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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

5.10.13

Marina difere de outros políticos em que, afinal? | Blog da Cidadania

Marina difere de outros políticos em que, afinal?

 

Escrevo antes de o Tribunal Superior Eleitoral julgar o pedido de Marina Silva para que autorize a criação do (seu) partido “Rede Sustentabilidade” à revelia do parecer do vice-procurador-geral-eleitoral, Eugênio Aragão, que julgou que a pretensa legenda não cumpriu exigências.

Marina tem todo o direito e toda a legitimidade para criar “sua” legenda particular, que, ao que tudo indica, teria – ou terá – dono. Ou dona. E cabe à Justiça Eleitoral autorizar ou não, caso entenda que foram ou não cumpridas as exigências legais para tanto.

Aconteça o que acontecer, porém, o que dá causa a este texto não é o desfecho desse caso, mas o quanto reforça a percepção de que essa senhora está muito longe de provar ser o que apregoa, ou seja, uma política “diferente”.

Marina vem construindo uma imagem política calcada muito mais – ou exclusivamente – em sua imagem histórica do que em suas ideias e propostas.

Auferiu 20 milhões de votos na eleição presidencial de 2010 só dizendo ser “diferente”, porém ao lado de um mega empresário que foi candidato a vice-presidente em sua chapa, Guilherme Leal, então presidente da Natura.

A Natura foi processada por biopirataria pelo Ministério Público do Acre e, depois, foi inocentada pela Justiça, mas sempre fica a questão sobre se sua ligação com uma empresa que sequer registra em carteira (garantindo direitos trabalhistas básicos) a sua força de vendas, composta por mulheres que chama de “consultoras”, é assim tão “diferente”.

Marina tem entre os entusiastas de sua candidatura Maria Alice Setúbal, filha de Olavo Setúbal, o falecido fundador do banco Itaú. Maria Alice é “articuladora essencial” — cuida da captação de recursos — para o partido de Marina. É uma espécie de fada madrinha da “Rede Sustentabilidade”.

Com uma dona de banco cuidando do suporte financeiro do “seu” partido, por certo a “fadinha da floresta” não terá muitos problemas de dinheiro…

Mas tudo bem. Lula teve como vice um mega empresário, o falecido José Alencar. Só não se pode dizer que Marina é “diferente” do ex-presidente ou de tantos outros políticos. A “sustentabilidade” financeira é a mesma, no mínimo.

O que não é igual a Lula, em relação a Marina, são as suas ideias, suas propostas, sua ideologia. Ninguém sabe nada sobre o ideário da pré-candidata a governar o Brasil. Só o que se sabe é da empatia que a grande mídia, eternamente adepta do PSDB, tem pela candidata “verde”.

Marina é tão “diferente”, mas tão “diferente” que desperta esse apoio midiático-empresarial-financeiro totalmente “desinteressado”. Ora, vejam só…

O que preocupa é que, tal qual Fernando Collor, temos hoje no Brasil uma candidata que se projeta com frases feitas e uma imagem que pretende dizer o que suas palavras não dizem. E que tenta criar um partido para disputar uma eleição, quando não é essa a lógica que deveria nortear qualquer agremiação política.

Sem uma base política clara, sem um ideário, com dinheiro chovendo sobre si, Marina, agora, tenta conseguir que a legislação sobre criação de partidos políticos seja ignorada só por ela ser quem é.

Em um vídeo lançado há dias e que ainda só tem cerca de 2 mil visualizações, Marina diz que a Justiça Eleitoral autorizar a criação de seu partido mesmo sem ele ter reunido assinaturas suficientes iria “democratizar a democracia”.

Marina, seguramente, construiu uma imagem muito generosa de si mesma para si mesma, mas ela se auto elogiar e apresentar suas ambições políticas como determinantes da democracia da nação me parece um certo exagero…

Então pergunto: quais são as posições da pré-candidata Marina Silva sobre economia, área social, educação, saúde etc.? Tampouco encontrei nada que ela tenha dito claramente sobre tais temas, além de chavões e mais chavões.

Concluo pedindo que alguém me informe se esqueci de citar algum elemento que referende a tese de que Marina Silva é uma política “diferente”, porque não encontrei nenhum. Tudo o que encontrei foi um blábláblá que lhe justifica o apelido de “Blablarina”.



http://www.blogdacidadania.com.br/2013/10/marina-difere-de-outros-politicos-em-que-afinal-2/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz