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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

19.8.14

Antonio Lassance

19/08/2014 - Copyleft

Dilma livrou-se bem das joelhadas nas costas e das mordidas do JN

De todos os candidatos que participaram, até o momento, das entrevistas do Jornal Nacional, da Rede Globo, Dilma conseguiu realizar duas façanhas.


Antonio Lassance Ichiro Guerra/Dilma13


De todos os candidatos que participaram, até o momento, das entrevistas do Jornal Nacional, da Rede Globo, Dilma conseguiu realizar duas façanhas em que os outros falharam: conduziu o debate e dele saiu sem levar para casa qualquer acusação de ter se valido do cargo para beneficiar a si própria ou para ajudar qualquer parente.

Aécio teve que gastar um bom tempo de sua entrevista falando sobre o aeroporto nas terras que eram de seu tio.

Campos abaixou a cabeça com as perguntas sobre a lista de parentes indicados para cargos importantes.

Com Dilma, William Bonner chegou a mendigar: "nós precisamos falar de economia, hein?", falou com olhos de Gato de Botas do Shrek para suplicar que a candidata mudasse de assunto no meio da resposta sobre saúde.

A candidata saiu-se bem ao repetir os mantras que já viraram bons carimbos contra os adversários, como o do "engavetador geral da República" e o do "enfrentamos a crise sem gerar desemprego e arrocho salarial".

Mas Dilma poderia ter se saído melhor na pergunta sobre o mensalão.

Presidente da República pode e deve eximir-se de criticar o Judiciário, mas deve externar claramente qual é sua noção de justiça e, principalmente, o que entende por isonomia.

O mantra do "[eu] respeito a decisão do Supremo" deveria vir acompanhado de um desejo sincero de que o mesmo rigor usado no processo da AP 470 tivesse sido empregado em outros casos, independentemente do partido.

Como candidata, poderia ajudar a esclarecer a opinião pública quanto ao fato de que boa parte da birra do PT com esse julgamento é a de que ele foi um ponto fora da curva.

Estão aí o mensalão do PSDB e o do DEM para comprovar. Essas denúncias ficam por aí, pulando de galho em galho e esperando alguém para, finalmente, quebrar um galhão e esconder tudo no fundo de um a gaveta - como vinha acontecendo no caso do metrô de São Paulo, descaradamente, a ponto de irritar a Justiça da Suíça que investigou o assunto e evidenciou crimes.

Confrontado com o mensalão do PSDB, Aécio usou, com um sorriso no rosto, a falta de condenação a Azeredo, Pimenta da Veiga e Cia Ltda como se isso fosse atestado de bons antecedentes.

O candidato do PSDB transformou impunidade em salvo-conduto. Isso pode?


Se a ideia de Dilma é repetir o que ela mesma já disse sobre o assunto, ainda falta uma frase: a de que a AP 470 não pode entrar para a história como um julgamento que teve "dois pesos e umas 19 medidas".



Créditos da foto: Ichiro Guerra/Dilma13



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz