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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

28.9.16

Intelectuais assinam manifesto contra “autoritarismo jurídico”

Intelectuais assinam manifesto contra "autoritarismo jurídico"

Postado em 27 de setembro de 2016 às 3:37 pm

Do Brasil 247:

Um manifesto contra o "autoritarismo jurídico" e por um "basta a poderes que se colocam acima da lei" reúne cerca de 800 assinaturas de renomados acadêmicos, ex-ministros, escritores e intelectuais.

Em tempos de Lava Jato, o texto mostra "indignação" com o "autoritarismo no uso seletivo e partidarizado praticado por setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal, estimulados pela grande mídia oligopolizada".

O manifesto se coloca ainda contra "interpretações parciais de procedimentos judiciários, exacerbados e estimulados por um sentimento de ódio que tomou conta de setores privilegiados da sociedade brasileira".

"Já é passada a hora de a sociedade brasileira dar um basta a poderes que se colocam acima da lei, que atropelam direitos humanos e civis, e que estão induzindo o país a um conflito que pode ganhar enormes proporções", pedem intelectuais como Paulo Sergio Pinheiro, Wanderley Guilherme dos Santos, Marco Lucchesi, Leonardo Boff, Bresser Pereira e Alfredo Bosi.

Leia a íntegra:

...

Cidadania urgente: Basta de autoritarismo jurídico

Basta de autoritarismo no uso seletivo e partidarizado praticado por setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal, estimulados pela grande mídia oligopolizada.

É com indignação que nos manifestamos contra o rompimento continuado do estado democrático de direito no Brasil. Interpretações parciais de procedimentos judiciários, exacerbados e estimulados por um sentimento de ódio que tomou conta de setores privilegiados da sociedade brasileira, empurram nosso país para um retrocesso impensável e negam princípios básicos de respeito a uma ordem democrática tão duramente conquistada na luta contra a ditadura militar.

Tratar a política como crime e os políticos como criminosos é uma demonstração preocupante de ignorância quanto ao funcionamento das sociedades humanas e do lugar da política na construção dos fins da ação pública. Desrespeitar, de forma reiterada, o direito de defesa, coagir pela violência através de suposições de delitos não comprovados, condenar pela imprensa espetaculosa sem levar em conta um elemento central dos direitos civis, que é a presunção de inocência, que atribui ao acusador o ônus de provar a culpa e não o contrário, tudo isso fragiliza a cidadania diante de poderes que podem, facilmente, se tornar tirânicos.

Já é passada a hora de a sociedade brasileira dar um basta a poderes que se colocam acima da lei, que atropelam direitos humanos e civis, e que estão induzindo o país a um conflito que pode ganhar enormes proporções.

Assinaturas iniciais:

Paulo Sergio Pinheiro (cientista político, USP; relator de direitos humanos, ONU)
Wanderley Guilherme dos Santos (cientista político, IESP-UERJ, membro da Academia Brasileira de Ciência)
Marco Lucchesi (Letras-UFRJ, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras)
Leonardo Boff (teólogo)
José Miguel Wisnik (crítico literário, USP, músico)
Roberto Saturnino Braga (ex-senador, Presidente do Centro Internacional Celso Furtado)
Alfredo Bosi (crítico literário, IEA-USP, editor de Estudos Avançados)
Luiz Pinguelli Rosa (físico, COPPE-UFRJ)
Frei Beto (escritor)
Silke Weber (socióloga UFPE)
Hebe Mattos (historiadora UFF)
Ennio Candotti (físico, ex-presidente SBPC)
Joel Birman (psicanalista, UFRJ)
Luiz Alberto Gomez de Sousa (sociólogo, Universidade Cândido Mendes)
Carlos Morel (biólogo, FIOCRUZ)
Jurandir Freire Costa (psicanalista, UERJ)
Isabel Lustosa (historiadora, Casa Rui Barbosa)
Ricardo Rezende (antropólogo, Escola de Serviço Social – UFRJ)
Afrânio Garcia Jr. (antropólogo, École des Hautes Études en Sciences Sociales – Paris)
Cecília Boal (psicanalista, Teatro do Oprimido)
Moacir Palmeira (antropólogo, Museu Nacional – UFRJ)
Ivo Lesbaupin (sociólogo, ex-presidente da ABONG)
Heloísa Starling (historiadora UFMG)
José Ricardo Ramalho (sociólogo, IFCS, UFRJ)
Dulce Pandolfi (historiadora, CPDOC-FGV)
Adalberto Cardoso (sociólogo IESP-UERJ)
José Sergio Leite Lopes (antropólogo Museu Nacional-CBAE-UFRJ)
Regina Novaes (antropóloga, UFRJ)
Beatriz Heredia (antropóloga, IFCS-CBAE-UFRJ)
Agostinho Guerreiro (engenheiro, ex-presidente do Clube de Engenharia)
Elina Pessanha (antropóloga, IFCS-UFRJ)
Lígia Dabul (antropóloga UFF)
José Roberto Novaes (economista, cineasta, UFRJ)
Patrícia Birman (antropóloga, UERJ)
Sarah Telles (socióloga, PUC-Rio)
Rosilene Alvim (antropóloga, IFCS-UFRJ)
Regina Morel (socióloga, IFCS-UFRJ)
Charles Pessanha (cientista político, UFRJ)
Neide Esterci (antropóloga IFCS-UFRJ)
Ana Heredia (bióloga, editora revistas científicas)
Alba Paiva (psicanalista)
Oscar Acselrad (engenheiro, UFRJ)
Michael Lowy (sociólogo, diretor de pesquisa do CNRS, França)

...

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/intelectuais-assinam-manifesto-contra-autoritarismo-juridico/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz