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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

20.8.14

Olívio Dutra

20/ago/2014, 16h23min

Na Federasul, Olívio Dutra defende plebiscito da reforma política e condena monopólio da mídia

Candidato ao Senado, Olívio defendeu a realização de  Constituinte Exclusiva para reforma política|Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Candidato ao Senado, Olívio defendeu a realização de Constituinte Exclusiva para reforma política|Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Nícolas Pasinato
Atualizado às 17h05

O candidato gaúcho ao Senado pela Coligação Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PTC, PC do B, PROS, PPL, PTB, PR), Olívio Dutra, defenderá, caso saia vencedor nas urnas, a reforma política no país. Para ele, essa transformação deverá passar por medidas que acabem com a predominância do poder econômico sobre os resultados das eleições, fim das reeleições e das coligações partidárias nas eleições proporcionais e voto em lista. O posicionamento do candidato se deu em coletiva de imprensa e palestra aos empresários nesta quarta-feira (20), no Tá na Mesa Político da Federasul.

Ele avalia que a reforma política não sairá no Congresso e que é necessário uma correlação de forças. Olívio propõe a convocação, por meio de plebiscito, de uma constituinte exclusiva, mesma proposta defendida pela presidenta Dilma Rousseff, em junho do ano passado, após as manifestações nas ruas do Brasil.

O petista não quis comentar as mudanças na corrida eleitoral para o senado gaúcho com a confirmação de Beto Albuquerque (PSB) como candidato à vice-presidência na chapa de Marina Silva e a possível substituição de Pedro Simon (PMDB) na vaga. "Não trabalho com hipóteses. Temos que discutir ideias e programas. Defendo o projeto que quer reeleger Tarso e Dilma, porque entendemos que podemos fazer mais e melhor. Não personalizo nem escolho candidatos", disse.

Sobre as dificuldades que deve enfrentar no Senado, Olívio afirma que pretende ser como "o [pássaro] colibri tentando apagar um grande incêndio com pequenas gotas". Segundo ele, não é de forma personalista ou heroica que se mudam as realidades, mas que pretende ser parceiro em "um processo de transformação política para o bem comum".

Ao ser questionado sobre os problemas financeiros do Estado, o candidato defendeu as medidas adotadas pelo atual governador e candidato à reeleição, Tarso Genro (PT), na renegociação da dívida do Estado com a União. Olívio se demonstrou otimista com a possibilidade da votação do projeto de lei que muda o indexador da dívida de estados e municípios com a União ainda este ano. "Pela própria declaração da presidenta Dilma, dias atrás, o projeto será votado em novembro", prevê.

Ele exaltou os governos petistas no Rio Grande do Sul e no país, mas disse que é necessário fazer mais. "As vitórias devem ser celebradas. Mais de 40 milhões de brasileiros foram incorporados a uma vida digna, com emprego, escola e moradia. Porém, há 17 milhões em uma situação de pobreza. É preciso avançar", defende.

Uma das formas de avanço defendida por ele é a ampliação do controle público sobre o estado, com mecanismos de participação do cidadão. O candidato ressaltou, por exemplo, proposta da presidenta em formar conselhos populares em diferentes regiões do país.

Outro progresso, segundo ele, seria fazer cumprir os artigos da Constituição que preveem a democratização da mídia. "Quando os artigos 42 e 220 da Constituição, que defendem a pluralidade da mídia são lembrados, os grandes grupos da mídia ficam assustados. A mídia monopolizada faz mal para a democracia brasileira", criticou ele.

Críticas a Lasier

Olívio foi provocado a avaliar a trajetória do seu oponente na vaga ao Senado gaúcho. Perguntado se a política de Lasier Martins (PDT) representava mais o trabalhismo de seu partido ou interesse de empresas privadas como, por exemplo, o Grupo RBS, no qual atuou como jornalista, o petista opinou: "A postura do meu oponente, ideológica e política, nunca foi trabalhista ou progressista, mas segundo interesses dos anunciantes do seu programa". Olívio também critica o fato de Lasier sempre ter visto a política e os políticos de forma negativa, enquanto ele sempre defendeu a política como uma dimensão do ser humano . "O ser humano é essencialmente político, tendo algum cargo ou não. Vejo a política como ferramenta de transformação e construção do bem comum. A política do 'toma lá da cá' é um desvirtuamento", diz.

Iniciativa privada x interesse público

Na oportunidade, Olívio Dutra afirmou que é possível conciliar as necessidades sociais e empresariais, desde que o interesse público seja priorizado. Aos empresários, ele disse que é imprescindível a participação para diferentes reformas", como a desoneração das exportações, o fim da guerra fiscal e a progressividade dos impostos, além da proibição da renúncia fiscal e ICMS mínimo.


http://www.sul21.com.br/jornal/na-federasul-olivio-dutra-defende-plebiscito-da-reforma-politica-e-condena-monopolio-da-midia/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz