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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

18.4.13

Sem Terra comemoram 17 anos do maior assentamento da América Latina

Sem Terra comemoram 17 anos do maior assentamento da América Latina

18 de abril de 2013


Por Geani Paula de Souza
Da Págona do MST


No dia 17 de abril, os Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire, em Rio Bonito do Iguaçu (PR), completaram mais um ano de sua história. Agora são 17 anos de conquista da terra, que resultou numa história em que prova para todos os setores da sociedade a viabilidade social e econômica da Reforma Agrária.

Por dois anos, cerca de 3 mil famílias acamparam às margens da rodovia BR-158, no município de Rio Bonito do Iguaçu, até a liberação do  Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para a desapropriação da terra.

A fazenda Giacomet-Marondim, também conhecida como Araupel, foi a área ocupada pelos Sem Terra numa madrugada gelada do dia 17 de abril de 1996. Dessa ocupação, com o bater de foices e os gritos por Reforma Agrária, surgiu o Assentamento Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire, com 1.512 famílias assentadas.

“Era muito sofrimento com todos aqueles barracos, muita fumaça, chuva. O acampamento do Buraco foi muito sofrido, mas compensou depois”, diz Marcelaine Reguelin, que chegou ao acampamento com 13 anos de idade junto com os pais.



A família de Marcelaine trabalhava de agregado numa fazenda, e com a pouca renda que ganhavam não dava para sustentar o casal mais cinco filhos pequenos. Seu pai ficou sabendo do MST em uma reunião no sindicato dos trabalhadores, e resolveu se organizar com o Movimento na ocupação da Giacomet.

“Quando chegamos tivemos que ir estudar na cidade, e a gente sofria muito preconceito pelo cheiro da fumaça e por ser acampado”, conta Reguelin sobre o preconceito que sofriam na época do acampamento. “Hoje, muitos desses preconceitos foram superados, pois com a chegada do assentamento o munícipio de Rio Bonito do Iguaçu cresceu, trazendo vários beneficios a sociedade e em torno”, relata.

Após 17 anos, os assentamentos são altamente produtivos, levando alimentos para a mesa de muitos brasileiros por meio da merenda escolar, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Atualmente, ambos assentamentos contam com 6 escolas munícipais, 4 escolas estaduais, 1 brinquedoteca e 2 postos de saúde. Além disso, são 17 comunidades no Ireno Alves e 11 no Marcos Freire, onde todas têm centros comunitários.

Comemoração


Em comemoração aos 17 anos da luta pela terra, acontece nesta quarta-feira (18) uma grande festa no Assentamento Marcos Freite, na comunidade Camargo Filho. O evento conta com a participação dos assentados e vários amigos do MST, que vem prestigiar esse momento com as famílias.

O almoço é a base de churrasco e saladas, e a tarde terá atividades culturais. O dia 17 de abril é decretado feriado em Rio Bonito do Iguaçu.


http://www.mst.org.br/Camponeses-comemoram-17-anos-do-maior-assentamento-da-America-Latina

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz