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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

2.8.12

Sul 21 » Ameaçada, livraria que traria Battisti a Caxias lamenta intolerância

Ameaçada, livraria que traria Battisti a Caxias lamenta intolerância

Polêmica e cancelamento da sessão de autógrafos | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Nícolas Pasinato

A visita de Cesare Battisti a Caxias do Sul (RS) para uma sessão de autógrafos, no último final de semana, gerou polêmica em função de opiniões contraditórias dentro da sociedade caxiense. Um grupo não apenas demonstrou contrariedade à visita do italiano, como fez ameaças que resultaram em ocorrência policial. Além de Battisti, o alvo foi a livraria Do Arco Da Velha, localizada no centro da cidade.

O estabelecimento havia reservado seu espaço para uma sessão de autógrafos com o autor, que acaba de publicar seu 18º livro, Ao pé do muro (Martins Fontes). Foi o suficiente para surgirem diversas manifestações agressivas através das redes sociais, além de telefonemas e cartas anônimas que ameaçavam a livraria com bombas, queima de livros e até mesmo “jurando de morte” o ex-militante do Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Cesare Battisti.

Frente a essa situação, a livraria optou por cancelar o evento, que estava previsto para o último sábado (28). “Assumindo nossa parte na responsabilidade em garantir o bom andamento do evento e a segurança do autor e de nossos clientes, informamos o cancelamento do lançamento. Consideramos a intolerância um retrocesso no processo democrático, e lamentamos que o uso de agressões violentas chegue ao ponto de nos levar a essa decisão”, declarou o estabelecimento através de nota.

Leia mais: Mesmo sob ameaças, Cesare Battisti realiza sessão de autógrafos em Caxias do Sul

O proprietário da livraria, Germano Weirich, lastimou o fato de nenhuma instituição ou autoridade ter se posicionado em defesa da liberdade após a polêmica ter se tornado pública, o que deixou o estabelecimento isolado frente a situação. Como exemplo disso, ele citou o pouco caso das autoridades policiais ao tomarem conhecimento das ameaças contra a livraria e matérias publicadas na imprensa que acentuaram a atmosfera de conflito. Além disso, declarações de personalidades da cidade, como o escritor e professor José Clemente Pozenato, não serviram para acalmar os ânimos: “Trata-se de uma situação muito conflitiva e complexa, ele está expondo a si e ao público. Acho que a vinda dele é imprudente do ponto de vista político. Ele tem que ter consciência de que deve explicações à sociedade. Eu também não vou à livraria se ele vier a Caxias”, declarou o escritor ao Pioneiro.

Cesare Battisti acabou reunindo-se com leitores e amigos numa residência da cidade.


http://sul21.com.br/jornal/2012/08/ameacada-livraria-que-traria-battisti-a-caxias-lamenta-intolerancia-e-agressoes/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz