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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

6.9.17

23º Grito dos Excluídos :: 7 de setembro > em Caxias do Sul e Porto Alegre (programações)

Grito dos Excluídos 
O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. O Grito não tem um "dono", não é da Igreja, do Sindicato, da Pastoral; não se caracteriza por discursos de lideranças, nem pela centralização dos seus atos; o ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para fortalecer o compromisso.

Por que o 7 de setembro
Desde 1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro. É o dia da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar. O Grito é um processo, que compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos concretos que dão continuidade às atividades.

Lema: 2017 – "Por direitos e Democracia, a luta é todo dia"
Em 2017, com o lema do 23º Grito dos/as Excluídos/as: "Por direitos e democracia a luta é todo dia", chama a atenção da sociedade para a urgência da organização e luta popular frente à conjuntura em que o país vive hoje, estamos diante de um cenário de retrocessos, muitas vezes com o apoio dos meios de comunicação social, de desmonte do processo democrático e da perda iminente de direitos dos trabalhadores, conquistados a duras penas. Situação que se agrava com a corrupção política que tornou o Brasil um verdadeiro mar de lama. Porque este sistema está preocupado em defender e resolver o problema da economia, por isso o Grito quer rediscutir esse sistema, propondo que a vida esteja em primeiro lugar.

Eixos: 
DEMOCRATIZAR A COMUNICAÇÃO, DIREITOS BÁSICOS, ESTADO FOMENTADOR DE VIOLÊNCIA, QUE PROJETO DE PAÍS DESEJAMOS? QUE ESTADO QUEREMOS?, PARTICIPAÇÃO POLÍTICA É EMANCIPAÇÃO POPULAR, UNIR GENEROSAS/OS NAS RUAS, UMA ECOLOGIA INTEGRAL.

Igrejas Cristãs e trabalhadores/as detalham Grito dos Excluídos no RS

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23º Grito dos Excluídos, dia 7 de setembro, em Porto Alegre
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, Dom Adilson Pedro Busin, ressaltou o lema desta edição "Por direitos e democracia, a luta é todo dia". Segundo ele, "neste momento atual de desesperança, a realização do Grito se torna muito oportuna"O bispo da CNBB disse também que nas ruas é possível "erguer a nossa voz e a nossa indignação. É um momento em que muitos excluídos se somam a tantos outros que já existiam. Por isso, neste dia 7, vamos caminhar, erguer a nossa voz e lutar por um Brasil melhor".
Em seguida, o bispo da Igreja Episcopal Anglicana de Porto Alegre, Dom Humberto Eugênio Maiztegui Gonçalves, afirmou que o Grito é uma oportunidade das igrejas se somarem na defesa da democracia e dos direitos. "Após o golpe, as igrejas estão se manifestando de maneira muito contundente, pois estão retirando direitos básicos que garantem a dignidade humana", declarou.
O representante do CONIC-RS disse ainda que os atuais governos estão acabando com a soberania, uma vez que tiram o direito das pessoas pensarem. "Esse grito é para formar cidadãos. Queremos unir todo o povo na rua", projetou.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, ao enumerar os diversos ataques brutais que a classe trabalhadora vem sofrendo com o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). "O deus mercado não é um Deus bom para nós, pois está transformando o nosso Brasil num país para uma minoria." Nespolo anunciou o lançamento de uma campanha nacional, aprovada no Congresso Extraordinário da CUT, para a coleta de no mínimo 1,5 milhão de assinaturas em projeto de lei de iniciativa popular para revogar a lei da reforma trabalhista. "Temos que barrar, de todas as formas, a perda de direitos dos trabalhadores e evitar a precarização do trabalho e o desmonte da Justiça do Trabalho", destacou.
A coleta de assinaturas será realizada em todo o país, com a organização de comitês municipais. A entrega do projeto está prevista até o dia 11 de novembro, quando entrará em vigor essa legislação que altera mais de 100 artigos da CLT, prejudicando os trabalhadores. "Vamos conversar com os demais movimentos para ampliar a coleta de assinaturas".

Todos os gritos
Representando o MST-RS, Aida Teixeira salientou que o movimento  sempre participa do Grito dos Excluídos. "Esses atuais governos não nos representam e entregam as nossas terras e as nossas riquezas para o capital estrangeiro", denunciou. De acordo com ela, no Brasil há 130 mil famílias acampadas. No Rio Grande do Sul o número chega a 2 mil famílias. "O nosso grito é por políticas públicas, pela reforma agrária popular, por assentamentos que garantam condições mínimas", defendeu.
Para a catadora Michele, o Grito dos Excluídos é uma oportunidade para dar visibilidade aos carrinheiros. "Sobrevivemos daquilo que a sociedade não quer mais, com o que excluem. Queremos e merecemos ser reconhecidos como trabalhadores", sublinhou.
Em nome dos artistas e trabalhadores da cultura, Patrick Acosta citou medidas dos governos federal, estadual e municipal que desmontam as políticas públicas e incentivos culturais. "Há um empenho de alguns governantes de marginalizarem os artistas, de restringirem o uso dos espaços públicos. A cultura precisa ser vista de uma forma ampla, como geradora de valor, identidade e consciência. Por isso, nos somamos também ao Grito dos Excluídos", explicou Patrick.
Destacando o desgoverno do governador José Ivo Sartori (PMDB), a diretora do Semapi-RS, Regina Abrahão, falou sobre a vida difícil dos servidores estaduais. "Vivemos num caos. Sartori está sucateando o Estado e desmontando fundações superavitárias que realizam pesquisas de excelência para transformar o Rio Grande do Sul num estado mínimo", criticou Regina.
Participando pela primeira vez do Grito do Excluídos, entidades de representação de imigrantes participaram da coletiva. O haitiano Prenor Joseph falou da realidade dos trabalhadores imigrantes, que deixam em seus países de origem inúmeras dificuldades, para buscarem melhores alternativas num lugar estrangeiro. "Estamos aqui para erguer a voz dos imigrantes. Não somos mercadorias, já estávamos à margem da sociedade no nosso país e continuamos aqui. Lutamos todos os dias contra o racismo, a xenofobia, a discriminação e a exclusão", enfatizou o haitiano.
Ao final, a representante da Cáritas-RS, Roseli Dias, "pediu a sensibilidade e a abertura de espaço na mídia para fazer as informações sobre o Grito dos Excluídos chegarem à população". Ela salientou que a democratização da comunicação com o direito à informação também é "um dos gritos deste Grito".

Confira a programação do Grito dos Excluídos em Porto Alegre
9h – Concentração na Rótula das Cuias, no Parque da Harmonia, para acolhida e mística;
10h – Caminhada pela Avenida Beira Rio até a Avenida Ipiranga (local de dispersão do desfile militar) e retorno até a Praça Júlio Mesquita (em frente à Usina do Gasômetro);
12h – Almoço comunitário.

Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS EM PORTO ALEGRE: https://goo.gl/YnDhyzhttps://goo.gl/2cETLC.

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23º Grito dos Excluídos, dia 7 de setembro, em Caxias do Sul
Os movimentos sociais de Caxias do Sul convocam, para este dia 7 de setembro, a mobilização "Grito dos Excluídos".
A concentração será na rua Andrade Neves, entre a Sinimbu e a rua Os 18 do Forte, às 10h da quinta-feira. Os participantes devem vestir preto porque este é um momento de luto e perda de direitos. O protesto vai percorrer a rua Sinimbu, após o desfile oficial.
Os grupos participantes devem levar objetos relacionados às lutas específicas, mas também com destaque para a pauta nacional. 

COMO PARTICIPAR
▶ Encontre o pessoal às 10h do dia 07/09, na rua Andrade Neves, entre a Sinimbu e a rua Os 18 do Forte
▶ Vá vestindo preto
▶ Leve faixas, cartazes, bandeiras, o que quiser
▶ Ajude a divulgar nas redes sociais e para os amigos

HISTÓRIA
O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 7 de setembro de 1995 e teve como lema: "A Vida em primeiro lugar". A iniciativa surgiu das Pastorais Sociais em 1994, a partir da Campanha da Fraternidade, que apresentava o tema: "A fraternidade e os excluídos". O Grito surgiu da intenção de denunciar a exclusão e valorizar os sujeitos sociais. Desde então, a mobilização é realizada em todo o país, sempre com um tema relacionado à realidade do momento. O Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, para refletir sobre a soberania nacional.

EM 2017
Neste ano, o 23º Grito dos(as) Excluídos(as) traz como lema: "Por direitos e democracia, a luta é todo dia. A ação denuncia o cenário de retrocessos, de desmonte do processo democrático e da perda iminente de direitos dos trabalhadores. Situação que se agrava com a corrupção política. Enquanto o sistema está preocupado em defender e resolver o problema da economia, o Grito dos Excluídos propõe que a vida esteja em primeiro lugar.

Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS EM CAXIAS DO SUL:
 
https://goo.gl/pe7DGA 

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Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS: www.gritodosexcluidos.org - http://www.gritodosexcluidos.org/historia/


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz