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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

8.1.11

Uma idéia infeliz

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Edição 1 652 -7/6/2000

Governo

Dinheiro público para exposição feita
por filho de FHC será investigado


Orlando Brito
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Paulo Henrique Cardoso: "Não tenho constrangimento porque não entrei na discussão e na divisão da verba"

Num campeonato de idéias desastradas produzidas nas últimas semanas pelo Palácio do Planalto, tira o primeiro lugar a de dar dinheiro público ao filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, para montar o pavilhão brasileiro na Expo 2000 na Alemanha. O pavilhão se espalha por 3.000 metros quadrados numa exposição na cidade de Hannover que espera atrair 45 milhões de visitantes até outubro. Ele foi oficialmente inaugurado por FHC na quinta-feira passada. Pelos cálculos dos organizadores, a área do Brasil será vista por 250.000 pessoas até o encerramento do evento. É uma vitrine e tanto para o país, que precisa vender-se melhor no exterior. Mais visível, porém, que as obras de arte que visam celebrar "a criatividade brasileira" na mais rica cidade da Alemanha está sendo a exposição negativa que o governo já começa a atrair em casa.

"Não tenho constrangimento porque não entrei na discussão e na divisão da verba", disse Paulo Henrique Cardoso. Não é essa a questão. Oficialmente ele foi lembrado para o projeto por ser diretor do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentado, uma ONG criada há três anos. Não fosse pela presença do filho do presidente, a discussão sobre os gastos do Brasil na feira alemã provavelmente nem existiria. O pavilhão brasileiro em Hannover custou menos que o de países menores e mais pobres, como Venezuela, Colômbia e México.

Na semana passada, porém, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou por unanimidade um pedido de investigação feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O tribunal quer saber como Paulo Henrique Cardoso gastou os 14 milhões de reais liberados pelo governo para a montagem da exposição. A história chamou a atenção também do Ministério Público federal, que decidiu investigar o que já virou "o caso do pavilhão de Hannover". Os procuradores querem saber por que PHC contratou para organizar o evento a Art Plan Prima, empresa dirigida pela filha e por um sobrinho do senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL, de Santa Catarina, partido aliado do governo. "Estamos analisando os documentos. Enquanto isso, os pagamentos foram suspensos", diz o procurador Luiz Francisco Fernandes de Souza. "Incrível que não tenha ocorrido ao presidente nem a assessores com ascendência sobre ele a observância do princípio segundo o qual família e administração pública não se misturam", escreveu a colunista Dora Kramer em sua coluna sobre política no Jornal do Brasil. Tiro na mosca.

http://veja.abril.com.br/070600/p_048.html

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz