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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

29.8.17

Agosto, 2016: Dilma avisa do desastre

Agosto, 2016: Dilma avisa do desastre

Além de denunciar o golpe contra a democracia, Dilma advertiu que o que estava em jogo "era futuro do País, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais"
:: Fernando Rosa 29 de agosto de 2017  10:02
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Em seu pronunciamento no Senado Federal, durante depoimento no processo de impeachment, no dia 29 de agosto de 2016, a presidenta Dilma Rousseff já alertava para o desastre que se verificou após o seu afastamento definitivo. Além de denunciar o golpe contra a democracia e a Constituição, Dilma advertiu que o que estava em jogo "era futuro do País, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais". Desde então, a sequência de ataques contra os direitos e programas sociais, à indústria brasileira e à soberania confirmaram as palavras da presidenta eleita com 54 milhões de votos.

"O que está em jogo são ganhos da população, das pessoas mais pobres e da classe média; a proteção às crianças; os jovens chegando às universidades e às escolas técnicas; a valorização do salário mínimo; os médicos atendendo a população; a realização do sonho da casa própria", citou Dilma. De fato, o que se viu nesse último ano foram cortes no Bolsa Família, redução do orçamento das universidades e de programas como o Fies, a transformação do Minha Casa Minha Vida em programa para ricos e o fechamento de farmácias que vendiam remédios a preços populares. Também contrariando as promessas dos golpistas, o salário mínimo teve uma mesquinha redução de R$ 10,00, enquanto o desemprego atingiu cerca de 14,2 milhões de trabalhadores.

Em sua fala histórica, a presidenta Dilma também destacou as ameaças à soberania nacional. "O que está em jogo é, também, a grande descoberta do Brasil, o pré-sal", destacou ela. Não é de se estranhar que, de fato, hoje a gestão Temer adote medidas como a mudança da regra de exploração do pré-sal de partilha para concessão, em prejuízo da Petrobras e dos interesses nacionais. Fato seguido do anúncio da privatização da Eletrobras e da liberação indiscriminada da venda de terras a estrangeiros, além da recente extinção da reserva de mais de 45 mil quilômetros na Amazônia. Ao que se soma a ameaça da entrega do Aquífero Guarani, a maior reserva de água doce do planeta.

A ameaça à inserção soberana de nosso País no cenário internacional ainda foi alvo do pronunciamento da presidenta, mais uma vez certeira em sua preocupação com o futuro do país. Em um ano, o Brasil caiu no conceito internacional, transformando-se em motivo de chacotas na mídia estrangeira, tratado como uma "republiqueta das bananas" pelas sucessivas gafes de seu despreparado interino. Mais do que isso, no entanto, o que desqualificou o Brasil, antes respeitado pelas maiores autoridades mundiais, é a subordinação incondicional aos interesses externos. O Brasil que saiu do mapa da fome é hoje um território subjugado, mas que resiste, aos interesses do sistema financeiro internacional.


http://ptnosenado.org.br/agosto-2016-dilma-avisa-do-desastre/


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz