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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

14.10.09

Educação

Direitos Humanos

Nita Freire repudia fechamento das escolas itinerantes no RS

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Foto: Kiko MachadoA educadora Ana Maria Araújo Freire, a Nita Freire, viúva do pedagogo Paulo Freire esteve hoje (13) em Porto Alegre presente na aula pública das Escolas Itinerantes do MST, em frente ao Palácio Piratini. Nita Freire repudiou a ação "inconstitucional e vil" do governo do Estado e de parte da justiça de impedir que as crianças acampadas, filhos de agricultores sem-terra, não terem o direito de estudar nas escolas itinerantes, que já existem há 12 anos no RS e serviram de exemplo a outros estados. A pedagoga estava acompanhada do presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, deputado Dionilso Marcon (PT), do deputado Estadual Raul Pont, da deputada Estadual Marisa Formolo, e da presidente do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), Rejane de Oliveira. A escola itinerante é legal e cumpre normas do Conselho Estadual de Educação (Ceed), da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e da legislação das escolas no campo.

O MST denuncia que desde o início do ano, governo estadual e o Ministério Público Estadual (MPE) assinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que decidiram fechar, sem consultar os pais, as escolas itinerantes. Desde então, o governo estadual não cumpriu com o que foi firmado no TAC, que é garantir transporte público às crianças nos municípios em que há acampamentos. É o que ocorre hoje em São Gabriel, em que 400 crianças assentadas e acampadas estão sem estudar desde o início do ano.

A atividade faz parte da Jornada de Lutas dos Sem Terrinhas que ocorre em todo país nesta semana.

Jornalista Responsável: Kiko Machado – MTBRS 9510

 


 
Jornal Correio do Povo  - ANO 115 Nº 14 - PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 14 DE OUTUBRO DE 2009

Sem terrinhas realizam protesto

 Nita Freire (C), viúva de Paulo Freire, falou com a turma, em
Nita Freire (C), viúva de Paulo Freire, falou com a turma, em 'aula' diante do Palácio
Crédito: paulo nunes

Um protesto contra o fechamento das escolas itinerantes do MST no RS, por decisão do governo do Estado e do Ministério Público (MP), foi realizado ontem por 250 crianças de assentamentos. Sem terrinhas entre 8 e 15 anos transformaram a Praça da Matriz em sala de aula, numa manifestação que integra a Jornada dos Sem Terrinhas, promovida nesta semana no país. Antes de chegar à praça, houve caminhada do Paço Municipal à Esquina Democrática e Praça da Matriz.

Divididas em turmas e sentadas em cadeiras escolares diante do Piratini, as crianças ouviram a história de vida de Paulo Freire, contada pela viúva e educadora Nita Freire. Ela resumiu a conversa e a mensagem que levou aos alunos explicando que: "Paulo criou teoria embasada no entendimento de que através da Educação se pode mudar o rumo de uma sociedade. A Educação, segundo ele, serve para humanizar. Ele era esperançoso e acreditava que a qualidade da esperança faz parte da natureza humana".

Também com a turma, a presidente do Cpers, Rejane Oliveira, disse ter perguntado o que era importante para grupo, "e as respostas foram alimento, terra, paz, amor solidariedade e ajudar a família". O deputado Raul Pont explicou as ações da AL e do CEEd para tentar reverter a decisão do MP. E o advogado Jacques Alfonsifalou do direito à Educação. Elizabete Witcel, educadora da rede estadual e do colegiado do MST no RS, revelou que 600 crianças de acampamentos estão sem aulas deste o início do ano. Deste total, 400 vivem em São Gabriel, onde também ocorreram protestos.

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz