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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

3.7.10

Imprensa deve ter opinião. Não pode é escondê-la

 
Chamada para o editorial de Mino Carta, na Carta Capital. Transparência e sinceridade político-eleitorais dão aos leitores o poder de decidir

Nos Estados Unidos – que ninguém ousaria apontar como um país sem liberdade de imprensa – é comum que os jornais assumam, em seus editoriais, posição a favor deste ou daquele candidato, democrata ou republicano.

Aqui, os grandes jornais e emissoras, embora sempre assumam escandalosamente posição a favor de um determinado candidato – e, indefectivelmente, o candidato da direita – e querem que seus leitores acreditem que são "neutros", embora suas editorias, colunistas e pautas tenham bem nítida esta preferência.

Devo, aliás, registrar que é justamente o conservador "Estadão" o que mais separa as duas áreas, entre todos os grandes jornais.

Digo isso porque ocorreu hoje um episódio extremamente saudável para a imprensa brasileira. Colocando a sinceridade e a honestidade antes da conveniência de omitir-se, para não desagradar ninguém, a revista Carta Capital publicou um editorial assinalando sua opção por Dilma Rousseff.

Trancrevo um trecho do texto de seu editor, Mino Carta, e sugirou a leitura, para quem puder, na íntegra:

(…)Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valerse das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.
Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.

Como seria bom se a Folha, O Globo e outros fizessem isso em relação a José Serra. Se glorificam as politicas do período de seu inspirador, Fernando Henrique, nada mais natural que apoiarem aquele que tem o perfil de continuador de sua "obra" de desmonte do estado brasileiro e do capital financeiro.

Seria honesto com seus leitores, que passariam a ser tratados como pessoas esclarecidas, que não vão tomar por jornalismo o que é opinião eleitoral.  E que que, igualmente, não se sujeitariam a ser engabelados por propaganda eleitoral fantasiada de jornalismo.

http://www.tijolaco.com/?p=19670

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz