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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

24.8.09

CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

O Rio Grande do Sul vive um dos momentos de maior ataque aos direitos já conquistados, após o fim da ditadura: o de livre organização e expressão.

 

Os movimentos sociais tem tido um papel civilizatório na sociedade brasileira ao questionar as profundas injustiças e desigualdades na nossa sociedade e propõem medidas concretas para tornar o país melhor para todos e todas e não apenas para uma minoria.

 

Setores conservadores da sociedade brasileira acusam os movimentos sociais de "violentos", "baderneiros", "foras da lei". Pretendem com isso assustar a sociedade para não reconhecer o quão justa é a luta destes setores. São frases como essas que nos remetem a uma época autoritária, não muito longínqua do nosso país: "Nós podemos proibir o poder público de negociar com o movimento, pois vamos entendê-los como sendo uma organização criminosa, porque os objetivos não são lutas pacíficas. Qualquer pessoa que faz o que eles fazem estaria na cadeia" (Gilberto Thums).

 

Ora, se o estado não reconhece e se recusa a ouvir uma parte da sociedade, como torná-lo mais justo? Por isso que os movimentos sociais se manifestam, para suas demandas serem ouvidas.

 

Nós, que fazemos parte dos mais variados movimentos sociais, que lutamos pela efetivação dos direitos conquistados e que reivindicamos a construção de novos direitos, não aceitamos ser chamados de terroristas ou de criminosos. Somos construtores de um outro mundo, melhor para todos e todas!

 

Neste sentido, mais uma vez se repete a ação truculenta da brigada militar do RS a mando do governo Yeda, que além de envolvido com a corrupção, nega o direito dos movimentos sociais de se organizarem e se manifestarem por lutas justas em busca de uma sociedade mais digna para todos e todas.

 

Queremos denunciar o assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já se encontrava controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas. Morto a tiros pela polícia quando manifestava sua luta pela reforma agrária, assim como muitos, foi mais uma vítima da criminalização dos movimentos sociais.

 

Indignados/as com clima de terror instaurado no estado de RS, no que se refere a ação e  repressão dos movimentos sociais, não podemos aceitar essa situação calados, por isso nos manifestamos!

 

DCE/UCS, C.A de História, D.A de Pedagogia, Kizomba,

Marcha Mundial de Mulheres, Coletivo de Mulheres DCE/UCS,

UJS, Pastoral de Juventude, ENEFAR, CUT,

Sindiserv, CEPDH (Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos)

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz