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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

29.8.14

Debate evidencia coerência entre discurso e ação de Tarso


Publicado em 29/08/2014

O primeiro debate promovido por uma televisão aberta nas eleições do Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira (28), demonstrou, ao longo das mais de duas horas de trocas de ideias entre os candidatos, que Tarso Genro mantém coerência entre o discurso histórico do grupo político que representa, de esquerda, e as ações implementadas ao longo dos últimos anos como governador do Estado.

Tarso teve a oportunidade de explicar, logo no início, porque a alteração no índice de reajuste da dívida dos estados com a União, pactuada por iniciativa sua com o governo federal, é uma conquista histórica da população gaúcha. "Economizaremos R$ 15 bilhões, é a primeira vez que se consegue um acordo político como este, que tem impacto imediato para os gaúchos, pois abre a possibilidade de trocar uma dívida cara, por uma barata", explicou o governador.

A redução dos juros da dívida permitirá ao Rio Grande do Sul solicitar financiamentos de R$ 3 bilhões já a partir de 2015, recursos que serão destinados para a execução de obras públicas de infraestrutura e para a qualificação dos serviços oferecidos à população. Foi o caminho escolhido por Tarso, de maneira coerente com a sua trajetória e a dos partidos que a sua candidatura representa, que acreditam no crescimento econômico "vindo de baixo para cima", que privilegia benefícios aos mais pobres e desenvolve regiões de forma equilibrada e justa.

Profundo conhecedor do tema que é, Tarso desconstruiu os argumentos dos adversários que tentaram propor outros caminhos para equilibrar as finanças do Rio Grande do Sul. Vieira da Cunha, por exemplo, aposta em uma improvável saída jurídica. "Não sei se é dissimulação ou ingenuidade achar que esse assunto será decidido nos tribunais. Alagoas e Amazonas já tentaram, e inclusive ex-governadores gaúchos como Olívio (Dutra) e (Alceu) Colares ingressaram com ações que até hoje deram em nada", ponderou.

Já Ana Amélia Lemos defende a redução das funções públicas do Estado, anulando a possibilidade de influência do governo na vida das pessoas. Tarso mostrou na ponta do lápis, entretanto, que a saída defendida pela adversária – cortes de cargos em confiança – não apenas é inadequada do ponto de vista do crescimento econômico, mas é inócua também financeiramente. "Se a senhora cortasse um terço dos Ccs do executivo, significaria 0,3% de redução na folha de pagamento", apontou.

"Me surpreende que a senhora não ache importante abatermos R$ 15 bilhões da dívida do Estado e venha defender cortar um valor mínimo", criticou, cobrando, ainda, que Ana Amélia revele quais secretarias vai extinguir caso seja eleita, já que mais uma vez a candidata referiu essa intenção de forma pública – a primeira foi em entrevista ao RBS Notícias. Ana Amélia não respondeu.

Críticos de hoje não solucionaram problema no passado

Ainda durante o debate sobre a dívida, Tarso criticou a dobradinha protagonizada por José Ivo Sartori (PMDB) e Ana Amélia Lemos (PP), que monopolizaram as duas primeiras perguntas, questionando um ao outro sobre o tema. Para ele, é um equívoco dos dois candidatos "depreciarem" a conquista deste importante acordo para o Rio Grande do Sul, na medida em que as siglas que representam estiveram no governo recentemente e nada fizeram para solucionar o problema. "Foi o partido do Sartori que fez esse acordo espúrio do qual pagamos juros extorsivos. Já o governo anterior, do qual o PP era elemento central, não se comunicava com governo federal, não tinha condições políticas de buscar esse acordo", esclareceu.

O atual governador do Rio Grande do Sul, ao contrário, foi o líder do movimento nacional que culminou no pacto entre presidência da República, Câmara, Senado e governos dos Estados para redução dos juros da dívida, tornando-a passível de quitação em 2028. "Em uma recente entrevista, a presidenta Dilma Rousseff garantiu que o projeto será votado em novembro. A própria oposição no Congresso Nacional já deu acordo para a aprovação", recordou.

Não foi uma batalha simples, lembrou. "Apenas cinco estados têm interesse em repactuar a dívida, os demais ganham se mantida a situação anterior, de juros altos, pois são financiados pelos devedores. Por isso, resistem e pressionam qualquer presidente para que não aceite uma renegociação. Só uma correlação de forças resolve isso", explicou.

O reconhecimento à colaboração de partidos que hoje não estão na sua coalizão, mais uma vez foi ressaltado por Tarso. É o caso do PDT, que esteve no governo até poucos meses atrás e contribuiu para o sucesso da negociação. "Atribuo essa vitória também a vocês, pois os três secretários do seu partido deram força ao Estado para discutir esse tema", apontou ao candidato Vieira da Cunha.

Desenvolvimento e justiça social

Ao comentar uma pergunta do jornalista Afonso Ritter feita ao candidato João Carlos Rodrigues (PMN) sobre desenvolvimento, Tarso teve mais uma oportunidade de mostrar que os programas de seu governo seguem à risca as ideias de sua coalizão política.

A economia, por exemplo, tem um bom desempenho quando ela funciona como indutor de melhorias na qualidade de vida da população. Por isso, Tarso não mede apenas pelo valor os empreendimentos atraídos com as 60 missões no Exterior feitas durante o seu governo – "15 delas lideradas pessoalmente por mim", recordou – mas também pelo volume de empregos que geram.

"Só na Celulose Riograndense, em Guaíba, serão 7.500, o equivalente a duas Ford's", comparou, lembrando a montadora de automóveis que desistiu de instalar-se em Guaíba no início dos anos 2000 e foi condenada a ressarcir os cofres públicos os investimentos feitos pelo governo do Estado na época.

Também quando o assunto abordado foi a educação, o governador explicou que os resultados obtidos por alunos precisam ser avaliados a partir da realidade que os cerca. Se estudam em escolas de lata, como ocorria na gestão anterior à sua, ou se seus professores são mal pagos, é evidente que não conseguirão ter um desempenho de alto nível.

Por isso, Tarso já fez milhares de obras em escolas e concedeu "o maior aumento para o magistério na história do Rio Grande do Sul", de 76,68%, o que significou um ganho real aos professores de mais de 50%.

O mesmo ocorreu com a segurança pública no Rio Grande do Sul nestes últimos anos. Além de aumentos que vão de 73% a mais de 130%, dependendo da carreira, o governo do Estado está ampliando os efetivos e tornando mais digna a vida de policiais. "Temos condições de admitir mais 2 mil policiais, para os quais já está aberto um concurso público", sublinhou.


http://tarso13.com.br/noticias/debate-evidencia-coerencia-entre-discurso-e-acao-de-tarso#.VAB5oGMqeF5


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz