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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

18.12.17

Sete chaves para entender a Argentina

domingo, 17 de dezembro de 2017

Sete chaves para entender a Argentina

Por Martin Granovsky, no site Carta Maior:

Este 14 de dezembro foi um intenso dia de política. Independente de como termine a disputa entre o governo e os aposentados, ninguém pode dizer que entende como o país funciona sem considerar sete chaves:

1) O ímpeto presidencial de jogar duro e aproveitar a força adquirida com a vitória nas eleições legislativas em outubro para produzir a maior quantidade possível de mudanças em favor da agenda conservadora, e o mais rápido possível.

2) A transformação do bloco de deputados da opositora Frente para a Victoria (FpV) num fator político de primeira ordem. Após a decisão de impedir a sessão de alcançar o quórum, o bloco conduzido por Agustín Rossi não deixou o Congresso. Vigiou a sessão. E seus membros em nenhum momento deixaram de falar com legisladores de outros blocos, sobretudo os peronistas que respondem aos governadores.

3) A capacidade mobilizadora do kirchnerismo e da esquerda (e desta vez também das centrais operárias) quando há uma disputa concreta.

4) A disposição do governo em conseguir acordos com os peronismos provinciais e as dificuldades de concretizá-los quando se torna evidente que isso terá altíssimos custos políticos. Em geral, a postura predominante entre os peronistas do interior foi a seguinte: "que os governistas se apresentem, e depois vemos o que acontece".

5) As divisões dentro do governismo. Não há mais de um líder, Mauricio Macri é o cara e seu projeto de um conservadorismo duradouro é consenso, mas há disputas. É preciso saber se essas disputas favorecem a líder da Coalizão Cívica Elisa Carrió, ou se as forças de oposição – com a FpV e uma Frente Renovadora mais combativa já sem o moderado Sergio Massa na cabeça – começam a dar passos firmes, aproveitando as fissuras do macrismo.

6) A resolução de converter as quatro forças armadas e de segurança num martelo único capaz de avassalar as garantias constitucionais, matando mapuches, prendendo jovens por diversão, agredindo deputados e baleando fotógrafos.

7) A heterogeneidade. Mauricio Macri tem um alto nível de consenso. Parte da sociedade, inclusive em setores de classe media e de trabalhadores, sonha com suas promessas de prosperidade individual. Mas o presidente não consegue apagar da memória a política (e a ideologia) do emprego seguro e da aposentadoria sem cortes.

Todos agora estão jogando duro.

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz