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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

27.12.13

Pesquisa da USP revela benefícios dos telhados verdes | TV Brasil


Pesquisa da USP aponta os benefícios dos telhados verdes nas áreas urbanas. Além de trazerem mais vegetação para as grandes cidades, eles aumentam a umidade do ar a diminuem o calor causado pelo aquecimento do concreto. Confira: http://ebcnare.de/1cFoAi6

Imagem: Reprodução TV Brasil


http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/pesquisa-da-usp-revela-beneficios-dos-telhados-verdes


Veja as dicas para a compra de um imóvel novo | TV Brasil

Está pensando em comprar um imóvel novo? Acompanhe as dicas dadas pelo Repórter Brasil para que o sonho da casa própria não se transforme em pesadelo: http://ebcnare.de/1cuevD9


http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/veja-as-dicas-para-a-compra-de-um-imovel-novo


Israel demoliu residências de palestinos, na noite de Natal

ONU condena demolições de casas palestinas por Israel na véspera de natal

Do Opera Mundi




A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou a demolição de habitações palestinas na Cisjordânia por Israel na noite de natal, pedindo a suspensão imediata das atividades. Cerca de 68 pessoas perderam suas residências.

“A UNRWA (A agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinos) condena as últimas demolições na Cisjordânia, as mais recentes na véspera do Natal”, afirmou em um comunicado, Chris Gunness, porta-voz da entidade. Até agora, pelo menos 1.103 palestinos foram desalojados em 2013 por estas demolições, “que violam o direito internacional”, de 663 construções, entre elas, 250 casas, na Cisjordânia e Jerusalém oriental”, afirma a ONU em nota oficial.

Como consequência, a UNRWA “pede a Israel que ponha fim, imediatamente, as demolições administrativas”, informa o comunicado.


Canal secreto entre Israel e Palestina

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, têm há anos um canal secreto de diálogo por meio de um empresário palestino que reside em Londres.

Esta via alternativa de comunicação foi estabelecida quando Netanyahu chegou ao poder em 2009, informou nesta quinta-feira (26/12) o jornal israelense Yedioth Ahronoth, ressaltando que perdeu força desde que as partes começaram a falar diretamente, em julho passado, ao redor da mesa de negociações.

Segundo o jornal, nos últimos anos o assessor e homem de confiança de Netanyahu, o advogado Itzjak Moljo, costumava viajar de vez em quando a Londres para abordar questões de interesse mútuo com um interlocutor palestino e homem de confiança do presidente Abbas.

Este tipo de canal informal de diálogo – conhecido no jargão diplomático como “backchannel”- serviu para resolver problemas que preocupavam ambas partes e teve grande importância na legislatura anterior de Netanyahu.

“Tinha três objetivos: resolver problemas diários no terreno, abrir caminho para um possível acordo político, e convencer a outra parte do interesse em retomar as negociações de paz”, segundo o “Yedioth”.


(*) Com informações da Agência EFE, AFP e RT



http://www.sul21.com.br/jornal/onu-condena-demolicoes-de-casas-palestinas-por-israel-na-vespera-de-natal/

"Ninguém pode prender meus sonhos"

Ninguém pode prender meus sonhos



Ninguém pode prender meus sonhos
 
O sonho de um Brasil livre da ditadura me levou à luta, à prisão e anos e anos longe de minha família e meu país. 
O sonho de fazer um partido que desse voz aos trabalhadores e lutasse por eles me levou a ser um dos fundadores do PT.
O sonho de tornar um operário presidente da República fez com que eu trabalhasse muito em todo o país. 
O sonho que tinha de ser declarado inocente porque nada fiz e não há nenhuma prova contra mim virou uma injustiça com a condenação. 
Mas quem sonhou a vida toda por um Brasil melh, com menos miséria, sem fome, com mais valor aos trabalhadores, não pode parar de sonhar.
O peso da injustiça pode tudo. Só não pode prender meus sonhos.
 
Que você realize todos os seus sonhos no ano novo
 
José Dirceu


http://www.zedirceu.com.br/ninguem-pode-prender-meus-sonhos/



Um favor à verdade — CartaCapital

Política

Ditadura

Um favor à verdade

Ao revelar que a tortura é anterior à luta armada da esquerda, Comissão da Verdade desconstrói uma das maiores mentiras políticas das últimas décadas no Brasil

por José Antonio Lima
publicado 22/05/2013 17:41, última modificação 19/12/2013 10:32

Tânia Rêgo/ABr

Ex-militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) fazem homenagem aos mortos e desaparecidos durante o regime (1964-1985), na Praça Araribóia, no centro de Niterói, em agosto de 2012


No balanço divulgado na segunda-feira 21, a Comissão Nacional da Verdade fez um enorme favor ao Brasil. A CNV revelou que as torturas ocorridas durante a ditadura não foram uma resposta à luta armada, como afirmaram por anos o ex-integrantes do regime e seus apoiadores, mas tiveram início logo após a derrubada de João Goulart. É a desconstrução de uma das maiores mentiras políticas das últimas décadas no Brasil.

As palavras da historiadora Heloísa Starling, assessora da comissão, não deixam dúvidas. Segundo ela, a tortura foi "introduzida como padrão de repressão, enquanto técnica de interrogatório nos quartéis, a partir de 1964" e explodiu a partir de 1969, depois do Ato Institucional 5 (publicado no fim de 1968). A CNV identificou centros de detenção e tortura a partir de 1964 e verificou que tais violações não eram praticadas de forma pontual. Eram, sim "a base da matriz da repressão da ditadura".

Por anos, os admiradores da ditadura brasileira afirmaram que o recurso à tortura foi uma resposta à luta armada. Violar os direitos humanos de brasileiros seria, segundo esta versão, a única forma de evitar um "mal maior", a implantação de um regime comunista no Brasil. A lógica é semelhante à adotada por quem apoia as torturas realizadas pela CIA na "guerra ao terror" dos Estados Unidos. Neste clima messiânico de combate ao "mal", vale tudo e qualquer coisa para evita-lo, até mesmo abrir mão de valores democráticos e, em último caso, da própria democracia.

No caso do Brasil, o descalabro deste tipo de argumento é ainda mais agudo. Se o terrorismo contra interesses norte-americanos é real, o mesmo não se pode dizer da ameaça comunista por essas bandas.

Como escreveu o historiador Rodrigo Patto Sá Motta, o temor anticomunista no Brasil teve "papel preponderante no processo de arregimentação dos grupos adversários ao governo [Goulart], fornecendo o principal argumento que unificou os setores de oposição". Os líderes do golpe realmente acreditavam na ameaça comunista, escreve Sá Motta, mas tinham uma "avaliação imprecisa da extensão" dela e, ainda assim, "se esforçaram para convencer o público de que os bárbaros estavam à porta". Não é difícil entender como esta campanha, somada à lógica de que vale tudo para evitar o barbarismo (inclusive adotar os mesmos métodos dos bárbaros) culminou na prática da tortura.

A fantasia a respeito do "perigo vermelho" continua a grassar, como revela a ironia da comunidade do Facebook Golpe Comunista 2014 no Brasil, mas aqueles que tentam legitimar a prática da tortura diante da atuação dos grupos da luta armada talvez fiquem ao menos um pouco mais constrangidos.

Apesar do avanço, falta ao Brasil, ainda, desvendar outra mentira criada pela ditadura: a de que a Lei da Anistia é fruto de um "acordo político" entre governo e oposição. Criada para anistiar aqueles que combatiam a ditadura, a lei foi travestida de perdão eterno aos agentes estatais brasileiros que violaram direitos humanos da população brasileira. Tal mentira persiste apesar de a anistia ter sido aprovada apenas pela Arena (o MDB votou em peso contra a lei), e após grandes protestos contra ela. De forma vexatória, a falácia foi referendada pelos ministros do STF Eros Grau, Ellen Gracie, Cezar Peluso (já aposentados), Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello em 2010. Enquanto esta mentira persistir, o Estado brasileiro continuará em dívida com sua população.



http://www.cartacapital.com.br/politica/um-favor-a-verdade-9876.html


Em cartão de fim de ano, Dirceu afirma que 'ninguém pode prender meus sonhos' — Rede Brasil Atual


STF

Em cartão de fim de ano, Dirceu afirma que 'ninguém pode prender meus sonhos'

Ex-ministro diz que falta de provas virou 'injustiça contra mim'. Advogado de José Genoino apresenta pedido para que prisão domiciliar provisória seja cumprida em São Paulo

por Redação RBA publicado 26/12/2013 17:26, última modificação 26/12/2013 17:51

Marco Ambrosio/Frame/Folhapress

Dirceu está detido desde 15 de novembro na Papuda e agora aguarda autorização para trabalhar

São Paulo – Foram divulgados hoje (26) na página pessoal de José Dirceu na internet um cartão de fim de ano e uma mensagem em que o ex-ministro da Casa Civil volta a afirmar que é vítima de uma injustiça. Condenado a 10 anos e dez meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, o petista aproveitou a ocasião para criticar a decisão e enviar uma mensagem a seus apoiadores.

"Ninguém pode prender meus sonhos" é o título do cartão, que recorda a luta de Dirceu contra a ditadura – presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE) –, a prisão durante o regime e os anos vivendo no exterior, afastado da família.

"O sonho de tornar um operário presidente da República fez com que eu trabalhasse muito em todo o país", recorda Dirceu, que foi ministro da Casa Civil no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem fundou o Partido dos Trabalhadores (PT). O político cumpre desde 15 de novembro sua pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, por determinação do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que expediu mandados de prisão antes mesmo do julgamento dos embargos infringentes, que são o último recurso dos réus do mensalão.

"O sonho que tinha de ser declarado inocente porque nada fiz e não há nenhuma prova contra mim, virou uma injustiça a condenação", continua a mensagem de fim de ano. "Mas, quem sonhou a vida toda por um Brasil melhor, com menos miséria, sem fome, com mais valor aos trabalhadores, não pode parar de sonhar. O peso da injustiça pode tudo."

Em carta publicada também hoje, Dirceu conta que está "lendo e estudando" e agradece as denúncias contra a "prisão arbitrária" que diz estar sofrendo. "Não bastasse a injustiça de nossa condenação e prisão agora somos vítimas de uma campanha infamante sobre regalias e privilégios que não temos e nunca pedimos", afirmou. Nas últimas semanas chegaram a ser divulgadas reportagens dando conta de que os outros presidiários da Papuda, revoltados com "regalias" dos condenados do mensalão, articulavam uma rebelião.

"Contra mim voltam as campanhas que buscam impedir que eu exerça minha atividade profissional. Nada disso nos abate, já que o apoio, a solidariedade, a justeza de nossa luta e a presença amiga de vocês e da nossa militância nos fortalece. O símbolo dessa luta é o acampamento e sua alma a juventude petista."

Também detido na Papuda, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares emitiu um cartão eletrônico no qual deseja um "Brasil mais justo e democrático" em 2014. A pena dele é de 8 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de quadrilha e corrupção ativa.

Assim como Dirceu, Delúbio aguarda decisão judicial que o autorize a cumprir o regime semiaberto, a que tem direito. Desde o final de novembro Barbosa avalia o pedido para que o ex-tesoureiro trabalhe para a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Dirceu, que teve negado um primeiro pedido para trabalhar como gerente de um hotel na capital, agora espera autorização para trabalhar num escritório de advocacia.

Enquanto isso, outro dos réus que tem direito ao semiaberto, o ex-deputado José Genoino, apresentou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a prisão domiciliar provisória seja cumprida em São Paulo. O advogado do ex-presidente do PT, Luiz Fernando Pacheco, afirmou hoje que apresentaria o pedido a Barbosa.

Genoino sofre de problemas cardíacos. Este ano ele passou por uma cirurgia no coração e, segundo exames médicos, tem condição de saúde frágil. Condenado a quatro anos e oito meses de prisão no julgamento da Ação Penal 470, Genoino tem direito ao regime semiaberto, mas foi mantido em cárcere fechado por Barbosa até o dia 21 de novembro, quando, após passar mal, ganhou direito à prisão domiciliar provisória, cumprida em um apartamento de Brasília.


Mas, segundo Pacheco, a transferência para a casa da família, no Butantã, em São Paulo, é necessária por motivos de saúde. Genoino já tem exames marcados no dia 7 de janeiro, em São Paulo, que são "absolutamente necessários", além de consulta com o médico que o acompanha. "Em São Paulo é onde ele tem residência há mais de 30 anos no mesmo local, onde mora sua companheira, dois de seus três filhos, seus dois netos", disse Pacheco à Agência Brasil. O advogado espera que a análise do pedido seja feita imediatamente, porque considera que há urgência. "Toda a execução, quando está tratando do status quo do preso, é urgente", explicou.

Laudos médicos feitos a pedido do presidente do STF confirmaram a gravidade do quadro de Genoino, indicando que ele precisa de cuidado de saúde frequente. Depois disso, o ministro fez uma consulta aos sistemas prisionais de São Paulo e de Brasília para saber se têm condições de atender às necessidades especiais.


http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2013/12/em-cartao-de-fim-de-ano-dirceu-afirma-que-ninguem-pode-prender-meus-sonhos-4606.html


Hildegard Angel: "Não estou vendo fantasmas; o Projeto do Mal de 64 ganha corpo” - Viomundo - O que você não vê na mídia

Hildegard Angel: "Não estou vendo fantasmas; o Projeto do Mal de 64 ganha corpo"

publicado em 26 de dezembro de 2013 às 23:27

Stuart e Zuzu Angel, irmão e mãe de Hildegard assassinados pela ditadura civil-militar

A GENTE NUNCA PERDE POR SER LEGÍTIMO, MAS QUEM CONTA A HISTÓRIA SÃO OS VENCEDORES, NÃO ESQUEÇAM!

por Hildegard Angel, em seu blog no R7, sugerido por Messias Franca de Macedo

O fascismo se expande hoje nas mídias sociais, forte e feioso como um espinheiro contorcido, que vai se estendendo, engrossando o tronco, ampliando os ramos, envolvendo incautos, os jovens principalmente, e sufocando os argumentos que surgem, com seu modo truculento de ser.

Para isso, utiliza-se de falsas informações, distorções de fatos, episódios, números e estatísticas, da História recente e da remota, sem o menor pudor ou comprometimento com a verdade, a não ser com seu compromisso de dar conta de um Projeto.

Sim, um Projeto moldado na mesma forma que produziu 1964, que, os minimamente informados sabem, foi fruto de um bem urdido plano, levando uma fatia da população brasileira, a crédula classe média, a um processo de coletiva histeria, de programado pânico, no receio de que o país fosse invadido por malvados de um fictício Exército Vermelho, que lhes tomaria os bens e as casas, mataria suas criancinhas, lhes tiraria a liberdade de ir, vir e até a de escolher.

Assim, a chamada elite, que na época formava opinião sobre a classe média mais baixa e mantinha um "cabresto de opinião" sobre seus assalariados, foi às ruas com as marchas católicas engrossadas pelos seus serviçais ao lado das bem intencionadas madames.

Elas mais tarde muito se arrependeram, ao constatar o quanto contribuíram para mergulhar o país nos horrores de maldades medievais.

Agora, os mesmos coroados, arquitetos de tudo aquilo, voltam a agir da mesma forma e reescrevem aquele conto de horror, fazendo do mocinho bandido e do bandido mocinho, de seu jeito, pois a História, meus amores, é contada pelos vencedores. E eles venceram. Eles sempre vencem.

Sim, leitores, compreendo quando me chamam de "esquerdista retardatária" ou coisa parecida. Esse meu impulso, certamente tardio, eu até diria sabiamente tardio, preservou-me a vida para hoje falar, quando tantos agora se calam; para agir e atuar pela campanha de Dilma, nos primórdios do primeiro turno, quando todos se escondiam, desviavam os olhos, eram reticentes, não declaravam votos, não atendiam aos telefonemas, não aceitavam convites.

Essa minha coragem, como alguns denominam, de apoiar José Dirceu, que de fato sequer meu amigo era, e de me aprofundar nos meandros da AP 470, a ponto de concluir que não se trata de "mensalão", conforme a mídia a rotula, mas de "mentirão – royalties para mim, em pronunciamento na ABI – eu, a tímida, medrosa, reticente "Hildezinha", ousando pronunciamentos na ABI! O que terá dado nela? O que terá se operado em mim?

Esse extemporâneo destemor teve uma irrefreável motivação: o medo maior do que o meu medo. Medo da Sombra de 64. Pânico superior àquele que me congelou durante uma década ou mais, que paralisou meu pensamento, bloqueou minha percepção, a inteligência até, cegou qualquer possibilidade de reação, em nome talvez de não deixar sequer uma fresta, passagem mínima de oxigênio que fosse à minha consciência, pois me custaria tal dor na alma, tal desespero, tamanha infelicidade, noção de impotência absoluta e desesperança, perceber a face verdadeira da Humanidade, o rosto real daqueles que aprendi a amar, a confiar…

Não, eu não suportaria respirar o mesmo ar, este ar não poderia invadir os meus pulmões, bombear o meu coração, chegar ao meu cérebro. Eu sucumbiria à dor de constatar que não era nada daquilo que sempre me foi dito pelos meus, minha família, que desde sempre me foi ensinado. O princípio e mandamento de que a gente pode neutralizar o mal com o bem. Eu acreditava tão intensamente e ingenuamente no encanto da bondade, que seguia como se flutuasse sobre a nojeira, sem percebê-la, sem pisar nela, como se pisasse em flores.

E aí, passadas as tragédias, vividas e sentidas todas elas em nossas carnes, histórias e mentes, porém não esquecidas, viradas as páginas, amenizado o tempo, quando testemunhei o início daquela operação midiática monumental, desproporcional, como se tanques de guerra, uma infantaria inteira, bateria de canhões, frotas aérea e marítima combatessem um único mortal, José Dirceu, tentando destrui-lo, eu percebi esgueirar-se sobre a nossa tão suada democracia a Sombra de 64!

Era o início do Projeto tramado para desqualificar a luta heroica daqueles jovens martirizados, trucidados e mortos por Eles, o establishment sem nomes e sem rostos, que lastreou a Ditadura, cuja conta os militares pagaram sozinhos. Mas eles não estiveram sozinhos.

Isso não podia ser, não fazia sentido assistir a esse massacre impassível. Decidi apoiar José Dirceu. Fiz um jantar de apoio a ele em casa, Chamei pessoas importantes, algumas que pouco conhecia. Cientistas políticos, jornalistas de Brasília, homens da esquerda, do centro, petistas, companheiros de Stuart do MR8, religiosos, artistas engajados. Muitos vieram, muitos declinaram. Foi uma reunião importante. A primeira em torno dele, uma das raras. Porém não a única. E disso muito me orgulho.

Um colunista amigo, muito importante, estupefato talvez com minha "audácia" (ou, quem sabe, penalizado), teve o cuidado de me telefonar na véspera, perguntando-me gentilmente se eu não me incomodava de ele publicar no jornal que eu faria o jantar. "Ao contrário – eu disse – faço questão".

Ele sabia que, a partir daquele momento, eu estaria atravessando o meu Rubicão. Teria um preço a pagar por isso.

Lembrei-me de uma frase de minha mãe: "A gente nunca perde por ser legítima". Ela se referia à moda que praticava. Adaptei-a à minha vida.

No início da campanha eleitoral Serra x Dilma, ao ler aqueles sórdidos emails baixaria que invadiam minha caixa, percebi com maior intensidade a Sombra de 64 se adensando sobre nosso país.

Rapidamente a Sombra ganhou corpo, se alastrou e, com eficiência, ampliou-se nestes anos, alcançando seu auge neste 2013, instaurando no país o clima inquisitorial daquela época passada, com jovens e velhos fundamentalistas assombrando o Facebook e o Twitter. Revivals da TFP, inspirando Ku Klux Klan, macartismo e todas as variações de fanatismo de direita.

É o Projeto do Mal de 64, de novo, ganhando corpo. O mesmo espinheiro das florestas de rainhas más, que enclausuram príncipes, princesas, duendes, robin hoods, elfos e anõezinhos.

Para alguns, imagens toscas de contos de fadas. Para mim, que vi meu pai americano sustentar orfanato de crianças brasileiras produzindo anõezinhos de Branca de Neve de jardim, e depois uma Bruxa Má, a Ditadura, vir e levar para sempre o nosso príncipe encantado, torturando-o em espinheiros e jamais devolvendo seu corpo esfolado, abandonado em paradeiro não sabido, trata-se de um conto trágico, eternamente real.

Como disse minha mãe, e escreveu a lápis em carta que entregou a Chico Buarque às vésperas de ser assassinada: "Estejam certos de que não estou vendo fantasmas".

Feliz Ano Novo.

Inclusive para aqueles injustamente enclausurados e cujas penas não estão sendo cumpridas de acordo com as sentenças.

É o que desejo do fundo de meu coração.

http://www.viomundo.com.br/politica/hildegarrd-angel.html?fb_action_ids=10201857100763370&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B232615406911729%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D


18.12.13

IMIGRANTES | TAL - TELEVISIÓN AMÉRICA LATINA"



Veamos “Inmigrantes”, que cuenta la historia de personas de muchas partes del mundo que llegaron al Brasil a lo largo de los últimos dos siglos y, junto a los portugueses, negros e índios, contribuyeron a la formación del pueblo brasileño. http://tal.tv/video/imigrantes
__________________

Assista a “Imigrantes”, que conta a história de pessoas de muitas partes do mundo que chegaram ao Brasil ao longo dos últimos dois séculos e, ao lado de portugueses, negros e índios, contribuíram para a formação do povo brasileiro. http://tal.tv/video/imigrantes

Obra => Os Retirantes | José Miguel da Silva (Bezerros, Pernambuco, Brasil), 2004

http://tal.tv/video/imigrantes/



17.12.13

Comparato: "O povo só é chamado a entrar no clube, que se torna um teatro, na ocasião das eleições. Mas fica na plateia" - Viomundo - O que você não vê na mídia

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fabio-konder-comparato-ausencia-do-povo-continua-sendo-a-marca-da-democracia-brasileira.html

Carta aberta ao povo do Brasil - Boitempo Editorial

Carta aberta ao povo do Brasil

17.12.2013

Folha de S.Paulo
Edward Snowden
Seis meses atrás, emergi das sombras da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA para me posicionar diante da câmera de um jornalista. Compartilhei com o mundo provas de que alguns governos estão montando um sistema de vigilância mundial para rastrear secretamente como vivemos, com quem conversamos e o que dizemos.
 
Fui para diante daquela câmera de olhos abertos, com a consciência de que a decisão custaria minha família e meu lar e colocaria minha vida em risco. O que me motivava era a ideia de que os cidadãos do mundo merecem entender o sistema dentro do qual vivem.
 
Meu maior medo era que ninguém desse ouvidos ao meu aviso. Nunca antes fiquei tão feliz por ter estado tão equivocado. A reação em certos países vem sendo especialmente inspiradora para mim, e o Brasil é um deles, sem dúvida.
 
Na NSA, testemunhei com preocupação crescente a vigilância de populações inteiras sem que houvesse qualquer suspeita de ato criminoso, e essa vigilância ameaça tornar-se o maior desafio aos direitos humanos de nossos tempos.
 
A NSA e outras agências de espionagem nos dizem que, pelo bem de nossa própria "segurança" --em nome da "segurança" de Dilma, em nome da "segurança" da Petrobras--, revogaram nosso direito de privacidade e invadiram nossas vidas. E o fizeram sem pedir a permissão da população de qualquer país, nem mesmo do delas.
 
Hoje, se você carrega um celular em São Paulo, a NSA pode rastrear onde você se encontra, e o faz: ela faz isso 5 bilhões de vezes por dia com pessoas no mundo inteiro.
 
Quando uma pessoa em Florianópolis visita um site na internet, a NSA mantém um registro de quando isso aconteceu e do que você fez naquele site. Se uma mãe em Porto Alegre telefona a seu filho para lhe desejar sorte no vestibular, a NSA pode guardar o registro da ligação por cinco anos ou mais tempo.
 
A agência chega a guardar registros de quem tem um caso extraconjugal ou visita sites de pornografia, para o caso de precisarem sujar a reputação de seus alvos.
 
Senadores dos EUA nos dizem que o Brasil não deveria se preocupar, porque isso não é "vigilância", é "coleta de dados". Dizem que isso é feito para manter as pessoas em segurança. Estão enganados.
 
Existe uma diferença enorme entre programas legais, espionagem legítima, atuação policial legítima --em que indivíduos são vigiados com base em suspeitas razoáveis, individualizadas-- e esses programas de vigilância em massa para a formação de uma rede de informações, que colocam populações inteiras sob vigilância onipresente e salvam cópias de tudo para sempre.
 
Esses programas nunca foram motivados pela luta contra o terrorismo: são motivados por espionagem econômica, controle social e manipulação diplomática. Pela busca de poder.
 
Muitos senadores brasileiros concordam e pediram minha ajuda com suas investigações sobre a suspeita de crimes cometidos contra cidadãos brasileiros.
 
Expressei minha disposição de auxiliar quando isso for apropriado e legal, mas, infelizmente, o governo dos EUA vem trabalhando arduamente para limitar minha capacidade de fazê-lo, chegando ao ponto de obrigar o avião presidencial de Evo Morales a pousar para me impedir de viajar à América Latina!
 
Até que um país conceda asilo político permanente, o governo dos EUA vai continuar a interferir com minha capacidade de falar.
 
Seis meses atrás, revelei que a NSA queria ouvir o mundo inteiro. Agora o mundo inteiro está ouvindo de volta e também falando. E a NSA não gosta do que está ouvindo.
 
A cultura de vigilância mundial indiscriminada, que foi exposta a debates públicos e investigações reais em todos os continentes, está desabando.
 
Apenas três semanas atrás, o Brasil liderou o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas para reconhecer, pela primeira vez na história, que a privacidade não para onde a rede digital começa e que a vigilância em massa de inocentes é uma violação dos direitos humanos.
 
A maré virou, e finalmente podemos visualizar um futuro em que possamos desfrutar de segurança sem sacrificar nossa privacidade.
 
Nossos direitos não podem ser limitados por uma organização secreta, e autoridades americanas nunca deveriam decidir sobre as liberdades de cidadãos brasileiros.
 
Mesmo os defensores da vigilância de massa, aqueles que talvez não estejam convencidos de que tecnologias de vigilância ultrapassaram perigosamente controles democráticos, hoje concordem que, em democracias, a vigilância do público tem de ser debatida pelo público.
 
Meu ato de consciência começou com uma declaração: "Não quero viver em um mundo em que tudo o que digo, tudo o que faço, todos com quem falo, cada expressão de criatividade, de amor ou amizade seja registrado. Não é algo que estou disposto a apoiar, não é algo que estou disposto a construir e não é algo sob o qual estou disposto a viver."
 
Dias mais tarde, fui informado que meu governo me tinha convertido em apátrida e queria me encarcerar. O preço do meu discurso foi meu passaporte, mas eu o pagaria novamente: não serei eu que ignorarei a criminalidade em nome do conforto político. Prefiro virar apátrida a perder minha voz.
 
Se o Brasil ouvir apenas uma coisa de mim, que seja o seguinte: quando todos nos unirmos contra as injustiças e em defesa da privacidade e dos direitos humanos básicos, poderemos nos defender até dos mais poderosos dos sistemas.
 
Tradução de Clara Allain, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.


http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/news/view/3295




Adital - O melhor presente de Natal



O melhor presente de Natal

Marcelo Barros
Adital



Nessa semana antes do Natal, muita gente se pergunta que presente pode dar às pessoas e tem também quem se sinta responsável por elaborar alguma mensagem ou palavra a dizer no começo das festas de confraternização comuns nessa época do ano.

Aqui deixo minhas sugestões. Ao enfrentar a agressividade do trânsito em nossas grandes cidades, ao testemunhar a violência urbana de cada dia e ver ou ouvir os noticiários restritos a crimes e escândalos nacionais, alguém mais sensível pode concluir: este mundo está perdido. Nesse contexto, os enfeites de Natal, ao invés de mostrar o colorido da festa, parecem ressaltar o vermelho do sangue. As melodias de Papai Noel podem acirrar ainda mais a voracidade do comércio. E, nesse contexto, fica mais difícil ainda escolher um significativo presente de Natal. Se eu pudesse, proporia que cada um oferecesse a si mesmo/a e às pessoas que ama lentes novas e diferentes para ver o mundo.

Nesses dias, os organismos encarregados da segurança no Recife espalharam pelo centro da cidade várias câmaras de vídeo para filmar atos de violência e culpar os responsáveis. De fato, conseguiram captar flagrantes de assaltos, roubos e outros incidentes de violência cotidiana. No entanto, depois do primeiro dia, a equipe encarregada de rever as imagens gravadas se espantou. Constatou uma coisa surpreendente. De fato, além dos incidentes de agressões que, de fato, ocorreram, as imagens mostravam cenas comoventes de pessoas anônimas que ajudavam as outras. Anciãos apoiados para atravessar uma rua. Jovens se dispunham a carregar pacotes de pessoas cansadas. E muitas outras amostras de solidariedade humana. O mais surpreendente foi que as cenas de bondade e solidariedade das pessoas eram muito mais numerosas do que os incidentes de violência. A equipe especializada em investigar crimes precisou mudar sua perspectiva de visão para constatar o que não esperava ver e concluir o contrário daquilo que era a sua expectativa. Aquelas pessoas descobriram que o Brasil não está tão mal, nem as pessoas são tão más, como diariamente as redes de televisão e grande parte da imprensa comercial fazem questão de mostrar. Ao contrário, há amor e solidariedade, escondidos em cada coração humano e doidos para ser desenterrados. Mesmo que da manhã à noite, sejamos atordoados por programas que mostram o mundo se acabando com muitos crimes hediondos, defendem a violência policial e insinuam a urgência da pena de morte, é possível ver algo diferente e apresentar o reverso da história. Esse pode ser o melhor presente a ser intercambiado nesse Natal. Sua Santidade, o Dalai Lama percorre o mundo inteiro para propagar que em cada pessoa existe uma semente de compaixão. Segundo ele, a tarefa essencial é ajudar as pessoas a fazer desabrochar e cultivar essa planta em sua vida. Atualmente, o papa Francisco insiste em que redescubramos a alegria da boa notícia de que Deus tem para o mundo um projeto de amor. Jesus nos revelou: Deus assumiu a condição humana para fazer com todo ser humano possa se tornar divino. Essa é a mensagem do Natal. Se assimilarmos isso e espalharmos essa notícia, podemos contribuir para um renascimento de esperança. O poeta francês Charles Peguy afirmava: "A esperança é uma menina. Ela é encarregada de sempre recriar, onde o hábito é acomodar-se. Ela semeia inícios, onde a tendência é propagar a decadência. Ela suscita vida nova, onde o ritual é a rotina”. Que o nosso presente de Natal, a nós mesmos e uns para os outros seja essa esperança, que como cantava a canção, é equilibrista, mas sempre capaz de, sem se machucar, andar na corda bamba de sobrinha e ensaiar assim o mundo novo que a cada dia renasce a partir do amor e da solidariedade humana.




http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=79115


Causas da erosão atual dos direitos humanos | Brasil de Fato

Causas da erosão atual dos direitos humanos

Ao invés de avançarmos no respeito da dignidade humana e dos direitos das pessoas, dos povos e dos ecossistemas estamos regredindo a níveis de barbárie

17/12/2013

Leonardo Boff

Vivemos num mundo no qual os direitos humanos são  violados, praticamente em todos os níveis, familiar, local, nacional e planetário. O Relatório Anual da Anistia Internacional de 2013 com referência a 2012 cobrindo 159 países faz exatamente esta dolorosa constatação.

Ao invés de avançarmos no respeito da dignidade humana e dos direitos das pessoas, dos povos e dos ecossistemas estamos regredindo a níveis de barbárie. As violações não conhececem fronteiras e as formas desta agressão se sofisticam cada vez mais.

A forma mais convarde é  a ação dos “drones”, aviões não pilotados que a partir de alguma base do Texas, dirigidos por um jovem militar diante de uma telinha de televisão, como se estivesse jogando, consegue identificar um  grupo de afegãos  celebrando um casamento e dentro do qual, presumivelmente deverá haver algum guerrilheiro da Al Qaida. Basta esta suposição para com um pequeno clique lançar uma bomba que aniquila  todo o grupo, com muitas mães e criançasinocentes.

É a forma perversa da guerra preventiva, inaugurada por Bush e criminosamente levada avante pelo Presidente Obama que não cumpriu as promessas de campanha com referência aos direitos humanos, seja do fechamento de Guantânamo, seja da supressão do “Ato Patriótico”(antipatriótico) pelo qual qualquer pessoa dentro dos USA pode ser detida por suspeita de terrorismo, sem necessidade de avisar a família.

Isso significa sequestro ilegal que nós naAmérica Latina conhecemos de sobejo. Verifica-se em termos econômicos e também de direitos humanos uma verdadeira latinoamericanização dos USA no estilo dos nossos piores momentos da época  de chumbo das ditaduras militares. Hoje, consoante o Relatório da Anistia Internacional, o país que mais viola direitos de pessoas e de povos são os Estados Unidos.

Com a maior indiferença, qual imperador romano absoluto, Obama nega-se a dar qualquer justificativa suficiente sobre espionagem mundial que seu Governo faz a pretexto da segurança nacional, cobrindo áreas que vão detrocas de e-mails amorosos entre dois apaixonados até dos negócios sigilosos e bilionários da Petrobrás, violando o direito à privacidade das pessoas e à soberania de todo um país. A segurança anula a validade dos direitos irrenunciáveis.

O Continente que mais violações sofre, é a África. É o Continente esquecido e vandalizado. Terras são compradas (land grabbing) por grandes coroporações e pela China para nelasproduzirem alimentos para suas populações. É uma neocolonização mais perversa que a anterior.

Os milhares e milhares de refugiados e imigrantes por razões de fome e de erosão de suas terras são os mais vulneráveis. Constituem uma sub-classe de pessoas, rejeitadas por quase todos os países, “numa globalização da insensibilidade” como a chamou o Papa Francisco. Dramática, diz o Relatório da Anistia Internacional, é a situação das mulheres. Constituem mais da metade da humanidade, muitísssimas delas sujeitas a violências de todo tipo e em várias partes da Africa e da Ásia ainda obrigadas à mutilação genital.

A situação de nosso pais é preocupante dado o nível de violência que campeia em todas as partes. Diria, não há violência: estamos montados sobre estruturas de violência sistêmica que pesa sobre mais da metade da população afrodescendente, sobre os indígenas que lutam por preservar suas terras contra a voracidade impune do agronegócio, sobre os pobres em geral e  sobre os LGBT, discriminados e até mortos.

Porque nunca fizemos uma reforma agrária, nem política, nem tributária assistimos nossas cidades se cercarem de centenas e centenas de “comunidades pobres”(favelas) onde os direitos à saúde, educação, à infra-estrutura e à segurança são deficitariamente garantidos.

O fundamento último do cultivo dos direitos humanos reside na dignidade de cada pessoa humana e no respeito que lhe é devido. Dignidade significa que ela é  portadora de espírito e de liberdade que lhe permite moldar sua própria vida. O respeito é o reconhecimento de que cada ser humano possui um valor intrínseco, é um fim em si mesmo e jamais meio para qualquer outra coisa. Diante de cada ser humano, por anônimo que seja, todo poder encontra o seu limite, também o Estado.

O fato é  que vivemos num tipo de sociedade mundial que colocou a economia como seu eixo estruturador. A razão é só utilitarista e tudo, até a pessoa humana, como odenuncia o Papa Francisco é feita “um bem de consumo que uma vez usado pode ser atirado fora”. Numa sociedade assim não há lugar para direitos, apenas para interesses. Até o direito sagrado à comida e à bebida só é garantido para quem puder pagar. Caso contrário, estará ao pé da mesa, junto aos cães esperandoalguma migalha que caia da mesa farta dos epulões.

Neste sistema econômico, político e comercial se assentam as causas principais, não exclusivas, que levam permanentemente à violação da dignidade humana. O sistema vigente não ama as pessoas, apenas sua capacidade de produzir e de consumir. De resto, são apenas resto, óleo gasto na produção.

A tarefa além de humanitária e ética é principalmente política: como  transformar este tipo de sociedade malvada numa sociedade onde os humanos possam se tratar humanamente e gozar de direitos básicos. Caso contrário a violência é a norma.



http://www.brasildefato.com.br/node/26908


Asilo no Brasil para o corajoso Edward Snowden!

https://secure.avaaz.org/po/petition/Asilo_ja_para_o_Inimigo_Publico_Numero_1_dos_EUA/?apVqZbb


Assine a Petição  

Edward Snowden desistiu de tudo para trazer à luz a operação de megaespionagem feita pelos EUA contra o Brasil e o restante do mundo inteiro. Seu passaporte foi revogado por seu próprio país e agora ele está preso em um limbo jurídico em Moscou, com um visto de um ano de duração. O Brasil, um dos principais alvos da espionagem, deveria oferecer abrigo a alguém que nos abriu os olhos para a vigilância norte-americana indiscriminada e em escala global. É hora de oferecer a Edward Snowden asilo imediato no Brasil!


Na nova reforma da Igreja, Papa Francisco quer acabar com indulgências - Carta Maior

16/12/2013 - Copyleft

Na nova reforma da Igreja, Papa Francisco quer acabar com indulgências

Francisco I pretende acabar com as indulgências. Trata-se de uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso.







Dermi Azevedo

Entre as medidas destinadas a reformar a Igreja Católica Romana, o papa Francisco I pretende acabar com as indulgências. Trata-se de uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso. Essa prática foi um dos principais motivos da ruptura do teólogo e frade agostiniano Martinho Lutero com o papa Leão X, concretizada na publicação das Noventa e Cinco Teses que escrevera em latim e que foram afixadas na porta da Igreja de Todos os Santos, na cidade alemã de Wittenberg.



Se o Papa conseguir adotar essa medida, estará dando um dos passos mais importantes da história do Cristianismo, em favor da unidade das igrejas cristãs. A história registra que as indulgências foram objeto de compra e de venda e geraram enormes lucros para o Papa, para os cardeais e para os cofres vaticanos.


Uma outra medida histórica foi adotada, recentemente, com a participação das Igrejas Católica Romana, Luterana e Anglicana. Trata-se de um acordo para o reconhecimento mútuo dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimônio.Essa decisão foi formalizada em um documento intitulado BEM. Pelo acordo, um católico que se batizar na sua Igreja e depois converter-se à Igreja Anglicana, não precisará mais batizar-se em sua nova confissão.


Outra norma tradicional que o novo Papa pretende pelo menos amenizar é a obrigatoriedade do celibato para o clero, seguida pela flexibilização das regras que regulam a participação, no interior da Igreja, dos padres já casados.   


No começo desta semana, Francisco recebeu um documento do Movimento Internacional de Intelectuais Católicos, sugerido-lhe que adote três medidas: a valorização do papel dos leigos e uma maior participação das mulheres na Igreja, além da descentralização dos órgãos da Cúria Romana.


Todas essas propostas pelo Papa ao G-8. o grupo de cardeais por ele nomeados para uma direção coletiva do Catolicismo Romano.


http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FInternacional%2FNa-nova-reforma-da-Igreja-Papa-Francisco-quer-acabar-com-indulgencias%2F6%2F29826


Rotulagem dos transgênicos, estamos de olho!



 
NÃO ao fim da rotulagem dos                              transgênicos Amigas e Amigos,

Temos um último embate em 2013. Há praticamente um ano pedimos para que você nos ajudasse enviando mensagens aos deputados que estavam prestes a votar o fim da rotulagem dos alimentos transgênicos. Você e mais 6 mil pessoas participaram da pressão popular e em 2012 esse projeto não foi votado.

Agora, o Projeto de Lei 4.148/08, do deputado Luiz Carlos Heinze, pode ser votado ainda esta semana, graças ao pedido feito pelo Deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). A sua aprovação significaria derrubar uma importante conquista social, fruto de intensas mobilizações da sociedade civil: a efetiva rotulagem de qualquer alimento que possua transgênico em sua fórmula.

Não podemos aceitar tamanho retrocesso!

Envie uma mensagem aos deputados pedindo que arquivem este Projeto de Lei.

Atualmente, as sementes transgênicas liberadas para consumo humano pela CTNBio são o milho e a soja, que estão sendo utilizadas pela indústria como ingredientes de alimentos processados. Além disso, há uma nova espécie de feijão carioca transgênico liberada para consumo humano, que pode aparecer no mercado a qualquer momento, e precisa estar devidamente rotulado!

Nós temos o direito de saber o que está em nosso prato. Queremos que o maior número possível de mensagens contra esse PL cheguem à Câmara dos Deputados.

Mande quantas mensagens quiser e convide seus amigos a fazerem o mesmo!

Com esperança,

Flavio Siqueira Júnior
João Paulo Amaral
Ana Paula Bortoletto
Idec

 
Saiba mais:

Entrevista com Marijane Lisboa, representante dos consumidores na CTNBio:
http://www.idec.org.br/em-acao/revista/internet-meia-boca/materia/transgenicos-10-anos-a-solta

Artigo “O fim dos alimentos transgênicos”:
http://www.idec.org.br/em-acao/artigo/sera-o-fim-dos-alimentos-transgenicos

Debate 10 anos de transgênicos:
http://www.idec.org.br/em-acao/em-foco/transgenicos-no-brasil-idec-segue-na-luta-em-defesa-dos-consumidores

Pesquisa Festa Junina transgênica:
http://www.idec.org.br/consultas/testes-e-pesquisas/festa-junina-transgenica

 
Idec






16.12.13

Os latino-americanos >> Os paraguaios

Fundação Piratini

“MUERO CON MI PATRIA” teria dito o Marechal Solano López, quando morria na guerra do Paraguai em 1870. No entanto, sua pátria sobreviveu e continuou fazendo heróis através da História. Os Paraguaios parte dos primórdios da nação guarani para o Paraguai contemporâneo: historiadores, antropólogos, escritores e artistas tentam desatar os nós de uma realidade cheia de contrastes.


TVE RS:


Na internet:
http://www.tve.com.br/tve-ao-vivo/

Na TV ABERTA:




Opera Mundi - Por que a Venezuela sumiu do noticiário?

AMÉRICA DO SUL
15/12/2013 - 17h56 | Max Altman | São Paulo

Por que a Venezuela sumiu do noticiário?

Vitória de Nicolás Maduro dá força à Revolução Bolivariana e golpeia mídia conservadora
 

Crucial vitória de Nicolás Maduro, do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e da Revolução Socialista Bolivariana; contundente derrota de Henrique Capriles, da MUD e dos setores golpistas de oposição; agora a atacar e resolver os problemas da economia e avançar nas conquistas sociais.

“Dedicaram-se, durante todo o ano de 2013 e, principalmente, após a morte de Chávez, a sabotar a economia, a sabotar o sistema elétrico, à desestabilização, ao caos, à guerra psicológica. Trataram de converter eleições municipais em plebiscito. E o que ocorreu: o triunfo da Revolução Socialista Bolivariana derrotou os planos golpistas da direita", afirmou o presidente Nicolás Maduro.

Notaram, meus caros amigos e amigas, que o noticiário sobre a Venezuela desapareceu da grande imprensa quando antes do 8 de dezembro enchiam suas páginas vaticinando a ‘débâcle’ do governo Maduro pelos inúmeros enviados especiais e correspondentes?

Disseram que era um plebiscito e foram com tudo. Os oligarcas são sempre insolentes. Ainda mais se são apoiados pelos Estados Unidos. Contavam que o empurrão definitivo para derrocar Maduro viria com o 8 de dezembro. Estavam cuidando dessa tarefa fazia meses. Remarcação de preços de todos os produtos muito acima da inflação, provocando desespero na população, desabastecimento induzido, sabotagem elétrica, açambarcamento, insegurança. (E mais erros do próprio governo, que as manchetes gritantes dos jornais, rádios e televisão punham em evidência). O mesmo cenário que se havia preparado para Salvador Allende antes do golpe de 1973. Desde os Estados Unidos, Roger Noriega escreveu e descreveu a tese do colapso total, que seria arrematado oportunamente, quando a situação ficasse insustentável, pelo exército norte-americano. Que a Venezuela tem demasiado petróleo. Parte importante da oposição estava de pleno acordo com esse roteiro. Por fim, o chavismo aniquilado. Fim do pesadelo. Malditos vermelhos.

Disseram que as eleições eram um plebiscito. E estavam disso plenamente convencidos. E o repetiram El País,  ABC,  El Mundo, Clarín, The New Yor Times, Newsweek, a CNN, Fox News, RAI, Excelsior, Miami Heral, Folha de S. Paulo, O Globo, TV Globo, o Estado de S. Paulo… Todavia eram apenas eleições municipais, com suas características próprias, conhecidas em todo o mundo político. Apresentavam-se candidatos a prefeito, vereador que iriam dar conta da prestação de serviços, asfaltamento de ruas, tráfego, varrição de lixo …, coisas de município. Mas que importância tinha tudo isso? Para que perder a ocasião? Eram as primeiras eleições municipais sem Chávez. Disseram que eram mais que urnas municipais, que o chavismo sem Chávez estava ferido de morte, que o ilegítimo e incompetente Maduro ganhara a presidencial por diferença mínima e por meio de fraude, e que agora sim, agora teria que abandonar o Palácio Miraflores, por bem ou expulso pela força. Ah, se resistisse por que não envolto num saco de lona.

Porém eis o que o povo falou:


 

 
 

Comparecimento nacional de 58.92%. (Recorde nacional em eleições similares. Na Venezuela o voto não é obrigatório.)

1. As 335 prefeituras ficaram assim distribuídas:

242 (72,24%) para o PSUV e aliados;
75 (22,32%) para a MUD e aliados;
18 (5,44%) para independentes.

2. Das 40 cidades mais populosas, o PSUV ganhou em 30.

3. Das 25 capitais, o PSUV conquistou 15 e a MUD 10. Se a oposição venceu em Barinas, capital do estado Barinas, governado pelo irmão de Chávez, Adan Chávez – o que foi intensamente alardeado – a Revolução conquistou Los Teques, Guaicaipuro, estado Miranda, gobernado por Capriles – o que foi escondido.

4. PSUV e aliados obtiveram um total nacional de 5.277.491 votos; a MUD e aliados, 4.423.897. Diferença: 853.594 votos. (Cumpre lembrar que a diferença a favor de Maduro nas eleições presidenciais foi de cerca de 230 mil votos ou 1,6%.).

5. Se levarmos em conta apenas os votos da Revolução e da Oposição teremos, respectivamente, 54,40% e 46,60. (Vale destacar, por exemplo, que entre as agremiações políticas que concorreram independentemente está o Partido Comunista, firme aliado da Revolução, e que obteve 9 prefeituras, sendo 2 sem aliança, e cerca de 1,6% dos votos ou cerca de  175 mil votos. Se acrescentarmos somente esses votos à Revolução, a diferença ultrapassa os 10 pontos percentuais.)

6. No Estado Miranda, governado pelo líder da oposição, Henrique Capriles, o Psuv e aliados obtiveram 560.826 votos (52,1%) contra 514.796 votos (47,9%)  da Mud e aliados.

Votação nas capitais:

Município Libertador Distrito Capital (1.625.151 eleitores)
Jorge Rodríguez – Psuv  -  54,55
Ismael Garcia – Mud  -  43,34%

Município Bolívar, Estado Anzoategui  (85.764)
Guillermo Martínez -  Psuv  -  84,63%
Olga Azuaje – Mud  -  14,39%

Município San Fernando; Estado Apure (109.817)
Ofelia Padrón -  Psuv  -  65,27%
Yadala Abouhamud – Mud  -  32,19%

Município Girardot, Estado Aragua (341.979)
Pedro Bastidas -  Psuv  -  51,55%
Tonny Real – Mud  -  45,89%

Município Barinas, Estado Barinas  (224.115)
Machin Machin – Mud  -  50,44%
Edgardo Ramirez – Psuv  -  48,58%

Município Heres, Estado Bolívar  (224.297)
Sergio Hernández – Psuv  -  47,25%
Victor Fuenmayor – Mud  -  40,92%

Município Valencia, Estado Carabobo  (578.193)
Michele Cochiola – Mud  -  54,24%
Miguel Flores – Psuv  -  44,28%

Município Ezequiel Zamora,  Estado Cojedes  (71.330)
Pablo Rodríguez – Psuv  -  54,68%
Ramon Moncada – Mud  -  36,62%

Município Tucupita, Estado  Delta Amacuro (63.649)
Alexis Gonzalez – Psuv  -  54,38%
Maria Mercano – Mud  -  33,30%

Município Iribarren, Estado Lara  (682.682)
Alfredo Ramos – Mud  -  52,41%
Luis Bohorquez – Psuv  -  46,04%

Município Libertador, Estado Mérida  (168.040)
Carlos García -  Mud  -  63,82%
Maria Castillo – Psuv  -  33,49%

Município Guaicaipuro, Estado Miranda  (191.070)
Francisco Garcés -  Psuv  -  52,21%
Romulo Harrera – Mud  -  45,89%

Município Arismendi, Estado Nueva Esparta  (21.262)
Richard Fermín – Mud  -  48,20%
Luiz Dias – Psuv  -  44,38%

Município Guanare, Estado Portuguesa  (124.094)
Rafael Calles – Psuv  -  70,76
Francisco Mora – Mud  -  23,97%

Município Sucre, Estado Sucre (241.194)
David Velásquez – Psuv  -  54,71%
Robert Alcalá – Mud  -  42,35%

Município San Cristóbal, Estado Tachira  (208.183)
Daniel Ceballos – Mud  -  67,67%
Jose Zambrano – Psuv  -  29,42%

MunicípioTrujillo, Estado Trujillo  (43.027)
Luz Castillo – Psuv  -  53,16%
Luis Briceño – Mud  -  40,18%

Município San Felipe, Estado Yaracuy  (69.258)
Alex Sánchez – Psuv  -  49,68%
Jose Reyes – Mud  -  46,79%

Município Vargas, Estado Vargas  (265.837)
Carlos Alcalá Cordones – Psuv  -  53,92%
Fabiola Colmenares – Mud  -  37,99%

Município Maracaibo, Estado Zulia  (944.129)
Eveling de Rosales – Mud  -  51,74%
Perez Pirela – Psuv  -  46,64%

Município Metropolitano,  Alcaldia Mteropolitana  (2.474.833)
Antonio Ledezma – Mud  -  51,28%
Ernesto Villegas – Psuv  -  47,22%

Município Atures, Estado Amazonas  (72.005)
Adriano Gonzalex – Mud  -  49,57%
Delmis Bastidas – Psuv  -  46,78%

Município Maturin, Estado Monagas  (338.694)
Warner Jimenez – Mud  -  38,63
Jose Maicovares – Psuv  -  37,26%

Município Miranda, Estado Falcón  (138.895)
Pablo Acosta – Psuv  -  47,97%
Victor Jurado – Mud  -  46,87%

Município Roscio, Estado Guarico  (86.493)
Gustavo Mendes – Psuv  -  49,88%
Douglas Gonzalez – Mud  -  48,22%

Dados do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela



http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/32981/por+que+a+venezuela+sumiu+do+noticiario.shtml



Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz