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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

13.1.12

Cordel da Privataria!

PRIVATARIA TUCANA

 

Caiu a casa tucana

Do jeito que deveria

E agora nem resta pó

Pois tudo na luz do dia

Está tão claro e exposto

E o que ninguém sabia

Surge revelado em livro

Sobre a tal privataria.

Amauri Ribeiro Junior

Um jornalista mineiro

Em mais de 300 páginas

Apresenta ao mundo inteiro

A nobre arte tucana

De assaltar o brasileiro

Pondo o Brasil à venda

Ao capital estrangeiro.

Expondo a crua verdade

Do Brasil privatizado

O livro do jornalista

Não deixa ninguém de lado

Acusa Fernando Henrique

Gregório Marin Preciado

Serra e suas mutretas

E o assalto ao Banestado.

Revelando em detalhes

Uma quadrilha em ação

O relato jornalístico

Destrói logo a ficção

De que político tucano

É homem de correção

Mostrando que entre eles

O que não falta é ladrão.

Doleiros e arapongas

Telefone grampeado

Maracutaias financeiras

Lavagem por todo lado

Dinheiro que entra e sai

Além de sigilo quebrado

Obra de gente tucana

Na privatização do Estado.

Parece mas não é

Ficção esse relato

Envolvendo tanta gente

E homens de fino trato

Que pra roubar precisaram

Montar um belo aparato

Tomando pra si o Estado

Mas hoje negam o fato.

Tudo isso e muito mais

Coisas de uma gente fina

Traficantes de influência

E senhores da propina

Mostrando como se rouba

Ao pivete da esquina

E a cada negócio escuso

Ganhando de novo na quina.

Se tudo isso não der

Pra tanta gente cadeia

Começando por Zé Serra

Cuja conta anda cheia

O Brasil fica inviável

A coisa fica mais feia

Pois não havendo justiça

O povo se desnorteia

Com CPI já pensada

Na câmara dos deputados

Não se fala outra coisa

No imponente senado

Onde senhores astutos

E tão bem engravatados

Sabem que o bicho pega

Se tudo for investigado.

Por isso, temos tucanos

Numa total caganeira

No vaso se contorcendo

Às vezes a tarde inteira

Mesmo com a velha mídia

Sua indiscreta parceira

Pelo silêncio encobrindo

Outra grande roubalheira.

São eles amigos da Veja

Da Folha e do Estadão,

Da Globo e da imprensa

Que distorce a informação

Blindando tantas figuras

Que tem perfil de ladrão

Mostrando-os respeitáveis

Como gente e cidadão.

Pois essa mídia vendida

Deles eterna parceira

E que se diz democrática

Mas adora bandalheira

Ainda não achou palavras

E silenciosa anda inteira

Como se fosse possível

Ignorar tanta sujeira.

Ela que tanto defende

A liberdade de imprensa

Mas somente liberdade

Pra dizer o que compensa

Não ferindo interesses

Tendo como recompensa

Um poder exacerbado

Que faz toda a diferença.

Mas neste livro a figura

Praticamente central

Sujeito rei das mutretas

Um defensor da moral

É o impoluto Zé Serra

Personagem que afinal

Agora aparece despido

Completamente venal.

É o próprio aparece

Sem retoque nem pintura

Tramando nos bastidores

Roubando na cara dura.

É o Zé Serra que a mídia

Esconde e bota censura

Para que o povo não veja

A sua trágica feiúra.

E ele sabe e faz tudo

No reino da malandragem

Organiza vazamentos

Monta esquema de lavagem

Ensina a filha e o cunhado

As artes da trambicagem

E como bandido completo

Tenta preservar a imagem.

Mas agora finalmente

Com a casa já no chão

E exposta em detalhes

Tão imensa podridão

Que nosso país invadiu

Com a privatização

Espera-se que Zé Serra

Vá direto pra prisão.

E pra não ficar sozinho

Que ele vá acompanhado

Do Fernando ex-presidente

Mais o genro dedicado

Marido da filha Mônica

E outro homem devotado

Ricardo Sergio Oliveira

E também o Preciado.

Completando o esquema

Deixando lotada a prisão

Ainda cabe o Aécio

Jereissati e algum irmão

Nunca esquecendo o Dantas

Que só rouba de bilhão

E traz guardado no bolso

O tal Gilmar canastrão.

Como estamos em época

De Comissão da Verdade

Que se investigue a fundo

E não se tenha piedade

Dos que usaram o Estado

Visando a finalidade

De praticar tanto crime

E ficar na impunidade.

Tanto roubo descarado

Provado em documento

Não pode ser esquecido

E ficar sem julgamento

Pois lesou essa nação

Provocando sofrimento

A quem sofre e trabalha

Por tão pouco vencimento.

Que o livro do Amauri

Maior presente do ano

Seja lido e comentado

Sem reservas nem engano

Arrebentando o esquema

Desse grupo tão insano

Abrindo cela e cadeia.

Pra todo bandido tucano.

 

Silvio Prado

Diretor Estadual da APEOESP

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz