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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

23.7.14

Democratização da mídia no centro do debate


22/jul/2014, 21h31min

Democratização da mídia no centro do debate

Por Ramiro Furquim/Sul21

Debate promovido pela Procuradoria Geral do Estado tratou de mecanismos de regulação da mídia| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Jaqueline Silveira

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) realizou no final da tarde desta terça-feira (22) mais um ciclo de debates Direito e Política. Desta vez, o tema foi a Democratização da mídia. Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Augusto Schröder foi o palestrante.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Comunicação é um bem público, defendeu Schröder| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Em sua manifestação, o jornalista destacou que a Constituinte de 1988 trouxe grandes avanços, como na área ambiental, porém não conseguiu democratizar a mídia, apesar de ter garantido a liberdade de expressão.

"Saímos do processo redemocratizador com um déficit. A comunicação é essencialmente um bem público e a liberdade de expressão, para ser realizada, precisa de outros pressupostos, tem de ser plural", argumentou Schröder, acrescentando que a mídia no país não pode se concentrar em monopólios.

Ele defendeu, ainda, a regulação da mídia. "Precisamos urgentemente de uma marco regulatório. O marco regulatório não é uma demanda partidária, nem de governo", enfatizou.

Atualmente, segundo a avaliação de Schröder, está ocorrendo a substituição do jornalismo "pelo espetáculo, a manipulação".

Também avaliou que as "novas tecnologias", referindo-se às redes sociais, não estão comprometidas com a verdade. "Essa praça pública eletrônica (redes sociais) é fantástica, mas não garante a democracia. Não tem um ator comprometido com a verdade", esclareceu o jornalista. Por conta dessas e de outras situações, ele reafirmou a necessidade do marco regulatório.

Um dos debatedores do ciclo, o presidente do Conselho de Comunicação Social do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado, desembargador Túlio

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Desembargador lembrou que sempre que se fala em regulação da mídia, a reação é intransigente| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

de Oliveira Martins, falou sobre a profissionalização da assessoria de imprensa do TJ.

"Passamos a produzir nossas notícias e operar o nosso site, uma pequena agência de notícias", contou ele, destacando que o conteúdo é elaborado do ponto de vista técnico. A profissionalização, conforme ele, ocorreu a partir da criação do Conselho de Comunicação.

Como cidadão, o desembargador disse que senta falta de assistir à cobertura de um fato de "diferentes maneiras".

"Nós precisamos de pluralidade para que a liberdade de expressão não seja uma formalidade", defendeu Martins, que também é jornalista. Para finalizar, ele frisou que sempre que se fala em marco regulatório há uma "reação intransigente".

O outro debatedor, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC, escritor e jornalista Juremir Machado da Silva afirmou ser "totalmente favorável" à regulação da mídia do Brasil, a exemplo do que ocorreu na Argentina.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Juremir defendeu "choque de democracia", em todas as instâncias| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

"O Brasil precisa de um choque de democracia em todas as instâncias: na política, na mídia e até no Judiciário", pregou ele. Hoje, de acordo com o professor, há critérios diferentes para a cobertura de fatos equivalentes. "Precisamos de um pouquinho de democratização, que passa pelo estabelecimento de critérios. Precisamos encontrar um equilíbrio", concluiu Juremir.

Ao final, o público pôde fazer perguntas ao palestrante e aos debatedores, conduzidas pelo procurador-geral da PGE, Carlos Henrique Kaipper.


http://www.sul21.com.br/jornal/democratizacao-da-midia-no-centro-do-debate/


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz