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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

14.4.11

Em 29 de março, equipe do Pioneiro viu caminhão com placa do poder público deixando material

 

 

14/04/2011 | N° 11029

PROBLEMA URBANO

Geólogo e aposentado alertam sobre riscos

http://anuncio.clicrbs.com.br/RealMedia/ads/Creatives/default/empty.gifAcompanhado de um especialista em estudo de terras, o Pioneiro foi conferir o aterro. Geólogo há 30 anos e ex-diretor da Companhia Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), Abrelino Frizzo se surpreendeu ao ver na área restos de construção, asfalto e materiais orgânicos, pneus, sofás, pedaços de carpete, telhas e faixas plásticas, entre outros materiais.

– Isso é uma loucura. É uma obra incoerente. Esta área deveria ser preservada, pois o local serve de escoamento da umidade que converge do barranco que está sendo aterrado – alerta o geólogo.

Independentemente do lixo que está sendo colocado, continua explicando o especialista, uma obra como essa do Jardim Itália jamais deveria ser liberada:

– Qualquer projeto de licenciamento nesta área deveria ser vetado. Se você fizer metade disto no seu terreno leva uma multa enorme da Secretaria de Meio Ambiente – compara Frizzo.

O aposentado Hélio Quevedo, que diz ter trabalhado na demarcação de lotes quando o bairro estava sendo criado, destacou sobre o barranco:

– Tem mais de 120 metros de desnível. SE houve uma erosão, a terra pode atingir o bairro Reolon, que é logo abaixo do barranco. Se chover muito, os moradores ficarão em uma situação de risco.

A avaliação do aposentado é confirmada pelo geólogo:

– Se chover muito no inverno, isso aqui vai desmoronar.

No pé do barranco fica a Rua Luiz Covolan, porta de entrada do bairro Reolon.

Corte liberado

A licença para derrubada de árvores prevê 24 araucárias, 12 araçás-do-mato, 204 camboatás-vermelhos, 24 pessegueiros-do-mato, 35 marmeleiros-do-mato, 55 canelas-amarelas, 8 sete-sangrias, 8 árvores de erva-mate, entre outras.

 

http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,3274125,499,16894,impressa.html

 

 

 

 

 

14/04/2011 | N° 11029

PROBLEMA URBANO

Prefeitura faz aterro com lixo

Secretaria do Meio Ambiente alega que obra faz parte de ligação de ruas no Jardim Itália

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Caxias do Sul – A construção de um aterro para abertura de uma rua está revoltando moradores do bairro Jardim Itália. Eles alegam que lixo orgânico, entulhos, lama e outros materiais que seriam inadequados para esse tipo de obra estão sendo despejados no terreno, inclusive, destruindo uma área verde. O Pioneiro levou um geólogo ao local e ele afirmou que a intervenção apresenta problemas, podendo oferecer risco de desmoronamento, o que reforça o alerta dos moradores.

A obra, segundo o secretário do Meio Ambiente, Adelino Teles, faz parte de um projeto de ligação da Rua Luiza Pistore Mari, no Jardim Itália, com a Rua Paulo Cagliari, no loteamento Santo André. Conforme Teles, o aterro é necessário porque o novo acesso passará por onde hoje há um barranco, com pelo menos 100 metros de declive. Para a rua ser feita e ser pavimentada, é preciso fazer, além do aterramento, terraplenagem, canalização pluvial e drenagem do terreno. Para evitar desmoronamentos, está prevista a construção de muro de contenção.

Mas a forma com que o aterro está sendo feito intriga moradores.

– Há entulhos, pneus, madeira, plástico, asfalto e até vísceras de animais – reclama o aposentado Hélio Quevedo, 58 anos, da Rua Luiza Pistore Mari.

Segundo o morador, caminhões da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) descarregam o lixo e, em seguida, um caminhão da Secretaria de Obras e Serviços Públicos cobre com terra. Em 29 de março, o Pioneiro flagrou o Cargo placas INQ-8616, que no Detran consta como sendo da prefeitura, deixando lama no terreno.

– Além de depositarem lixo no aterro, os caminhões estão colocando entulhos diretamente em cima da mata nativa – protesta o também aposentado Hugo Rambazzo.

Ele destaca que derrubaram pelo menos 20 araucárias, espécies na tivas e protegidas por lei. No entanto, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) liberou o corte dos pinheiros e outras espécies.

marcus.bugs@pioneiro.com

MARCUS ANDRÉ BUGS

http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,3274124,499,16894,impressa.html

 

 

 

 

14/04/2011 | N° 11029

PROBLEMA URBANO

Há um jogo de empurra

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Ouvidos sobre a obra no Jardim Itália, secretários municipais e técnicos da prefeitura deram explicações contraditórias. Questionado pelo Pioneiro sobre as reclamações de moradores de que árvores nativas foram cortadas, o secretário do Meio Ambiente, Adelino Teles, afirmou:

– Quando foi feito o laudo não havia araucárias e nenhuma árvore do bioma da Mata Atlântica.

O jornal teve acesso ao alvará para licenciamento de serviços florestais em área pública 141/2009, de 21 de julho de 2009. No documento, Teles autoriza o corte de uma série de árvores, inclusive, de 24 araucárias.

Questionado sobre o despejo de lixo na área, o diretor-presidente da Codeca, Adiló Didomênico, solicitou a ajuda de moradores e declarou:

– O que deve estar sendo colocado é material de drenagem. É importante que a comunidade anote as placas dos caminhões que estão colocando entulhos no local e nos avisem. Podem fazer até foto com celular.

Sobre o fato de caminhões da secretaria deixarem material no aterro, o titular de Obras, Celso Empinotti, disse:

– Não temos conhecimento da obra.

O secretário de Habitação, Flávio Cassina, e o de Planejamento, Paulo Roberto Dahmer, afirmam que a Secretaria de Obras é a responsável.

http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/impressa/11,3274126,499,16894,impressa.html

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz