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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

10.6.08

Governo Yeda, uma panela sem tampa

9/6/2008 22:39:18

Por
Frei Pilato Pereira
de Santa Maria, RS

O novo jeito de governar da Yeda Crusius, do PSDB, é mesmo algo sem precedentes na história política do Rio Grande do Sul. É verdadeiramente novo, nunca se viu nada igual. No Rio Grande já tivemos governos bastante odiosos e odientos, como é o caso do governo Britto, que por pouco não vendeu todo o Estado, guardando para si uma gorda comissão premiada de bom vendedor. Já tivemos governos que não souberam cuidar dignamente da saúde, da educação, da segurança pública, enfim, não foram capazes de garantir um mínimo de bem estar comum na sociedade gaúcha.

Com a Yeda e seus aliados (PSDB, DEM-PFL, PP, PMDB, PTB, PPS...), temos um governo que traz consigo tudo o que havia de mais retrogrado nos governos anteriores comandados por estes mesmos partidos em diferentes momentos. Mas, agora existe algo de diferente que é o desgoverno. Os outros governos, deste bloco que podemos chamar de direita, também tiveram uma linha anti-popular, mas todos os seus agentes marchavam mais ou menos juntos na mesma direção. Agora, porém, o Governo de Yeda é tão desarmônico e inconseqüente que nem precisou da oposição para se desgastar política e moralmente.

Tem um ditado popular que diz que "o diabo faz a panela, mas não faz a tampa" e outro dito afirma que "Deus escreve certo por linhas tortas". Acredito que Deus nos dá a liberdade de escrevermos nossa história e quando as linhas estão tornas, Ele nos ajuda a escrever o mais certo possível. E às vezes um grande erro - como é o caso deste que o povo gaúcho cometeu ao eleger a Yeda - pode servir de lição para reencontrar o caminho certo na vida. Pode ser que desta vez os gaúchos e gaúchas tirem uma grande lição de um grande erro. Pois é preciso andar para frente e não sapatear para traz onde ficou o esterco do cavalo.

É bem verdade que aqui no Rio Grande inventaram uma panela com todos os ingredientes necessários para enfeitiçar o povo. E conseguiram iludir os eleitores e impedir que, em 2007, Olívio Dutra voltasse ao Piratini para recomeçar o governo popular democrático. Fizeram uma boa panela de ferro, bem consistente e inquebrável, mas não souberam fazer a tampa e agora tudo está sendo revelado aos olhos do povo gaúcho. De pouco a pouco estamos vendo a podridão que tem nesta panela que alimenta o governo do Estado. E a conclusão é de que não poderia dar certo mesmo. Esta tal panela sem tampa só poderia servir para vencer a eleição, mas jamais garantiria forças para um governo saudável. Pois, é muita podridão para uma só panela. Ou mais cedo ou mais tarde teria que explodir.

E nestas alturas, a melhor coisa que podemos fazer é começar tudo de novo. Como nos aconselha o Evangelho de Jesus Cristo, não adianta tirar retalho de roupa nova para remendar roupa velha. E também não adianta colocar vinho novo em barris velhos (cf. Lc 5,35-37). Está claro e evidente que o "novo jeito de governar" da Yeda é tão antigo, maquiavélico e arcaico quanto a mentira. E o Rio Grande precisa com urgência de um novo governo, de verdade, constituído por forças políticas e movimentos que representem o povo gaúcho. Até agora a Yeda e seus aliados não fizeram nada de bom para o Estado e se quiserem fazer um gesto de grandeza nesta hora, devem deixar o governo. E se eles não renunciarem, a nossa autêntica façanha republicana é pedir já o "Impeachment" de todo o governo Yeda.
Frei Pilato Pereira é frade capuchinho.

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz