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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

14.11.16

notícias sobre o judiciário...

Lista com salário de juízes e desembargadores cai na internet e causa indignação

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Renan Calheiros foi hostilizado ontem pelos juízes federais porque, segundo o Estadão, " mandou instalar uma comissão para identificar quem ganha acima do teto no Legislativo, no Executivo e no Judiciário". Dizem os repórteres Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo que para os magistrados, a iniciativa do peemedebista – alvo da Lava Jato e de onze inquéritos no Supremo Tribunal Federal -, significa 'retaliação'.

Com a devida vênia aos doutores juízes, receber dos cofres públicos acima do teto constitucional é ilegal, imoral e apropriar-se, indevidamente, de dinheiro que pertence ao povo brasileiro. Em matéria de retirar recursos públicos daquilo a que deveria servir, é exatamente igual à praticar corrupção no Estado.

Afinal, cada real esvaído na corrupção que, como cansam de dizer aos magistrados, falta para o hospital e para as escolas é exatamente igual ao pago indevidamente a qualquer servidor. A moeda, além do dourado e do cromado, não tem nenhuma outra cor, ideologia ou moral. É dinheiro, puro e simples.

Mais curioso (curioso?) é que os juízes, os que deveriam ser os maiores zeladores pelo cumprimento dos limites remuneratórios são, ao que se noticia, alguns dos maiores praticantes desta apropriação indébita. Tanto que chamam a ofensiva sobre remunerações abusivas de "retaliação". Ora, se não as praticassem – ou se as punissem interna corporis –  como iriam ser retaliados por isso?

Renan Calheiros tem diversas acusações contra ele, algumas arrastando-se há anos nos tribunais.

Ninguém questiona estas serem lentas e outras serem rápidas.

Como rápido foi o Ministro Teori Zavascki para levar uma maioria escassa do Supremo a confirmar a prisão antes do trânsito em julgado de sentença –  enquanto é lento em outras questões capazes de mexerem com a própria institucionalidade do país, como os sete meses em que abrigou o pedido de afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, deixando-o desfechar o processo de impeachment?

É evidente que a discussão do projeto sobre abuso de autoridade judicial é uma "retaliação" à Lava jato. Mas, como no caso dos super-salários, como poderia ser uma "retaliação" se os abusos, de fato, não estivessem acontecendo e, sobretudo, não estejam sendo contidos pela própria estrutura do Judiciário?

E como vão valar em mudança casuística da lei se não só o Supremo a faz  a seu bel-prazer e o Ministério Público força a mão com um projeto de "10 medidas de combate à corrupção" que envolve até mesmo validar provas ilícitas?

A Justiça brasileira, quando passou a fazer política, sujeita-se às regras da política.

Onde há cumplicidade, retaliação, chantagem, toma-lá-dá-cá, desde que o mundo é mundo.

Onde se é "popular" num dia e o contrário no dia seguinte.

Não reclamem de afundarem-se no abismo que eles próprios cavaram.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/tijolaco-os-juizes-renan-e-os-super-salarios-retaliacao-seria-mais-facil-eles-cumprirem-a-lei/

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"Maioria do Supremo é de pessoas que se pavoneiam com vaidade absurda", diz ex-ministro Ricupero

Postado em 13 de novembro de 2016 às 12:06 pm

Do Conjur:

A exposição excessiva do Judiciário é prejudicial, pois se antes a sociedade não sabia praticamente nada sobre a capacidade dos seus integrantes, agora ela tem certeza de seus defeitos. A opinião é do professor, diplomata, ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente do governo Itamar Franco (1992-1994), Rubens Ricupero. "É como a nudez. À nudez, pouca gente resiste", sentencia.

Em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, Ricupero criticou duramente o Supremo Tribunal Federal. Os membros da corte, diz ele, se expõem demais, o que acaba diminuindo-os frente à população. "A imensa maioria é formada de pessoas que se pavoneiam com uma vaidade absurda e não são capazes de manter um comportamento como um magistrado deveria ter, de discrição."

E os juristas do país, segundo o professor, pararam no tempo, tornado-se  "figuras intelectualmente anacrônicas", que prejudicaram o Direito brasileiro, tornando-o obsoleto. "Enquanto o Direito anglo-saxônico olha o resultado, a efetividade, o nosso é muito formalista, envelhecido, sem ideias."

E a influência do Direito anglo-saxônico fica visível na operação "lava jato", que investiga corrupção envolvendo a Petrobras e partidos políticos. Para Ricupero, a investigação "só se viabilizou porque os homens que a conduzem conhecem o Direito americano. E muitos estudaram lá. Por exemplo, a delação premiada que, finalmente, foi incorporada ao direito brasileiro, é uma instituição que existe há décadas nos Estados Unidos". Mesmo elogiando a inovação trazida pelos envolvidos na "lava jato", Rubens Ricupero não se furta de apontar problemas no caso que deu fama ao juiz Sergio Moro. O uso seguido de prisões preventivas, apontadas por advogados como uma forma de forçar delações premiadas, diz ele, contamina a operação.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/maioria-do-supremo-e-de-pessoas-que-se-pavoneiam-com-vaidade-absurda-diz-ex-ministro-ricupero/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz