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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.9.10

Kotscho: velha mídia faz “papel de bobo” nas eleições — Rede Brasil Atual

Kotscho: velha mídia faz "papel de bobo" nas eleições

Jornalista considera vergonhosa a postura atual e destaca o papel da imprensa após a votação de 3 de outubro

São Paulo – O jornalista Ricardo Kotscho considera "vergonhosa" a atuação da velha mídia na atual campanha eleitoral. Com passagens importantes por Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil, entre outros veículos, o veterano repórter caça na memória algum momento da história brasileira em que tenha ocorrido um acirramento tão grande, mas não encontra.

Para ele, a campanha a favor de algum candidato só foi tão clara no segundo turno de 1989, quando Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva se enfrentaram. Na ocasião ocorreu o famoso episódio da edição tendenciosa, pela Rede Globo, dos melhores momentos do debate entre os dois candidatos. Pouco depois, Collor sairia eleito. À época e até 2002, o jornalista trabalhou nas campanhas de Lula e também exerceu função nos dois primeiros anos do primeiro mandato.

De lá pra cá, Kotscho imaginava que a situação havia melhorado. "Claro que cada jornalista tem seu candidato, cada dono de jornal tem seu candidato, mas era uma coisa civilizada. Agora, de uns vinte dias pra cá, virou uma coisa vergonhosa, que pega praticamente todos os veículos da grande imprensa", lamenta em conversa com este repórter na tarde desta segunda-feira (20).

Em seu apartamento na capital paulista, Kotscho manifestou tristeza com o tratamento dispensado à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. "Querem destruir a Dilma Rousseff em todos os horários, todos os jornais." Diariamente, há semanas, surgem tentativas de colar más notícias à ex-ministra: o passado distante, o passado próximo, o presente, tudo é averiguado na tentativa de desfavorecer a petista, rigor que não se nota com a campanha do adversário, José Serra (PSDB). Uma postura que gerou estranhamento por parte da ombudsman da Folha de S. Paulo, por exemplo, que em uma de suas colunas recentes cobrou uma cobertura mais equilibrada.

"Estão fazendo papel de bobo", resume Kotscho. "Até algumas semanas atrás, antes de começar o horário político, era uma coisa disfarçada. Dava para perceber que tinham candidato, mas não era tão ostensivo. A partir do momento em que a Dilma começou a subir nas pesquisas, bateu desespero não só na campanha do Serra, mas nos apoiadores dele na imprensa", decreta.

O jornalista vem alertando em seu blog, o Balaio, sobre a campanha escancarada. Há dias em que os três principais jornais do país (Folha, Estado e O Globo) vêm com manchetes bastante parecidas. "Há uma tabelinha entre a grande mídia e o programa eleitoral do Serra. Você não sabe onde começa um e onde acaba o outro. É uma coisa muito estranha. Vão realimentando o noticiário. A Veja dá no sábado, à noite está no Jornal Nacional, no outro dia os jornais acrescentam alguma coisa. É um negócio estranho. Perderam o pudor".

O interessante é imaginar como seria a comunicação em um eventual governo de Dilma Rousseff – cada vez mais provável, à medida que a petista mantém a possibilidade de vencer no primeiro turno. "É isso que me preocupa. Pensando em termos do país. Como vai ser a relação dessa mídia com o novo governo e como vai ser a relação com seus clientes? Há um choque. Uma grande maioria de um lado, e eles, com os 4% que acham o governo ruim ou péssimo", avalia Kotscho, numa referência aos 4% da população que, segundo as pesquisas, reprovam o governo Lula.

http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/kotscho-velha-midia-faz-201cpapel-de-bobo201d-nas-eleicoes/view

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz