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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

6.9.10

Grupo armado de ex-deputado mata Sem Terra no Pará | MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

6 de setembro de 2010


Da Página do MST

A direção estadual do MST no Pará denuncia ação de grupo armado do fazendeiro e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB), que terminou com o assassinato do trabalhador Sem Terra José Valmeristo Soares, na sexta-feira (3/9).

Abaixo, leia a nota.

O Movimento dos Trabalhadores Ruarais Sem Terra (MST) vem por meio deste denunciar :

1- A ação de milícia armada do fazendeiro e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB) - que renunciou ao mandato para fugir da cassação por envolvimento na Máfia das Sanguessugas - resultarou na morte do trabalhador rural e militante do MST José Valmeristo Soares, conhecido como Caribé.

Por volta de 9h da manhã, dois trabalhadores rurais João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo (o Caribé) se dirigiam a cidade de Santa Luzia do Pará, quando foram abordados por um grupo de três pistoleiro armados no ramal do Pitoró, que os obrigaram a entrar em um carro, onde foram espancados e torturados.

Após seção de torturas, foram obrigados a descer no Ramal do Cacual, próximo à cidade de Bragança. João Batista Galdino conseguiu escapar para a mata e ouviu sete disparos.

2- Chegando à cidade de Santa Luzia João Batista denunciou à polícia, que afirmou não poder ir ao local por ser noite e dificilmente achariam o corpo. A direção do MST denunciou à Secretaria de Segurança Pública do Pará, por meio de Eduardo Ciso, que afirmou mandar um grupo de policiais ao local e que conversaria com o delegado para tomar providências. Nada foi feito e por volta de 10h da manhã de sábado, os trabalhadores rurais encontraram o corpo de José Valmeristo Soares.

3- Os trabalhadores Rurais Sem Terra estão acampados às proximidades da Fazenda Cambará e a reivindicam para criar um assentamento de Reforma Agrária. A Fazenda Cambará faz parte de uma gleba federal chamada Pau de Remo e possui 6.886 hectares de terras públicas.

O fazendeiro e ex-deputado federal Josué Bengstson possui 1.800 hectares com títulos. A Promotora de Justiça Ana Maria Magalhães já denunciou varias vezes que se trata de terras públicas. Os trabalhadores já haviam denunciado na ouvidoria agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, Delegacia Regional do MDA, Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará e Secretaria de Segurança Pública do Pará as várias ameaças de morte sofridas do jagunços e da própria polícia de Santa Luzia e Capitão Poço, sem que nenhuma providência tenha sido tomada.

4- Denunciamos ao conjunto da sociedade brasileira mais esse vergonhoso ato de omissão e conluio da Polícia do Pará com os fazendeiros do Estado, bem como a incompetência da Secretaria de Segurança Pública do Pará e do Governo do Estado em resolver as graves violações dos direitos humanos no campo, que fazem o Estado do Pará atingir o triste posto de campeão nacional de violência no campo. Denunciamos também a inoperância do Incra, bem como o Programa Terra Legal do Governo Federal que não tem resolvido os problemas fundiários mesmo aqueles que chegam ao conhecimento público.

6- Exigimos a prisão imediata dos pistoleiros que assassinaram o trabalhador José Valmeristo Soares, bem como dos mandantes Josué Bengstson e seu filho Marcos Bengstson.

7- Exigimos também a desapropriação imediata da fazenda Cambará para o assentamento imediato das famílias acampadas no acampamento Quintino Lira.

Belém, 04 de setembro de 2010

Direção Estadual do MST – Pará

http://www.mst.org.br/Grupo-armado-de-ex-deputado-mata-Sem-Terra-no-Para

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz