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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

31.7.14

Governo de Israel: Nós queremos o fim do massacre em Gaza

Assina a petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/Governo_de_Israel_Nos_queremos_o_fim_do_massacre_em_Gaza/?agMVdib



Governo de Israel: Nós queremos o fim do massacre em Gaza

Por que isto é importante

"Nós, editores, escritores, professores e artistas, exigimos o imediato fim do massacre em Gaza. O mundo não pode assistir em silêncio ao extermínio do povo palestino; defendemos que nossos governantes rompam relações diplomáticas e comerciais com Israel, tal como foi feito com a África do Sul do apartheid."


Governo de Israel: Nós queremos o fim do massacre em Gaza

"We, editors, writers/authors, teachers and artists, call for an immediate end to the massacre in Gaza. The world cannot watch in silence the extermination of the Palestinian people; we want our leaders to break trade relations with Israel, as was done with South Africa of the apartheid."

"Nosotros, editores, escritores, profesores y artistas, exigimos el inmediato fin del masacre en Gaza. El mundo no puede ver en silencio el exterminio del pueblo palestino; defendemos que nuestros gobernantes rompan relaciones diplomáticas y comerciales con Israel, tal como hicieron con África del Sur del apartheid."

"Noi, editori, scrittori, professori ed artisti, esigiamo l'immediato fine del massacro a Gaza. Il mondo non può assistere in silenzio lo sterminio del popolo Palestinese. Sosteniamo, quindi, che i nostri governanti blocchino le relazioni economiche con Israele, come hanno fatto con il Suddafrica nel periodo dell'Apartheid."

"Wir, Verleger, Schriftsteller, Professoren und Künstler fordern die sofortige Beendigung des Massakers im Gaza-Streifen. Die Welt darf nicht still zusehen, wie das palästinensische Volk vernichtet wird; wir setzen uns dafür ein, dass unsere Regierenden die wirtschaftlichen Beziehungen zu Israel abbrechen wie im Falle von Südafrika während der Apartheid."

"Les sous-signés, éditeurs, écrivains et auteurs, enseignants et artistes, appelons à un arrêt immédiat du massacre à Gaza. Le monde ne peut pas assister en silence à l'extermination du peuple palestinien; nous voulons que les gouvernements rompent toutes les relations, notamment commerciales, avec Israel, comme cela a été le cas lors de l'apartheid."

https://secure.avaaz.org/po/petition/Governo_de_Israel_Nos_queremos_o_fim_do_massacre_em_Gaza/?agMVdib

ENTRA A MI HOGAR

ENTRA A MI HOGAR

Autor : J. Carlos Carabajal
Musica: Carlos Carabajal

Abre la puerta y entra a mi hogar,
amigo mio, que hay un lugar,
deja un momento de caminar.
Sientate un rato a descanzar,
toma mi vino y come mi pan,
tenemos tiempo de converar.

Que hay alegria en mi corazón,
con tu presencia me traes el sol,
manos sencillas, manos de amor
tienden la mesa y le dan calor.
el pan caliente sobre el mantel
el vino bueno y un gusto a miel
habra en mi casa mientras estés.

Estribillo
Que felicidad, amigo mio,
tenerte aqui conmigo y recordar
Haces que florezcan pecho adentro
ardientes capullos de amistad!

Toma mi guitarra y dulcemente
cántame con ella una canción,
que quiero guardar en mi memoria
el grato recuerdo de tu voz!


http://www.folkloredelnorte.com.ar/cancionero/e/entraamihogar.html

30.7.14

Manifesto - Caxias do Sul, 29 de julho de 2014.

Manifesto em Solidariedade ao povo palestino

Há mais de um mês acompanhamos indignados/as uma das maiores barbáries da nossa época: o genocídio de Israel contra o povo palestino

Os bombardeios e a ofensiva militar em terra em Gaza, somado aos confrontos diários entre soldados, colonos e palestinos em toda Cisjordânia, demonstram a inércia da ONU e a passividade da comunidade internacional frente aos crimes que estão sendo cometidos na Terra "Santa". 

Em
solidariedade ao povo palestino, reiteramos as propostas do Movimento global BDS (Boicote – Desinvestimento – Sanções: http://www.mppm-palestina.org/index.php/campanha-bds/91-que-e-movimento-bds):

Que todos/as os/as cidadãos, movimentos sociais, instituições religiosas, sindicatos, mostrem sua oposição aos projetos e ataques, participando do boicote a Israel (boicote cultural, recusando participar em intercâmbios culturais, artistas e instituições culturais, e de turismo; boicote acadêmico nas instituições responsáveis por promover as teorias e os conhecimentos necessários para o prosseguimento, por Israel, das suas políticas de ocupação e discriminação; boicote desportivo; e boicote ao consumo de produtos e serviços israelitas). E, também realizar campanha pelo desinvestimento, pressionando indivíduos, instituições financeiras e empresas a abandonar os seus investimentos em Israel para reduzir os lucros da economia israelita de guerra e apartheid, demonstrando que não pactuam com a política israelita de discriminação e expulsão do povo palestino e ocupação das suas terras.

Também exigir mobilização de nossos representantes de todas as instâncias para que ajudem a acabar com este absurdo. Denunciar as repetidas violações do direito por parte de Israel e pressionar o Estado e instituições brasileiras, de todos os níveis, para aplicação de sanções militares, econômicas e diplomáticas, suspendendo relações econômicas e militares com empresas israelenses, como a Elbique, que participa diretamente da construção do Muro da Vergonha, e que também suspendam o livre comércio e acordos bilaterais com Israel, pressionando ainda para que repudiem os ataques israelenses.

PELO FIM DO GENOCÍDIO.

PALESTINA LIVRE!

TODA SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO!


Caxias do Sul, 29 de julho de 2014.


Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH

Escola de Formação Fé, Política e Trabalho

Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul – SINDISERV

Marcha Mundial das Mulheres – MMM / RS

Diretório Acadêmico de Jornalismo da UCS – Jornalismo Utopia

Diretório Acadêmico de História da UCS

Associação dos Moradores do Bairro Panazzolo – AMOB Panazzolo

Associação de Microcrédito, Popular e Solidário – ACREDISOL

Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTD

Levante Popular da Juventude

Comitê Plebiscito Popular Pelotas / RS

Comitê Plebiscito Popular Caxias do Sul / RS

Carlos Latuff

João Dorlan da Silva

Paula Grassi

Maria Fernanda Milicich Seibel

Roque Grazziotin

Caroline Dall' Agnol

Daniela Sasso

Iara Marcon

Daniel Cattaneo Pedroso

Mariane T. Ceconello

Gabriel Neves

Taís Batalha

Ezequiel M. Seibel

Vera Maria Damian

Juarez Menin

Lisiane Zago

João Seibel

Mauricio Forner

Jeferson dos Santos Gomes

Marina Milani

Germano Molardi

Márcio Cristiano da Silva

Doriana Demeda

Juliana Dalbosco

Daniel Bonatto Seco

Dyonathan Flores

Clarice de Freitas

Samuel Rettore

Natali Di Domenico

Ana Isabel Luge Oliveira

Paulo Amaro Ferreira

Denise Feldmann Flores

Milena Leal

Ivonei Lorenzi Junior

Cristiano Cardoso de Almeida

Edilia Santa Catarina Menin

Jeferson Tragansin

Marcelo Passarella da Silva

Bruno Fernandes Mendes

Sandino Rafael

João Heitor Marconato

Viviane F. Costa

Gilson Müller

Monica Montanari

Luiz Carlos Diasol

Higor Campos

Felipe da Silva Vitória

Fabíola Zeni Papini

Nicole Di Domenico

Fernanda Verona Pereira

Justina Andrighetti

Marione Inácio

Guilherme Luis da Rosa

Barbara L. Neto

Renata P. Mascarello

Maiara Cemin

Lorete Bridi

Marlene Branca Sólio

Dimas Dal Rosso

Débora Viviane Nonemacher

Leandro Kunze Bortolon

Dora Milicich

Augusto Christ Teixeira

Morgana Leorato Baldo

Jonatan Maciel Fogaça

Sandra Regina Christ

Alfredo F. Rodrigues Paim

Pâmela Cervelin Grassi

Rafael Caetano

Vitor Manoel Souza de Oliveira

Eduardo Ortiz

Liliane Viera

Lucio Busch de Freitas

Carlos Latuff esteve em Caxias, nesta terça para o bate-papo "Os conflitos entre Israel e palestina"


Texto e fotos: Lisiane Zago


O cartunista e ativista político Carlos Latuff, esteve em Caxias do Sul nesta terça, dia 29 de julho, no bate-papo "Os conflitos entre Israel e Palestina", realizado por Sindiserv, Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos (CEPDH), da Escola Fé, Política e Trabalho.

O cartunista Carlos Latuff fez um resgate da história, destacando o vínculo religioso que está presente na Faixa de Gaza. Destacou que o acesso à informação depende da fonte escolhida pela sociedade. Latuff pontuou os estereótipos que envolvem os palestinos, estigmatizados como terroristas: "O Hamas é governo eleito e representa os palestinos: eles não são terroristas. Essa é a visão que é passada para vocês", esclareceu. Latuff contou que as organizações terroristas foram responsáveis por dizimar aldeias inteiras que não existem mais porque tudo foi destruído. Segundo ele, Israel não tem base moral para falar de terrorismo: "O Hamas virou o bode expiatório para os assassinatos que ocorreram lá".

Latuff ressaltou a Palestina é território ocupado. Assim, "para o colonizador, o colonizado é o terrorista" e "a resistência do ocupado não pode ser comparada com a violência do ocupante". Ainda, "Para justificar o terrorismo de espaço, você precisa desumanizar. É só ver os números: mais de mil mortos do lado palestino e 78 do lado israelense. Sempre se fala em direito de defesa, mas só serve para Israel. Se a gente não tiver senso crítico, a gente acaba aceitando tudo isso", afirmou.

O ativista político informou que Gaza tem restrições de gás, de energia, de água, todo tipo de restrição que se possa imaginar. Se você bloqueia um local, é preciso criar uma forma para enviar remédios, alimentos. Tudo o que entra em Gaza, precisa passar por Israel. Nada passa se Israel não permitir.

Sobre o ataque a mulheres e crianças, Latuff disse que eles atacam as crianças porque elas são o futuro: "Você sabe o que é Israel? Eles praticam uma coisa que é condenada pela ONU que é a punição coletiva. Onde tem uma casa de um manifestante, acaba com o quarteirão inteirinho. Israel faz o que quiser porque sabe que o irmão mais poderoso (os Estados Unidos) vai cuidar". Para ele, aquele conflito não é militar, mas é preciso que os dois povos convivam em paz. "Se há ataques desproporcionais, então, não é guerra: é massacre."

Para Latuff, ou os dois povos convivem no mesmo território ou o resultado é a barbárie.

No final do encontro, os participantes assinaram uma Manifesto em Solidariedade ao Povo Palestino.


Sobre Latuff

Carlos Latuff é carioca, nascido em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Pai servidor público, mãe dona de casa. Estudou até o ensino médio (antigo segundo grau) e começou a trabalhar aos 14 anos, como office-boy de um banco. Como cartunista, iniciou em uma agência de propaganda, em 1989. Daí em diante, Latuff passou a trabalhar na imprensa sindical e após assistir a um documentário sobre os zapatistas colocou seu traço a favor de diversas causas. Em 1999, visitou os territórios ocupados da Palestina e hoje tem seus desenhos reproduzidos no mundo inteiro, o que lhe causou transtornos. Detido duas vezes pela polícia carioca devido a desenhos sobre violência e corrupção policial, Latuff foi ameaçado de morte por um grupo ligado ao Likud, partido de extrema-direita israelense.

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Manifesto em Solidariedade ao povo palestino

Há mais de um mês acompanhamos indignados/as uma das maiores barbáries da nossa época: o genocídio de Israel contra o povo palestino

Os bombardeios e a ofensiva militar em terra em Gaza, somado aos confrontos diários entre soldados, colonos e palestinos em toda Cisjordânia, demonstram a inércia da ONU e a passividade da comunidade internacional frente aos crimes que estão sendo cometidos na Terra "Santa". 

Em
solidariedade ao povo palestino, reiteramos as propostas do Movimento global BDS (Boicote – Desinvestimento – Sanções: http://www.mppm-palestina.org/index.php/campanha-bds/91-que-e-movimento-bds):

Que todos/as os/as cidadãos, movimentos sociais, instituições religiosas, sindicatos, mostrem sua oposição aos projetos e ataques, participando do boicote a Israel (boicote cultural, recusando participar em intercâmbios culturais, artistas e instituições culturais, e de turismo; boicote acadêmico nas instituições responsáveis por promover as teorias e os conhecimentos necessários para o prosseguimento, por Israel, das suas políticas de ocupação e discriminação; boicote desportivo; e boicote ao consumo de produtos e serviços israelitas). E, também realizar campanha pelo desinvestimento, pressionando indivíduos, instituições financeiras e empresas a abandonar os seus investimentos em Israel para reduzir os lucros da economia israelita de guerra e apartheid, demonstrando que não pactuam com a política israelita de discriminação e expulsão do povo palestino e ocupação das suas terras.

Também exigir mobilização de nossos representantes de todas as instâncias para que ajudem a acabar com este absurdo. Denunciar as repetidas violações do direito por parte de Israel e pressionar o Estado e instituições brasileiras, de todos os níveis, para aplicação de sanções militares, econômicas e diplomáticas, suspendendo relações econômicas e militares com empresas israelenses, como a Elbique, que participa diretamente da construção do Muro da Vergonha, e que também suspendam o livre comércio e acordos bilaterais com Israel, pressionando ainda para que repudiem os ataques israelenses.

PELO FIM DO GENOCÍDIO.

PALESTINA LIVRE!

TODA SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO!


Caxias do Sul, 29 de julho de 2014.


Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH

Escola de Formação Fé, Política e Trabalho

Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul – SINDISERV

Marcha Mundial das Mulheres – MMM / RS

Diretório Acadêmico de Jornalismo da UCS – Jornalismo Utopia

Diretório Acadêmico de História da UCS

Associação dos Moradores do Bairro Panazzolo – AMOB Panazzolo

Associação de Microcrédito, Popular e Solidário – ACREDISOL

Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTD

Levante Popular da Juventude

Comitê Plebiscito Popular Pelotas / RS

Comitê Plebiscito Popular Caxias do Sul / RS

Carlos Latuff

João Dorlan da Silva

Paula Grassi

Maria Fernanda Milicich Seibel

Roque Grazziotin

Caroline Dall' Agnol

Daniela Sasso

Iara Marcon

Daniel Cattaneo Pedroso

Mariane T. Ceconello

Gabriel Neves

Taís Batalha

Ezequiel M. Seibel

Vera Maria Damian

Juarez Menin

Lisiane Zago

João Seibel

Mauricio Forner

Jeferson dos Santos Gomes

Marina Milani

Germano Molardi

Márcio Cristiano da Silva

Doriana Demeda

Juliana Dalbosco

Daniel Bonatto Seco

Dyonathan Flores

Clarice de Freitas

Samuel Rettore

Natali Di Domenico

Ana Isabel Luge Oliveira

Paulo Amaro Ferreira

Denise Feldmann Flores

Milena Leal

Ivonei Lorenzi Junior

Cristiano Cardoso de Almeida

Edilia Santa Catarina Menin

Jeferson Tragansin

Marcelo Passarella da Silva

Bruno Fernandes Mendes

Sandino Rafael

João Heitor Marconato

Viviane F. Costa

Gilson Müller

Monica Montanari

Luiz Carlos Diasol

Higor Campos

Felipe da Silva Vitória

Fabíola Zeni Papini

Nicole Di Domenico

Fernanda Verona Pereira

Justina Andrighetti

Marione Inácio

Guilherme Luis da Rosa

Barbara L. Neto

Renata P. Mascarello

Maiara Cemin

Lorete Bridi

Marlene Branca Sólio

Dimas Dal Rosso

Débora Viviane Nonemacher

Leandro Kunze Bortolon

Dora Milicich

Augusto Christ Teixeira

Morgana Leorato Baldo

Jonatan Maciel Fogaça

Sandra Regina Christ

Alfredo F. Rodrigues Paim

Pâmela Cervelin Grassi

Rafael Caetano

Vitor Manoel Souza de Oliveira

Eduardo Ortiz

Liliane Viera



Frida Kahlo

Siempre revolucionária nunca muerta, nunca inútil : a vida política de Frida Kahlo

Suas convicções políticas e quebras de padrões foram manifestadas através de uma linguagem irônica e de uma estética de cores e formas presentes nas suas pinturas e no seu vestuário. Expressões de contestação marcadas pela criatividade, subjetividade, irreverência e autenticidade.

30/07/2014

Por Paula Cervelin Grassi

Ultimamente tenho escutado o alerta do quanto "Frida está pop". Afirmação que ao ressoar em meu corpo, remete a associações e indagações. Uma das minhas primeiras reações é a lembrança do também "pop" Che Guevara. Surge assim a primeira questão: Frida Kahlo já se tornou um mito de consumo? Segundo Claúdio Carvalhaes[1], está há anos em curso (assim como em Che) o processo de esvaziar as referências políticas, culturais e revolucionárias de Frida para ficar palatável ao consumo regrado de beleza norte americano. Pergunto assim, a quem interessa que a memória de Kahlo não seja associada às suas opções políticas ou, quando exposta, de forma muito rasa. É comum citar que a artista tinha aspirações revolucionárias sem titulá-las ou, quando definidas, ligadas aos seus relacionamentos afetivos. Como se seu interesse político partisse ou fosse compreendido através da sua vida amorosa. Mas então, quais foram as referências políticas de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon Rivera? Quais os registros do seu interesse político e social?

Uma primeira evidência das suas ideias políticas é sua opção pelo ano de nascimento. A artista nasceu em 6 de julho de 1907 em Coyoacán, Cidade do México, porém em seu diário afirma ter nascido em 1910, ano em que a Revolução Mexicana eclode. Para a pintora também: "La emoción clara y precisa que yo guardo de la Revolución mexicana fue la base para que a los 13 años de edad ingresara em La juventud comunista"[2]

Na Escola Nacional Preparatória, ao entrar em 1922, fará parte do Los Cachuchas, um coletivo político de afeição socialista.  Em 1925 se afasta da Escola após o acidente com o bonde que comprometeu sua saúde pelo resto da sua vida. Quando recuperada passa a frequentar reuniões e festas semanais do meio artístico e político e em 1928 filia-se ao Partido Comunista.

Casa-se em seguida com o também filiado, o muralista mexicano Diego Rivera. O pintor, no entanto, não foi seu único amor.  A artista ao longo da vida teve diversos relacionamentos, como com o então colega da Preparatória e líder estudantil Alejandro Gómez Arias, o líder comunista russo Leon Trotski, a cantora mexicana Chavela Vargas e o fotógrafo Nickolas Muray.

Na década de 30, ao acompanhar o trabalho artístico de Diego nos EUA, Frida expressou em cartas seu desgosto pelos "gringos", certamente por conta do seu sentimento anti-imperialista. Em 1931 escreve para seu médico, o Dr. Eloesser:

A alta sociedade daqui me deixa muito desanimada, e sinto um pouco de raiva desses ricos daqui, já que vi milhares de pessoas na mais terrível miséria sem nada pra comer e sem lugar pra dormir, que é o que mais me impressionou aqui, é horrível ver esses ricos dando festas dia e noite enquanto milhares e milhares de pessoas morrem de fome. (...) os norte-americanos não tem um pingo de sensibilidade.[3]

Outro aspecto a ser destacado foram suas percepções do movimento surrealista. Apesar da aproximação, Frida fará diversas críticas ao movimento. Ao final de sua vida em 1952, a artista esclareceu que:

Alguns críticos tentaram me classificar como surrealista; mas eu não me considero surrealista. (...) Eu detesto o surrealismo. Pra mim, parece uma manifestação decadente de arte burguesa. (...) Eu quero que minha obra seja uma contribuição para a luta das pessoas em seu esforço pela paz e a liberdade.[4]

Possivelmente "a obra mais surrealista de Frida seja o diário que ela manteve de meados de 1944 até sua morte"[5], através de seus desenhos, montagens de objetos, cores e palavras espalhadas. Nas páginas é perceptível a crença ao marxismo. Em 1947, escreve:

La revolución es la armonía de la forma y del color y todo está, y se mueve, bajo uma sola ley = la vida =

Nadie está aperte de nadie

Nadie lucha por si mismo.

Todo es todo y uno.[6]

Suas referências políticas aparecem escritas junto do símbolo comunista – a foice e o martelo – desenhado por volta de 1953:

Dias antes de falecer, Frida Kahlo, já tomada pela pneumonia, participou de um ato contra a deposição, patrocinada pela CIA, do presidente da Guatemala.

Todos esses fatos e expressões são apenas alguns dos aspectos da vida da pintora regada da dimensão política. Há uma infinidade de tantas outras questões que necessitam ser conhecidas e aprofundadas. Seu apego às raízes indígenas, ao povo mexicano e a cultura pré-colombiana; sua dedicação ao marxismo expressa em suas pinturas; sua quebra no padrão burguês estético da época através de suas obras, seu corpo e seu vestido tehuana; sua ajuda às vítimas da guerra civil espanhola; sua caminhada docente ao acreditar numa educação baseada no conhecimento dos saberes das pessoas e na justiça social.

Suas convicções políticas e quebras de padrões foram manifestadas através de uma linguagem irônica e de uma estética de cores e formas presentes nas suas pinturas e no seu vestuário. Expressões de contestação marcadas pela criatividade, subjetividade, irreverência e autenticidade.

O conjunto de todos esses aspectos somado as suas outras manifestações, especialmente artísticas, tornaram Kahlo uma mulher e artista singular. Uma experiência de incômodo e ruptura frente aos modelos tradicionais de feminilidade e ao sistema econômico hegemônico. Que sua memória de libertação a todas/os nós cesse as narrativas da sua vida construídas pelos interesses patriarcais–capitalistas. Por uma Frida Kahlo protagonista, criativa, política, autêntica e desobediente!

*Paula Cervelin Grassi é Graduada em Licenciatura em História pela Universidade de Caxias do Sul, artesã e militante da Marcha Mundial das Mulheres/RS

 


[1]                           Autor de (Re)leituras de Frida Kahlo: por uma ética estética da diversidade machucada, University of Sta Cruz do Sul and Ensino Superior de Teologia, Brasil, 2008.

[2]                           KAHLO, 1995, p. 282.

[3]                           HERRERA, Hayden. Frida: a biografia. São Paulo: Globo, 2011, p. 164.

[4]                           HERRERA, 2011, p. 320.

[5]                           HERRERA, 2011, p. 320.

[6]                           KAHLO, 1995, p. 245.


http://www.brasildefato.com.br/node/29370

Argentina y mediador reanudaron negociaciones en caso fondos buitre

El ministro Kicillof sostuvo el encuentro con el mediador Daniel Pollack. (Foto: EFE)

El ministro Kicillof sostuvo el encuentro con el mediador Daniel Pollack. (Foto: EFE)

El ministro de Economía, Axel Kicillof, se reunió este miércoles nuevamente con el mediador en el caso de los fondos buitre, Daniel Pollack, para evitar que Argentina caiga en default.

Durante la mañana de este miércoles se reanudaron las negociaciones entre Argentina y el mediador en el caso de los fondos buitre, para negociar una salida al litigio por el fallo del juez neoyorquino Thomas Griesa que pone en jaque las reservas soberanas de la nación.

A la reunión que tuvo a Nueva York como punto de encuentro, asistió el ministro argentino de Economía, Axel Kicillof, quien se reunió con el mediador en el caso de los fondos buitre, Daniel Pollack. Las partes no declararon al término de la junta.

Argentina ha reiterado su buena disposición para llegar a un arreglo y efectuar los pagos, sin embargo, para no caer en default necesitan que Griesa habilite un pago a tenedores de bonos reestructurados en los canjes de 2005 y 2010 y bloqueado para forzar la aplicación de su sentencia (que paguen primero más de mil millones de dólares a los buitres).

El país suramericano giró el 26 de junio pagos por 539 millones de dólares por sus bonos reestructurados, pero el juez tiene congelado ese dinero depositado en el Bank of New York, lo que provocaría el default sobre esa deuda emitida bajo legislación norteamericana.

29.7.14

Gaza: Genocidio permanente

¿Cómo se llegó a esta nueva escalada que reinició un ciclo de exterminio destinado a aplastar la resistencia en Gaza?

Hace 3.500 años el pueblo judío descubrió en su exilio en Babilonia (el actual Iraq) la "ley del Talión", y la adoptó como propia. Este principio moral y jurídico supuso un enorme avance civilizatorio ya que estableció una proporcionalidad entre el daño recibido y el golpe que se podía aplicar como castigo, siendo así el primer límite a la venganza. Por medio de la Biblia,esta norma ha llegado hasta nosotros:
"Ojo por ojo, diente por diente".

3.500 años después, el moderno Estado de Israel, que se declara a sí mismo sucesor del pueblo bíblico, ha abrogado esta ley y ha vuelto a los tiempos en los cuales no existía límite a la hora de expresar los más crueles deseos revanchistas. En el momento en que se escribe este editorial la cifra de muertos en Gaza supera los 600, de ellos 121 son niños. Los heridos son más de seis mil, con hospitales que carecen de medios para atenderlos.

¿Cómo se llegó a esta nueva escalada que reinició un ciclo de exterminio destinado a aplastar la resistencia en Gaza? A mediados de junio, dos palestinos de Gaza, pertenecientes a un clan familiar que actúa independientemente de Hamas, secuestraron a tres jóvenes colonos israelíes cerca de Hebrón. Al parecer, buscaban canjearlos por algunos familiares presos. Su plan fracasó porque uno de los israelíes llamó por su celular a la policía. Los secuestradores entraron en pánico y mataron a los rehenes. Dejaron los cuerpos y huyeron. Aunque en los hechos la policía de la Autoridad Palestina colaboró en todo momento en la identificación de los secuestradores, el acontecimiento desató en Israel una ola de violencia racista que se intensificó día a día.

Los discursos de los principales líderes políticos y de la mayoría de los medios de comunicación superaron lo imaginable. Ayala Shaked, diputada del partido "El Hogar Judío" partió diciendo: "Tienen que morir y sus casas deben ser demolidas. Ellos son nuestros enemigos y nuestras manos deberían estar manchadas de su sangre. Esto también se aplica a las madres de los terroristas fallecidos. Detrás de cada terrorista hay decenas de hombres y mujeres sin los cuales no podría atentar. Ahora todos son combatientes enemigos, y su sangre caerá sobre sus cabezas. Incluso las madres de los mártires, que los envían al infierno con flores y besos. Nada sería más justo que siguieran sus pasos".

Noam Perl, del movimiento de los colonos Bnei Akiva: "Una nación entera y miles de años de historia demandan: ¡Venganza!". Uri Bank, ministro de Vivienda: "¡Este es el momento adecuado. Cuando lastiman a nuestros hijos, enfurezcámonos, sin límites, desmantelemos la Autoridad Palestina, anexemosJudea y Samaria (Cisjordania), ejecutemos a todos los presos que hayan sidocondenados por asesinato, exiliemos a los familiares de los terroristas!". Y el propio Netanyahu: "¡Ellos no son como nosotros. Nosotros santificamos la vida, ellos santifican la muerte!".

Las masas israelíes, alentadas por este discurso, se lanzaron a lacalle al grito de "¡Muerte a los árabes!". Varios adolescentes palestinos acusaron intentos de secuestro durante varios días, hasta que Muhammad Abu-Khdeir, de 16 años, fue capturado por una muchedumbre enfurecida, le echaron gasolina por la boca y lo quemaron a plena luz del día. Al día siguiente, la población de Gaza estalló. Comenzaron los lanzamientos de cohetes, lo que dio a Israel la excusa para iniciar una nueva incursión de castigo contra esta franja, que desde 2008 vive en completo aislamiento, como un enorme campo de concentración destinado a la lenta y tortuosa muerte de sus habitantes.

Cuatro niños en la playa

Se llamaban Ahed Atef Bakr, de 10 años, Zakaria Ahed Bakr, de 10, Mohamed Ramez Bakr, de 11 e Ismael Mohamed Bakr, de 9. Hijos de pescadores.Jugaban al fútbol en la playa del puerto de Gaza, tres días despúes de la final del Mundial. Trataban de olvidar los bombardeos imitando a Messi, Neymar o a Mario Götze. De improviso, un barco de Israel lanzó un proyectil al muelle. Los niños, asustados, corrieron hacia el hotel situado frente a la playa pero no alcanzaron a llegar. Una segunda bomba cayó en medio del grupo. Reuters recogió el testimonio de Abú Hassera, un testigo directo, que con la camiseta manchada de sangre afirmó: "Parecía que los proyectiles les estaban persiguiendo". Un corresponsal de The Guardian señaló: "Levantamos la camiseta del primer chico, que parecía tener ocho años. Encontramos un agujero por la metralla, pequeño y redondo como el extremo de un lapicero. Había sido herido en el pecho, sobre la segunda costilla. Otro chico, hermano o primo del primero, que estaba ileso, estaba apoyado en la pared de la terraza, llorando".

Si la desproporción militar es enorme y brutal, más bestial parece la reacción de la prensa pro israelí. Al día siguiente del asesinato de estos niños, el diario español El País prefería ilustrar su información del conflicto con la imagen de un poderoso tanque disparando "contra objetivos de la franja". Una semana antes, cuando la cifra de muertos palestinos ya era abultada, tituló en portada: "Israel y Hamas intercambian cohetes", como si las dos partes contaran con el mismo armamento y tuvieran los mismos costes en vidas e infraestructuras. Washington Post titulaba el 20 de julio: "Dos soldados israelíes muertos en elenfrentamiento de Gaza". Y luego, con letra pequeña, en subtítulo: "330 militantes de Hamas muertos en los ataques". Suponemos que los niños de la playa también entran en esas cifras como presuntos militantes islámicos. Pero nada supera al noticiero de la cadena norteamericana ABC News, que el 9 de julio usó las imágenes de los bombardeos a Gaza para ilustrar los "sufrimientos" de los habitantes de Israel (2). Mientras tanto, el secretario de Estado norteamericano, John Kerry, declaraba: "Israel está sitiado por una organización terrorista y tiene todo el derecho a defenderse". Y ese mismo día la televisión de Israel ofrecía las imágenes de las playas de Tel Aviv abarrotadas, al inicio de la temporada de vacaciones. Como ha declarado el vocero del ejército de Israel, sus fuerzas son "las más humanitarias del mundo" porque avisan con cinco minutos de antelación a la gente a la que van a bombardear. La culpa de tanta muerte es de los civiles, que se obstinan en colocarse en el sitio equivocado.

Para leer el texto completo, haga click aquí.


http://www.telesurtv.net/opinion/Gaza-Genocidio-permanente-20140729-0030.html



Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz