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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

9.10.14

Dia do Saci


Halloween que nada, 31 de outubro é Dia do Saci

outubro 31, 2013 00:22

Para Chico Nunes, professor de Filosofia da Faculdade Cásper Líbero, a figura do folclore nacional representa a resistência dos setores mais humildes e também uma resistência da cultura brasileira

Por Isadora Otoni


Para a maioria dos brasileiros, a principal comemoração do dia 31 de outubro é o Halloween. Menos para aqueles que defendem a cultura nacional em detrimento da estrangeira. Para eles, o último dia do mês é reservado para o Dia do Saci, figura folclórica brasileira que perdeu seu valor nas grandes metrópoles. Entretanto, grupos como a Sociedade dos Observadores de Saci (SOSACI) e a Associação Nacional dos Criadores de Saci (ANCS) buscam manter o Saci na memória.

Chico Nunes, professor de Filosofia da Faculdade Cásper Líbero e membro do SOSACI, coordena duas iniciativas inusitadas para resgatar a figura do Saci em São Paulo. No dia 30, com auxílio do jornalista esportivo Celso Unzelte, ele faz uma partida de futebol de um pé só na quadra da Faculdade Cásper Líbero. Para o dia seguinte, ele promove a "Saciata", uma passeata de um pé só atravessando a Avenida Paulista, saindo do prédio da Gazeta e indo até a entrada da FNAC.

Chico explicou à Fórum a importância do Saci, mostrando que sua figura não só representa a resistência dos setores mais humildes, mas também uma resistência da cultura brasileira.

Fórum – Qual a importância do resgate da figura do Saci?

Chico Nunes– A cultura do Saci mostra como o povo, principalmente os setores mais humildes da população, constroem formas de resistência diante de vários processos, sejam eles de exploração da condição de trabalho, seja da discriminação social, mas também com relação à supervalorização de elementos da cultura estrangeira em detrimento da cultura popular brasileira. Aqueles que reverenciam a cultura do Saci o adotam como símbolo em referência à resistência popular.

Fórum – A preferência da cultura estrangeira em detrimento da brasileira pode ser explicada pela globalização?

Chico – Então, os adeptos ao movimento do Saci não são xenófobos. Não há um ódio à cultura estrangeira, mas considerando a globalização, assim como o Halloween vem pro Brasil, a gente gostaria que o Saci fosse para os Estados Unidos e pra Europa. O problema é que a atual globalização é uma globalização de mão única, a gente apenas recebe o entretenimento de fora sem que haja um intercâmbio.

Fórum – Como surgiu a Saciata?

Chico – [Risos] A Saciata fui eu quem criei aqui em frente ao prédio da Gazeta. Depois da criação dos Observadores de Saci há 11 anos em São Luiz do Paraitinga, entrei em contato com vários amigos, o Vladimir Sacchetta, o Mouzar Benedito, e aí eu pensei em criar alguma coisa aqui em São Paulo. Além da Saciata, temos o Futebol do Saci e a exposição de artes referentes à cultura do Saci, entre outras atividades variadas ao longo desses dez anos. Mas sem dúvida a Saciata é a que mais desperta a curiosidade das pessoas, porque a gente atravessa a avenida na frente da Gazeta pulando de uma perna só e com um gorrinho.

Tive um aluno da Cásper [Líbero], o Henrique, que é de Botucatu, onde tem a Associação Nacional dos Criadores de Saci. Ele um dia me trouxe um Saci, e pra quem não sabe o Saci nasce no terceiro gomo do bambu brotando de baixo pra cima, naquele cabo grosso chamado Taquaruçu, então quando o bambu está amadurecendo a gente abre e solta o Saci. O meu eu soltei lá no Parque Trianon.

Fórum – E qual é a personalidade do Saci?

Chico – De um modo geral, ele se expressa como um adolescente muito travesso. Com os amigos ele faz mais brincadeira, mas com as figuras que são mais prepotentes e arrogantes ele comete travessuras maiores. Pela tradição, ele costuma amarrar a crina do cavalo, o que aparentemente é um castigo para o cavalo. Mas não é. Às vezes amarrava a crina para servir como estribo para colocar o pé e poder cavalgar. Ele também derrubava os homens do cavalo, porque no período colonial só tinha cavalo quem era fazendeiro e poderoso, por isso ele cometia esse tipo de estripulia. Talvez ele faça isso com alguns carrões poluentes que ocupam espaço na via pública, ou com algum carro que sirva para reprimir manifestações legítimas da população. O Saci hoje é quase um Saci online, que já está no século 21 e acompanha todo o avanço da sociedade.

http://www.revistaforum.com.br/blog/2013/10/halloween-que-nada-dia-31-e-dia-do-saci/


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O Saci - Sitio Do Pica-pau Amarelo

https://www.youtube.com/watch?v=fpb4DFQd7gQ


Saci Pererê - Lenda do folclore brasileiro
Série: JURO QUE VI.
https://www.youtube.com/watch?v=mDBZUKYspwI


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz