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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

18.11.09

Jornada de Trabalho de 40 horas já!

Ano VII - nº 176
sexta-feira,
13/11/2009
 
 

JORNADA DE TRABALHO DE 40 HORAS JÁ!


 

Transformar as estruturas desiguais e injustas da nossa sociedade sempre foi um dos objetivos do Movimento Sem Terra, para construir um país soberano e conquistar vida digna para os trabalhadores e trabalhadoras. Assim, dedicamos nossas energias para realizar uma efetiva Reforma Agrária, capaz de democratizar o acesso à terra e produzir alimentos. Mas também, ao longo dos nossos 25 anos, nos somamos nas bandeiras de luta que defendem a garantia e ampliação de direitos dos trabalhadores. Por isso, consideramos fundamental a participação na campanha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salários.

 

Da mesma forma como a Reforma Agrária, a redução da jornada é uma reivindicação histórica e uma medida capaz de estimular rapidamente o desenvolvimento econômico. Mais de 2,2 milhões de novos postos de trabalho poderiam ser criados. Com o fim ou limitação das horas-extras, outras 1,2 milhões de novas vagas surgiriam. Ou seja, pelo menos 3,4 milhões de pessoas poderiam exercer seu direito ao trabalho.

Nosso país possui uma das maiores distâncias entre ricos e pobres do mundo. O Brasil está entre as 10 maiores economias, no entanto, estamos apenas em 75º em qualidade de vida (segundo o IDH).  E pior ainda, somos a sétima pior sociedade de todo planeta em desigualdade social.  A redução da jornada, o aumento do salário mínimo e do pagamento das horas extras são medidas fundamentais para reduzir esta desigualdade.

Mas tão importante quanto os novos postos de trabalho são os avanços sociais fundamentais para a libertação da exploração.  Pois assim os trabalhadores teriam mais tempo para a família, para estudar, para tempo livre e para cultura.  O trabalho deve ser uma forma de produzir riquezas, para que as pessoas possam viver melhor, e não fonte de exploração e opressão. 

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que a redução da jornada significaria um aumento de apenas 1,99% dos custos de produção.  Mesmo assim, os empresários estão articulados com os partidos de direita, e fazendo de tudo para impedir sua votação. Por isso, nos somamos aos mais de 40 mil trabalhadores, de diversas centrais sindicais e movimentos sociais, que participaram da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, realizada na quarta-feira (11), na Esplanada dos Ministérios.

Nesta marcha, defendemos também a defesa da destinação dos recursos do pré-sal para a saúde, educação e combate à pobreza; a cobrança da atualização dos índices de produtividade e a realização da Reforma Agrária; e contra a criminalização dos movimentos sociais, pela mídia, por setores conservadores do poder judiciário e pelos parlamentares ruralistas.

Esperamos que a marcha acelere o processo de votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 231/95) que tramita há 14 anos no Congresso Nacional e prevê a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas, sem diminuição de salários, e o aumento do valor das horas extras em dias úteis de 50% para 75%. A proposta já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara, mas precisa ser votada e aprovada no plenário da Câmara e do Senado.

Certamente essa luta terá que ganhar ainda mais as ruas. Temos que aumentar a pressão sobre os parlamentares, realizar passeatas, manifestações e greves em todos os estados, para conseguir tirar da gaveta esse importante projeto social.  

Acreditamos que a redução da jornada de trabalho é uma medida fundamental dentro de um projeto popular, que possa garantir uma vida digna à população brasileira.

 Secretaria Nacional do MST 

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz