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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

18.2.14

manipulação: web é usada para difundir imagens falsas ou descontextualizadas

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Protestos na Venezuela: web é usada para difundir imagens falsas ou descontextualizadas





















Reprodução

A partir da internet, saber o que de fato acontece nas ruas da capital e de outras cidades do país é impossível

18/02/2014

Marina Terra,

Do Opera Mundi

Em abril de 2002, a atuação dos principais veículos de comunicação privados na Venezuela foi decisiva para a derrubada – apesar de breve – de Hugo Chávez. Conforme depois o documentário A revolução não será televisionada demonstrou, a manipulação de imagens e informação armou o cenário e legitimou o golpe de Estado contra o presidente venezuelano, dentro e fora do país.

Agora, em 2014, as recentes manifestações contra Nicolás Maduro, eleito após a morte de Chávez, ano passado, também teriam sido manipuladas somente por televisões e jornais, de acordo com denúncias do atual governo, mas igualmente na web – espaço que há 12 anos não tinha o mesmo potencial informativo e político.

Na Venezuela, as redes sociais, com destaque para o Twitter, são amplamente usadas por ambos os lados, tanto que o próprio presidente e políticos da oposição o usam para fazer anúncios e se comunicar com seus seguidores. Desde quarta-feira (12/02), quando uma marcha opositora culminou em violência no centro de Caracas, diversas montagens e imagens falsas contra Maduro e o governo foram disseminadas, inclusive por jornalistas de redes como a CNN.

A partir da internet, saber o que de fato acontecia nas ruas da capital e de outras cidades do país foi impossível. No entanto, logo, a origem real de algumas imagens que eram compartilhadas, mostrando repressão policial e demonstrações multitudinais de apoio à oposição, foram reveladas. Fotos de protestos no Chile, Egito, Tailândia e até Brasil foram usadas "como prova" de que a polícia venezuelana reprimia violentamente, enquanto imagens de atos pró-independência da Catalunha foram apresentadas como marchas oposicionistas em Caracas.

Veja alguns exemplos encontrados no Twitter:

Tida como venezuelana, a imagem abaixo foi feita em junho de 2013, no Brasil:














Nesta foto, guardas usando um felpudo chapéu de inverno na Caracas caribenha?














"Eu e você somos venezuelanos, amigo". Mas a frase deveria ter sido escrita em búlgaro:














Era pra ser da repressão na Venezuela, mas o site da Al Jazeera comprova a origem da imagem:














Uma procissão religiosa foi retratada como protesto contra o governo:

























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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz