O superintendente de Marketing da instituição, Walney Fehlberg, o representante da agência de publicidade DCS, Armando D'Elia Neto, e o representante da agência SLM, Gilson Stork, foram presos na manhã desta quinta-feira pela PF (Polícia Federal). Eles ficarão detidos por pelo menos 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por outros 30 dias.
Uma força-tarefa da PF investiga, em operação denominada Mercari e feita em conjunto com o MPE (Ministério Público Estadual) e o MPC (Ministério Público de Contas), o desvio de recursos da área de marketing do banco.
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Não são descartadas novas prisões. A suposta organização criminosa seria formada por altos funcionários do banco, diretores de agências de publicidade e prestadores de serviços.
Os valores apreendidos com os três já superaram R$ 3 milhões em dólares, euros, libras e reais, segundo informou a PF. A expectativa é de que o sigilo do caso seja quebrado, nesta sexta-feira (3), e de que mais detalhes possam ser divulgados.
O esquema
Segundo informações já colhidas, o esquema funcionava por meio de superfaturamento de campanhas de marketing contratadas pelo banco junto às agências de publicidade, que terceirizavam o serviço a outras empresas. Estas, por sua vez, contratavam os reais executores por preços muito menores do que os cobrados ao Banrisul.
Agência nega envolvimento
A agência de publicidade SLM Ogilvy, na qual Gilson Stork é um dos sócios, afirmou em nota "extrema surpresa" pelas investigações da PF, mas se colocou a disposição para auxiliar nos trabalhos da polícia.
Já a diretoria do Banrisul, também em nota, manifestou a sua preocupação com a imagem da instituição devido às suspeitas de fraude e informou que espera que as investigações determinem os culpados.
Banrisul sofreu outro golpe
No último dia 20 de agosto, uma quadrilha que estaria desviando dinheiro de correntistas do Banrisul foi desarticulada pela polícia gaúcha. Duas pessoas foram presas em Porto Alegre e outras duas em São Leopoldo, na região metropolitana da capital.
Em Fortaleza, no Ceará, os policiais prenderam um casal de baianos que comandava o grupo e criava páginas falsas do banco na internet.
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