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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

1.12.17

‘Delações combinadas’


FOI A PÁ DE CAL NUM DEFUNTO PODRE, FEDORENTO, INFECTO
(A reputação de Moro esfacelou-se, na fossa)




Assisti ao depoimento, feito por vídeo conferência, do advogado Rodrigo Tacla Durán, do primeiro ao último segundo, atento ao que falou, às expressões faciais, momentos de laconismos e redundâncias, possíveis tiques, tudo o capaz de denunciar a insegurança de quem mente, falseia, conta historinha.
Claro que o moço não é santo. Movimentou muitos e muitos milhões de dólares, aqui e no exterior, esteve na crista da onda da Odebrecht e da JBS, teve relações íntimas com os Marcolas, Beira Mares e Aécios institucionais... Mas demonstrou segurança e convicção durante quase todo o tempo, sem cair em contradição uma vez sequer, mesmo nos momentos em que deputado que chegou depois, sem ter ouvido a pergunta feita anteriormente, a repetiu, o que seria terrível para Durán, se estivesse mentindo (isso confunde o cérebro, e por isso na ditadura militar alternavam-se os torturadores inquisidores, tática ensinada pela Cia).
Sem mais delongas: tivéssemos juízes de fibra, desembargadores compromissados, procuradores éticos e, principalmente Ministros do STF dedicados exclusivamente à justiça, sem interesses outros que não a justiça, e a Lava Jato acabaria hoje, com a prisão de Sérgio Moro e de toda a chamada Força Tarefa, leia-se procuradores do Ministério Público e agentes da polícia federal, lotados em Curitiba.
Houve sempre um mistério pra mim: porque os acusados, principalmente no PMDB e PP, têm tanto ódio de Moro, quando o esperado é que tivessem medo? 
E Tacla me esclareceu: dinheiro, tomam as delações como extorsão, coisa de quadrilhas rivais, exatamente como a ADA (Amigos dos Amigos) e o CV (Comando Vermelho), aqui no Rio.
E porque afirmo isso, e aqui exalto a perspicácia do deputado Waldih Damous?
O advogado Zacolotto, amigo íntimo de Moro, padrinho de casamento de Moro e ex-sócio de Rosângela, mulher de Moro, entrou em contato com Tacla Durán, para negociar uma delação premiada.
Como é que seria a parada? Moro condenaria Durán a alguns anos de cadeia e citaria uma conta bancária no exterior, como de Durán.
Acontece que a conta citada seria fictícia. Moro pediria quinze milhões de ressarcimento, para os cofres públicos. Durán alegaria não ter essa conta e provaria, alegando não possuir esses 15 milhões. Moro então reduziria para 10 milhões, sendo 5 milhões para os cofres públicos, 5 milhões para Moro e Força Tarefa e 5 milhões para Durán, com redução drástica da pena e vistas grossas para outras contas de Durán, com dezenas de milhões de dólares.
Rodrigo Tacla Durán tem provas disso? Zucolotto é meio burrinho, fez todas as tratativas através do computador... Institucional, não no seu, particular ou de terceiros, mas num computador da rede de computadores da 13ª Vara Federal de Curitiba, de Moro & Cia, e quando a bosta fedeu, Zucolotto ficou quieto, Moro é que veio a público defendê-lo, como pessoa honrada.
Pelo mesmo computador, Zucolotto passou a Durán a minuta da delação.
Tudo isso foi fotografado por Durán, que entregou à Justiça espanhola, que periciou e... Autêntico, sem montagem e/ou editoração.
Por uma série de motivos que ele enumerou, entre eles a exigência de que dissesse em juízo o que Moro e os procuradores queriam que ele dissesse, assumindo crimes que não cometeu e denunciando fatos e pessoas que ele desconhece, além de estar se sentindo vítima de extorsão, recusou a delação.
Durán pediu para ser julgado na Espanha (os juristas espanhóis e portugueses são tidos como entre os melhores do mundo, e lá só se condena por provas e não por delação premiada), a justiça espanhola pediu ao Ministério Público Brasileiro que enviasse o processo para lá, Janot autorizou e Moro vem protelando o envio, sob desculpas esfarrapadas, a meses, sendo a última delas que desconhece o endereço de Durán.
Como? Durán mora na mesma casa quase desde sempre, a casa foi do avô dele, que passou para o pai dele, que está com ele, que é o inventariante do imóvel (o pai morreu recentemente). Mesmo assim, Moro poderia pedir à Justiça espanhola que lhe fornecesse o endereço, já que na inicial do processo de pedido de julgamento lá, ele teve que dar o seu endereço. Moro poderia peticionar a polícia federal, pedindo, já que Durán tem passaporte brasileiro, onde consta o seu endereço, ou nem isso, bastaria pedir a um policial da Força Tarefa que entrasse no sistema da PF e anotasse, ou, já que os e-mails da negociata da delação foram trocados na rede institucional, Moro tem o seu endereço eletrônico, podendo perguntar ou intimar a que fornecesse o seu endereço... Mas Moro prefere afirmar que ainda não mandou porque não sabe o endereço dele, como se fosse mandar para a casa dele, e não para a Justiça espanhola.
Faz isso com a certeza da impunidade.
Diante de todo o exposto, agora podemos entender Youssef em casa, depois de condenado a dezenas de anos de cadeia, relaxada após um acordo de delação premiada, em casa, usufruindo da sua fortuna.
Lembra da Mônica e o marido, os marqueteiros de Dilma e de outros políticos, inclusive do PSDB, condenados a mais de 20 anos de cadeia? Fizeram acordo de delação premiada, pagaram multa e... Um ano e meio de prisão domiciliar. Segundo Durán, Moro fez vistas grossas a várias contas do casal, em paraísos fiscais, com dezenas de milhões de dólares.
Teve um que Moro localizou 44 bilhões num paiseco europeu, não lembro se Andorra ou Luxemburgo, talvez Mônaco (não anotei nada do depoimento, estou me valendo da memória) e, após a delação premiada pagou um milhão (44 mil vezes menos do que roubou) e teve a prisão relaxada.
E uma pergunta que não pode, não deve e não quer calar: tudo isso porque Moro é um homem de bom coração, não gosta de prender ninguém?
O que o faz prender tão rápido, por prevenção ou cautela, e soltar logo que o infeliz pede benefício de delação premiada?
A pouca vergonha está tamanha que Waldih Damous está sendo ameaçado, via Twitter, pelos... Procuradores Públicos.
Se é tudo mentira, porque não processam o deputado, ao invés de tentar intimidar?
Mas Durán falou mais, e com provas, periciadas ou que podem ser periciadas: que na Lava Jato há fraudes, supressão de documentos nos autos dos processos, adulteração de datas em fatos ocorridos ou não, na base do que as pessoas são condenadas ou beneficiadas, e aqui entra a condenação do Lula, motivo do artigo de amanhã de manhã, porque este já está longo e, segundo a moderna psiquiatria, textão supura as hemorróidas dos coxinhas.
Como não vai dar na Globo, os beócios vão continuar a dizer que estão com Moro.
Eu também, tô com Moro e não abro, na cadeia.

Francisco Costa
Rio, 30/11/2017.
PS: 
1) compartilhem ao máximo, principalmente com os iludidos de Moro;
2) se afirmarem que é mentira, mandem procurar no Youtube, o vídeo, com o depoimento completo (mais de duas horas), já está disponível. Se quiser pode copiar na minha linha do tempo ou nas páginas dos deputados Waldih Damous e Paulo Pimenta;
3) se ontem já fui muito ameaçado, hoje vão me dar tiros virtuais, qui medinho!
https://www.facebook.com/francicorcosta/posts/2002386789981565?pnref=story

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Em depoimento de mais de quatro horas, advogado Tacla Durán entrega os podres da Lava Jato; confira íntegra

30 NOVEMBRO 2017 | POLÍTICA

Ao final, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que será preciso ouvir na CPI o compadre do juiz Moro, Carlos Zucolotto, diante das graves acusações feitas a ele por Tacla Durán

Do Viomundo

Em depoimento de mais de quatro horas à CPI da JBS e J&F, o advogado Rodrigo Tacla Durán fez várias revelações bombásticas, confirmando informações publicadas antes em várias fontes, inclusive aqui mesmo no Viomundo.

Ex-prestador de serviços do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, Durán é considerado foragido pela Justiça brasileira.

Uma tentativa de extraditá-lo da Espanha — país do qual ele tem cidadania — fracassou.

A principal acusação de Durán é de que o compadre do juiz Sergio Moro, Carlos Zucolotto, teria pedido a ele um pagamento de U$ 5 milhões para reduzir de U$ 15 mi para U$ 5 mi a multa que ele, Durán, teria de pagar se fechasse acordo de delação premiada no Brasil.

Zucolotto teria, segundo o acusador, bom trânsito com procuradores da Lava Jato e prometeu trazer para as negociações um certo DD, que pode ser referência a Deltan Dallagnol.

O acordo não foi fechado.

Dentre as acusações feitas hoje por Tacla Durán:

— Ele usou um celular para fotografar a conversa que teve com o advogado Carlos Zucolotto Júnior através do aplicativo Wickr, que apaga as mensagens assim que elas são transmitidas. Durán disse que fez as fotos porque não poderia dar print screen, já que do outro lado o interlocutor seria avisado. Nas conversas, segundo Durán, Zucolotto, que é compadre do juiz Sergio Moro, pediu U$ 5 milhões "por fora" para reduzir a multa que Durán teria de pagar se fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, além de outras vantagens;

— Durán confirmou planilha que consta em sua declaração de imposto de renda, divulgada originalmente pela coluna Radar, da Veja, que inclui pagamentos que teriam sido feitos ao escritório de Zucolotto, que foi correspondente de Durán no Brasil em ações na Justiça. Da lista de pagamentos também consta o nome da esposa de Moro, Rosângela, que trabalhou no escritório de Zucolotto.

— Tacla Durán desmentiu o juiz Sergio Moro, que em nota (ver íntegra no final) afirmou que Zucolotto "não atua na área criminal". Segundo Durán, Zucolotto já atuou como advogado do próprio Moro em ação criminal. Ele afirmou que existiriam registros públicos disso.

— Tacla Durán afirmou que o sistema original de registro de propinas da Odebrecht foi apagado, não permitindo perícias ou que a defesa dos delatados pelos 77 executivos da empreiteira obtenha contraprovas, prejudicando o direito de defesa.

— Ele também disse que recebeu da Lava Jato lista de políticos com a indagação sobre qual poderia denunciar. "Marcelo Miller me mostrou uma lista de parlamentares e perguntou: qual o senhor conhece, qual o senhor pode entregar?", afirmou o depoente. Miller é acusado de, ainda na condição de procurador do MPF, organizar a delação premiada dos donos da J&F e lucrar com ela.  Ele se demitiu do MPF, onde atuou na Lava Jato, e se transferiu para a banca de advogados regiamente remunerada pela empresa de Joesley Batista.

— Segundo Tacla Durán, a Lava Jato omitiu contas no Exterior dos marqueteiros João Santana e Monica Moura. Ambos, em suas delações, comprometeram a ex-presidenta Dilma, cuja campanha teria pago "por fora" por serviços de marketing na campanha de 2014. A omissão das contas permite a conjectura de que os dois teriam sido conscientemente beneficiados por procuradores, já que as contas omitidas não foram bloqueadas.

— Tacla Durán disse que já fez depoimento à Justiça de sete países. Mas, no Brasil, o juiz Sergio Moro rejeitou  pedido da defesa de Lula para ouví-lo como testemunha. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ao negar um dos pedidos de depoimento de Durán o juiz Moro alegou desconhecimento do endereço do advogado na Espanha. Mas Durán disse que seu endereço é de conhecimento de autoridades espanholas e brasileiras.

Ao final, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que será preciso ouvir na CPI o compadre do juiz Moro, Carlos Zucolotto, diante das graves acusações feitas a ele por Tacla Durán.

Abaixo, a nota escrita pelo juiz Moro em resposta a reportagem de Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, quando surgiram as primeiras denúncias de Tacla Durán contra a Lava Jato:

O advogado Carlos Zucolotto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;

O relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;

Nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;

Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;

Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;

O advogado Carlos Zucolotto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e

Lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria.

Veja íntegra do depoimento:

https://www.carosamigos.com.br/index.php/politica/11417-em-depoimento-de-mais-de-quatro-horas-advogado-tacla-duran-entrega-os-podres-da-lava-jato-confira-integra

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Documentos em delação de executivos da Odebrecht foram adulterados, diz advogado

Publicado em: novembro 30, 2017 | Hylda Cavalcanti | Da RBA


O advogado que prestou serviços à Odebrecht, Rodrito Tacla Durán, em depoimento no Congresso que pode atingir a Lava Jato

Em depoimento prestado por videoconferência à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, o advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht entre 2011 e 2016, disse que a perícia encomendada por ele junto a profissionais da Espanha comprovam que documentos do sistema de e-mails internos (intranet) da Odebrecht foram alterados antes e depois de o sistema ter sido bloqueado pelo Ministério Público Federal. Ele também encaminhou documentos e e-mails trocados com seus advogados à CPMI.

O advogado, que está na Espanha, onde reside, disse que, por conta das falsificações encontradas nas delações premiadas dos executivos da Odebrecht, considera que todos os documentos obtidos diretamente do banco de dados da empreiteira podem estar comprometidos. "Não falo por todos, mas aponto vários extratos como adulterados e acredito, como advogado, que isso constitui vício para todos os documentos", afirmou.

Tacla Duran confirmou a informação de que recebeu proposta do Ministério Público para fazer um acordo de delação premiada, mas não aceitou. O advogado entregou aos integrantes da CPMI, cópia do e-mail com a proposta da delação e a minuta do suposto acordo, que foi negado pelo procurador Luiz Fernando dos Santos Lima. Duran contestou Luiz Fernando.

"Refleti sobre o acordo e não aceitei porque achei que queriam criminalizar minha profissão e me imputar crimes que não cometi. Mesmo diante das dificuldades que passo e que sabia que iria enfrentar, resolvi não assinar este acordo".

'Delações combinadas'

O advogado confirmou a versão de que houve um encontro, promovido pela Odebrecht, entre seus executivos para combinar as informações a serem repassadas durante delações premiadas.

Disse também que soube, antes e depois da realização do evento, que a empresa alugou um hotel em Brasília no qual se reuniram por vários dias aproximadamente 100 executivos, para que acertassem os termos dos acordos e tudo o que cada um deles diria. Depois desse encontro foram homologados acordos com 70 executivos.

"Isto significa que foi uma delação totalmente combinada entre eles", acusou o deputado Wadih Damous (PT-RJ). "A reunião me lembra o filme 'O Poderoso Chefão' em que é realizado num hotel um encontro de grandes mafiosos", comparou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Tacla Duran, porém, evitou falar, durante a primeira parte de seu depoimento, sobre a mulher do juiz Federal Sérgio Moro, a advogada Rosângela Moro. "Não tenho nada a falar sobre o juiz Sérgio Moro, apenas que ele está extrapolando o papel de juiz, me prejudicando um pouco", disse. Rosângela Moro faz parte da equipe do advogado Carlos Zucolotto, de Curitiba, a quem Duran contratou para representá-lo no processo.

Ele admitiu aos deputados e senadores ter contratado o escritório paranaense por ter sido "aconselhado" a contar com "alguém que fosse da patota de Curitiba" – dando a entender que podem existir acordos entre as bancas de advogados e a equipe da Lava Jato, mas sem apresentar provas, nem se estender no assunto.

Duran também confirmou ter recebido uma proposta de Zucolotto de que parte dos pagamentos dos honorários advocatícios deveriam ser "por fora", o que entendeu que se tratava de uso de recursos para um possível caixa dois ou pagamento a terceiros. Esses pagamentos seriam direcionados a uma pessoa identificada como "DD", mas disse não saber de quem se trata.

A oitiva não tem hora determinada para o encerramento – às 12h30, quando o depoimento já durava cerca de três horas e meia, apenas dois parlamentares haviam feito suas perguntas e ainda havia um grande número de parlamentares inscritos para fazer perguntas a Tacla Duran.

https://www.sul21.com.br/jornal/documentos-em-delacao-de-executivos-da-odebrecht-foram-adulterados-diz-advogado/?utm_source=facebook&utm_campaign=parceiros

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Silêncio: No dia de depoimento de Tacla Duran, destaque da Globo é a morte do americano que inspirou o "balde de gelo"

30 de novembro de 2017 | Por Ivan Longo

Ex-advogado da Odebrecht prestou um depoimento na CPI da JBS nesta quarta-feira (30) que abala a "república de Curitiba" ao desnudar os métodos de Moro para a obtenção de delações premiadas. Assunto é um dos mais comentados da internet, mas principais veículos de mídia do país ignoram. Para o G1, depoimento sequer existiu

Os usuários de internet no Brasil não têm dúvidas: o assunto do dia é o depoimento do ex-advogado da Odebrecht, Tacla Dura, à CPI da JBS no Senado. Duran, em seu depoimento, desnudou os métodos de Moro para conseguir delações premiadas na Lava Jato. Acusado de lavagem de dinheiro, o ex-advogado recebeu de um intermediador de Moro propostas ilegais de delação premiada e tem provas que colocam em xeque a atuação do juiz de Curitiba. [Saiba mais sobre o depoimento aqui e aqui].

Em qualquer país com uma democracia sólida esse assunto seria manchete nos veículos de mídia. Não é o caso do Brasil. O depoimento do ex-advogado da Odebrecht foi praticamente ignorado pela mídia tradicional brasileira. A Folha de S. Paulo, por exemplo, escondeu a matéria sobre o depoimento de Duran em no canto esquerdo da home de seu site sem destaque algum. O Estadão fez o mesmo: puxou a notícia para três colunas abaixo do destaque principal.

Destaques da home do G1 no dia do depoimento de Duran. 

Mais grave ainda é o caso do G1, da Globo, onde o silêncio chega a ser ensurdecedor. Para o site da família Marinho, o depoimento basicamente não existiu: não há, na home do site, qualquer menção à Tacla Duran. Quase como uma provocação, a manchete principal do site é sobre a morte do norte-americano que inspirou o "desafio do balde d'água".

Se por um lado a mídia tradicional ignora, as redes sociais e as mídias livres dão o devido destaque ao assunto. O termo "Tacla Duran" está nos Trending Topics do Twitter no Brasil e internautas não param de postar trechos do depoimento e escancarar a seletividade noticiosa da mídia hegemônica brasileira. Até infográfico sobre as revelações de Duran já circulam nas redes.

Confira:



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz