Sobre indenização – Dilma tem direito, assim como Aloysio Nunes
Sobre o e-mail que circula dizendo que Dilma Rousseff "processa o Brasil", a verdade é que ela entrou com pedido de reparação à União pelas prisões e torturas que sofreu durante a ditadura militar. Além dela, o escritor Carlos Heitor Cony, o cartunista Ziraldo, o senador do PSBD Aloysio Nunes – que, aliás, já recebeu sua indenização no valor de R$ 100 mil em 2007.
Sobre o e-mail que circula dizendo que Dilma Rousseff "processa o Brasil", a verdade é que ela entrou com pedido de reparação à União pelas prisões e torturas que sofreu durante a ditadura militar. Além dela, o escritor Carlos Heitor Cony, o cartunista Ziraldo, o senador do PSBD Aloysio Nunes – que, aliás, já recebeu sua indenização no valor de R$ 100 mil em 2007 (http://portal.mj.gov.br/anistia/data/Pages/MJDC5E093DPTBRNN.htm), entre outras milhares de pessoas. Para ver a portaria que anuncia a indenização do tucano, publicada pelo Diário Oficial da União, acesse http://www.in.gov.br/imprensa/pesquisa/pesquisaresultado.jsp, digite "Aloysio Nunes Ferreira Filho" e escolha a data (09/03/2007). Ou baixe aqui.
Além de legítima, a medida é absolutamente legal (http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/2232400/agravo-de-instrumento-ag-57625-df-20070100057625-0-trf1). O pedido de Dilma de reparação por parte da União ainda está tramitando na Justiça, e os processos no Rio de Janeiro e em São Paulo (que somam R$ 44 mil) já foram aprovados (http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u578599.shtml).
Durante os chamados "anos de chumbo", Dilma combateu a censura, a tortura e os assassinatos políticos, em defesa da democracia e das liberdades de imprensa e de expressão, entre outros direitos suprimidos pelo golpe militar de 1964. Nunca participou de qualquer ação armada. Presa e torturada, foi condenada a uma pena de dois anos e um mês de prisão, por subversão – numa época em que resistir à ditadura era considerado subversão – e não por terrorismo.
Ou seja, foi interrogada, torturada, processada, julgada e condenada por defender a democracia em nosso país.
Além disso, Dilma fez questão de solicitar que o julgamento dos pedidos de indenização só ocorresse após sua saída da administração pública.
Em uma carta enviada à comissão especial que analisou os pedidos de anistia, ela descreve parte das torturas que sofreu: "Em ambas as instituições, ou seja no Dops-SP, como na Operação Bandeirante, fui barbaramente torturada, ou seja choques elétricos, pau de arara e palmatória, sendo várias vezes levada ao Hospital Central do Exército e para o Hospital das Clínicas devido a hemorragias graves, tendo inclusive perdido um dente".
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