, segundo economistas conservadores, seria o nome ideal para cortar custos, ajudou. Até agora, o governo Temer não fez nenhuma medida efetiva para enxugar os gastos; ao contrário, deu aumento para uma pequena parte dos servidores públicos.

Para o peemedebista, a proposta de diminuição dos dispêndios passa pelo corte de programas sociais e de direitos trabalhistas, como a aposentadoria.

Na parte dos programas sociais, o presidente interino já ameaçou diminuir a quantidade de casas ofertadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida e tem reduzido bolsas de estudos de jovens que estão fazendo intercâmbio por meio do Ciência Sem Fronteiras.

O governo também está arrecadando menos impostos, o que parece ser um sintoma da crise. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ainda afirmou que usará R$ 16,5 bilhões da reserva do Orçamento. A equipe econômica de Temer já avalia que o governo não conseguirá cumprir a meta fiscal.


http://www.revistaforum.com.br/2016/07/25/em-dois-meses-de-governo-temer-gasta-r-86-bilhoes-a-mais-do-que-o-previsto/









Tijolaço: Inacreditável! Juiz admite que não apreciou defesa de Lula

Tijolaço: Inacreditável! Juiz admite que não apreciou defesa de Lula

Juiz que recebeu denúncia contra Lula deixa claro que não ouviu a defesa

por Fernando Brito, no Tijolaço

A imprensa, louca para condenar Lula – por qualquer coisa, não importa – faz estardalhaço com a decisão do juiz Ricardo Leite, substituto da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília por ter recebido a denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente, Delcídio do Amaral e outros.

Não poderia ter agido de outra forma, por que – ao menos em relação a Delcídio – há indício material expressivo – a gravação feita por Bernardo, filho de Nestor Cerveró – de tentativa de obstrução da Justiça.

Mas o próprio juiz deixa claro, em sua decisão, que nem sequer examinou os argumentos das defesas – exceto o pedido de Lula para apresentar previamente a sua – e que, portanto, está recebendo a denúncia sem ouvir os acusados:

Quanto às defesas encartadas aos autos antes do recebimento da peça acusatória, entendo que este não é o momento adequado para sua análise, mas, sim, posteriormente, a eventual recebimento de denúncia, nos termos do artigo 396-A do Código de Processo Penal. Assim, por ora, deixo de apreciar as defesas escritas apresentadas pelos denunciados antes do recebimento da denúncia, bem como os memoriais entregues.

Ou seja, até agora Lula não exerceu seu direito de defesa o que, diz o juiz, poderá fazer agora. Tanto que, ao negar o pedido de apresentação defesa prévia do ex-presidente, argumentou:

Também a violação ao contraditório e à ampla defesa não procedem, uma vez que, caso haja a recebimento da denúncia, haverá a apreciação da resposta escrita com possibilidade de absolvição sumária…

Não entro no mérito do procedimento do juiz, embora não  observe a prudência necessária num caso que envolve uma figura política da expressão de um ex-presidente e a evidente exploração política de torná-lo réu que é, para o leigo, quase uma condenação. A interpretação larga do direito de defesa não proíbe ao juiz considerar informações que vêm aos autos, mesmo que não solicitadas., embora já não mais coberta pelo antigo  Art. 559 do Código de Processo Penal (da ditadura Vargas, vejam só) que dizia que "se a resposta ou  defesa prévia do acusado convencer da improcedência da acusação, o (juiz) relator proporá ao tribunal o arquivamento do processo", revogada na "democracia" punitiva.

Embora não mais expresso objetivamente – e tudo o que a lei não proíbe, permite – isso pode ser levado em conta, tanto que ele examinou e recusou uma preliminar arguida pela defesa.

Mas o fato é que, na interpretação estreita pela qual optou, deve ficar claro que a defesa sequer tem o conhecimento formal da acusação (Lei 8.038/90, Art. 4º, § 1º – "Com a notificação, serão entregues ao acusado cópia da denúncia ou da queixa, do despacho do relator e dos documentos por este indicados".)

Ou seja, todo o processo até agora é unilateral.

Sabe-se apenas que Lula é acusado de obstrução da Justiça. Com base em quê? No que Delcídio do Amaral alegou, depois de preso semanas a fio, em sua delação premiada.

Mas o que ele alegou, mesmo?

Dou um doce se alguém souber apontar algo que ele tenha apresentado como prova contra Lula.

Não tem problema, serve.

Vale tudo.


O fascismo e sua imbecilidade ilógica

SABOTAGEM

O fascismo e sua imbecilidade ilógica

Aprimora discurso hipócrita e mentiroso que irá justificar a construção, durante alguns anos, de um nefasto castelo de cartas, do qual sobrarão quase sempre apenas miséria, desgraça, destruição e morte
por Mauro Santayana, para a RBA publicado 28/07/2016 09:15
VITOR TEIXEIRA/FACEBOOK
fascismo.jpg

Seus "líderes" estão dispostos a defender o racismo, a ditadura, o genocídio e a tortura

Célebre por seus estudos sobre a França de Vichy, Robert Paxton dizia que o fascismo se caracteriza por uma sucessão de cinco momentos históricos: a criação de seus movimentos; o aparelhamento do setor público; a conquista do poder legal; a conquista do Estado; e, finalmente, a radicalização dos fins e dos meios - incluída a violência política - por intermédio da guerra.

O fascismo de hoje se disfarça de "liberalismo" no plano político e de neoliberalismo no plano econômico.

Seu discurso e suas "guerras" podem ser dirigidos contra inimigos externos ou internos.

E sua verdadeira natureza não pode ser escondida por muito tempo quando multidões uniformizadas, quase sempre com cores e bandeiras nacionais, descobrem "líderes" dispostos a defender o racismo, a ditadura, o genocídio e a tortura.

Que, quase sempre, são falsa e artificialmente elevados à condição de deuses vingadores.

E passam a ter seus rostos exibidos em camisetas, faixas, cartazes, por uma turba tão cheirosa quanto ignara, irascível e intolerante, que os exalta com os mesmos slogans, em todos os lugares.

Repetindo sempre os mesmos mantras anticomunistas, "reformistas" e "moralistas" contra a política e seus representantes - contra o "perigo vermelho", a "corrupção" e os "maus costumes".

Uma diatribe que lembra as mesmas velhas promessas e "doutrina" de apoio a outros "salvadores da pátria" do passado - que curiosamente costumam aparecer em momentos de "crise" aumentados intencionalmente pela mídia, ou até mesmo, a priori, fabricados - como Hitler, Mussolini, Salazar e Pinochet, entre muitos outros.

Não importa que as "bandeiras", como a do combate à corrupção - curiosamente sempre presente no discurso de todos eles - sejam artificialmente exageradas.

Não importa que, hipocritamente, em outras nações, o que em alguns países se condena seja institucionalizado, como nos EUA, por meio da regulamentação do lobby e do financiamento indireto, e bilionário, de políticos e partidos por grandes empresas.

Nem importa, afinal, que a democracia, contraditoriamente, embora imperfeita, aparentemente - por espelhar os defeitos próprios a cada sociedade - ainda seja, para os liberais clássicos, o melhor regime para conduzir o destino das nações e o da Humanidade.

Como ensina Paxton, na maioria das vezes os grupos fascistas iniciais sobrevivem para uma segunda fase, quando, como movimentos ou ainda como mera tendência, discurso ou doutrina - muitas vezes ainda não oficialmente elaborada - passam a se infiltrar e impregnar setores do Estado.

Esse é o caso, por exemplo, de "nichos" nas forças de segurança, no Judiciário e no Ministério Público, que passam então, também, a prestar dedicada "colaboração" ao mesmo objetivo de "limpeza" e "purificação" da Pátria.

Com o decisivo apoio de uma imprensa - normalmente dominada por três ou quatro famílias conservadoras, milionárias, retrógradas, entreguistas - que atua como instrumento de "costura" e "unificação" do "todo", por meio da pregação constante dos objetivos a serem alcançados e da permanente glorificação, direta ou indireta, do "líder" maior do processo.

Não por acaso, Mussolini e Hitler foram capa da revista Time, o primeiro em 1923, o segundo em 1938, e de muitas outras publicações, em seus respectivos países, quando ainda estavam em ascensão.

Não por acaso, nas capas de jornais e revistas, principalmente as locais, eles foram precedidos por manchetes sensacionalistas e apocalípticos alertas sobre o caos, a destruição moral e o fracasso econômico.

Mesmo que em alguns países, por exemplo, a dívida pública (líquida e bruta) tenham diminuído desde 2002; a economia tenha avançado da décima-quarta para a oitava posição do mundo; a safra agrícola tenha duplicado; o PIB tenha saído de 504 bilhões para mais de 2 trilhões de dólares; e, apesar disso, tenha sido reunida, entre dinheiro pago em dívidas e aplicações em títulos externos, a quantia de 414 bilhões de dólares em reservas internacionais em pouco mais de 12 anos.

Da fabricação do consentimento que leva ao fascismo, e às terríveis consequências de sua imbecilidade ilógica e destrutiva, não faz parte apenas a exageração da perspectiva de crise.

É preciso atacar e sabotar grandes obras e meios de produção, aumentando o desemprego e a quebra de grandes e pequenas empresas, para criar, por meio do assassinato das expectativas, um clima de terror econômico que permita tatuar a marca da incompetência na testa daqueles que se quer derrubar e substituir no poder, no futuro.

Criando, no mesmo processo, "novas" e "inéditas" lideranças, mesmo que, do ponto de vista ideológico, o seu odor lembre o de carniça e o de naftalina.

Como se elas estivessem surgindo espontaneamente, do "coração do povo", ou dos "homens de bem", para livrar a nação da "crise" - muitas vezes por eles mesmos fabricada e "vitaminada" - e salvar o país.

Afinal, é sempre com a velha conversa de que irá "consertar" tudo, corrigindo a desagregação dos costumes e os erros da democracia, que sempre apresenta como irremediavelmente, amplamente, podre e corrompida até araiz - como Hitler fez com a República de Weimar - que o fascismo justifica e executa seu projeto de conquista e de chegada ao poder.

É com a desculpa de purificar a pátria que o fascismo promulga e muda leis - muitas vezes ainda antes de se instalar plenamente no topo - distorcendo a legislação, deslocando o poder político do parlamento para outros setores do Estado e para "lideres" a princípio sem voto.

É por meio de iniciativas aparentemente "populares", que ele desafia a Constituição e aumenta o poder jurídico-policial do Estado no sentido de eliminar, impedir, sufocar, o surgimento de qualquer tipo de oposição à sua vontade.

Para manter-se depois, de forma cada vez mais absoluta, no controle, por meio de amplo e implacável aparato repressivo dirigido contra qualquer um que a ele venha a oferecer resistência.

Aprimorando um discurso hipócrita e mentiroso que irá justificar a construção, durante alguns anos, de um nefasto castelo de cartas, do qual, no final do processo, sobrarão quase sempre apenas miséria, desgraça, destruição e morte.

É aí que está a imbecilidade ilógica do fascismo.

Tudo que eventualmente constrói, ele mesmo destrói.

Não houve sociedade fascista que tenha sobrevivido à manipulação, ao ódio e ao fanatismo de seus povos, ou ao ego, ambição, cegueira, loucura e profunda vaidade e distorção da realidade de "líderes" cujos sonhos de poder costumam transformar-se – infelizmente, depois de muito sangue derramado – no pó tóxico e envenenado que sobra das bombas, das granadas e das balas.


http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2016/07/o-fascismo-e-sua-imbecilidade-ilogica-4186.html




Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz