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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

28.2.11

De mãe para filha: mulheres se organizam em associações para melhorar renda familiar » Blog do Planalto

Segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 às 21:05

De mãe para filha: mulheres se organizam em associações para melhorar renda familiar

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Dona Railda Alves (de vermelho) incentivou os filhos a participar da agricultura familiar. Ela, as filhas e as noras são integrantes da Associação de Mulheres Quilombolas da Comunidade Lagoa de Gaudêncio. Foto: Rafael Alencar/PR

Selo da série especial Dia internacional da Mulher
Setenta trabalhadoras rurais de municípios da Bahia estão prontas para expor seus produtos à presidenta Dilma Rousseff, que participará da “Mostra dos Grupos Produtivos de Mulheres Rurais” nesta terça-feira (1/3), em Irecê (BA). A exposição faz parte do início das comemorações do mês da mulher, que será celebrado pelo governo federal com diversos eventos e ações sociais.

Dona Railda Alves, da comunidade quilombola Lagoa de Gaudêncio, em Lapão (BA), é uma das expositoras. Mãe de sete filhos, ela dedicou grande parte da vida à lavoura de feijão e milho de outros produtores, ganhando como diarista, ou seja, sem carteira de trabalho assinada e com rendimento atrelado à produção diária.

“Quando tinha lavoura a gente ganhava um pouquinho e quando não tinha, a gente ficava sem nada”, conta do tempo que não tem saudade.

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Dona Railda prepara o vidro com os temperos que serão expostos na Mostra dos Grupos Produtivos de Mulheres Rurais. Foto: Rafael Alencar/PR

Foi por meio da agricultura familiar que dona Railda passou de empregada à produtora rural autônoma. “Após mais de 30 anos criando os filhos sem a certeza de que a renda viria”, ela e outras mulheres da região fundaram a Associação de Mulheres Quilombolas da Comunidade Lagoa de Gaudêncio. A associação é responsável por comercializar toda a produção de temperos e derivados de cenoura que é produzida pelas mulheres de forma caseira. Aos poucos, a culinária das mulheres de Lagoa de Gaudêncio vem conquistando a região: lá é possível experimentar a cocada e a rapadura de cenoura, os bolos e o famoso tempero de dona Railda, que terá destaque no estande de Lapão durante a mostra de Irecê.

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As filhas e noras de dona Railda já seguiriam seus passos e hoje integram a Associação de Mulheres. Lauriceia Rodrigues Alves abraçou a causa e se tornou uma das líderes e principais representantes da comunidade quilombola. A renda da família de dez pessoas vem da produção dos bolos e doces, mas conta com o auxílio do Bolsa Família “para o pagamento da água, luz e material escolar dos oito meninos”. É também com a renda da produção agrícola que Lauriceia está cursando o segundo ano de geografia na Faculdade Tecnológica de Ciências de Lapão. Os filhos que estão em idade escolar – orgulha-se Lauriceia – também frequentam a escola assiduamente.

“O Bolsa Família para mim é uma benção. É uma ajuda necessária para pagar as contas do mês. Mas o que a gente quer mesmo e batalha pra isso é que a nossa produção aumente e a gente melhore a vida da comunidade. Com a venda dos bolos ganho uns 15 [reais] por dia, mas nosso sonho é comprar o forno e o refrigerador para a associação e aumentar o que a gente produz”, diz.

Atualmente tudo o que é produzido pela associação de mulheres da comunidade quilombola já tem destino certo. A compra dos produtos é garantida pela Cooperativa da Agricultura Familiar do Território de Irecê (Coafti), que recebe recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os produtos são encaminhados à merenda escolar e ao Programa Fome Zero.

 

 

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz