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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

23.8.07

DICAS DE PROGRAMAS NA TVE BRASIL

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Cadernos de Cinema – Terra para Rose
O filme deste domingo, 26 de agosto , à 00h, aborda a delicada questão da reforma agrária no Brasil, no período de transição pós-regime militar. A partir da história de Roseli Nunes, agricultora sem terra que, com outras 1.500 famílias, participou da primeira grande ocupação de uma terra improdutiva, a fazenda Anoni, no Rio Grande do Sul, Terra para Rose retrata o início de um polêmico e importante movimento social, o MST.
Rose deu a luz ao primeiro bebê que nasceu no acampamento e foi morta em estranho acidente. A personagem nasceu em 1954 e teve sua vida encerrada com apenas 33 anos. Lutou por uma reforma agrária justa, e, nos últimos dias de gravidez, participou da ocupação da fazenda Anoni, em 1985, a maior já realizada no Rio Grande do Sul. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, estava começando na região. Rose também participou da caminhada de 300 quilômetros até Porto Alegre, onde os trabalhadores ocuparam a Assembléia Legislativa, permanecendo acampados por seis meses, até a solução para as 3 mil famílias que estavam na fazenda Anoni. Rose foi mãe da primeira criança a nascer no acampamento Sepé Tiaraju. Roseli Nunes morreu em 31 de março de 1987, durante um protesto contra as altas taxas de juros e a indefinição do governo em relação à política agrária. Um caminhão desgovernado investiu contra uma barreira humana formada na BR-386, em Sarandi, RS, ferindo 14 agricultores e matando três. Roseli era um deles, estava com 33 anos e deixou órfãs três crianças.
De Tetê Moraes. 1985. Cor. 84min.
Terra para Rose ganhou o 1º prêmio no Festival do Novo Cine Latino-Americano, em Havana, Cuba, e conquistou seis prêmios no 20º Festival de Cinema de Brasília. Dez anos depois, em abril de 1997, a diretora Tetê Moraes volta ao assentamento da Fazenda Anoni para conhecer como vivem as famílias que participaram da ocupação e que foram assentadas. O resultado dessa visita é o documentário O sonho de Rose, a continuação de Terra para Rose, que o Cadernos de Cinema exibirá no próximo domingo, 2 de setembro.
Os convidados para o debate com Vera Barrosso, após a exibição são os jornalistas Debora Lerrer e José Augusto Ribeiro; Eunice Gutman, cineasta; e Rodrigo Fonseca, crítico de cinema do jornal O Globo.
Direção Wagner Corrêa de Araújo.Sábados, 1h. Não recomendado para menores de 18.
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DOMINGO, 26 DE AGOSTO Xingu, A Terra Ameaçada – 18h30Amor de Índio .
A relação entre homem e mulher, o namoro, o casamento e o sexo entre os índios do Xingu, neste episódio da série gravado em 1984 pelo documentarista Washington Novaes.
Patrocínio da Natura e da Petrobras, através da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual.Realização TV Cultura e TVE Brasil. Livre.
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QUARTA-FEIRA, 29 DE AGOSTO O Silêncio dos Intelectuais – 22h30Um Mundo Novo, Uma Nova Palavra
O paulista Haquira Osakabe, craque em lingüística, fala da importância da nova palavra: “A linguagem da tensão, da rebeldia, da revolta está no interior da possibilidade de fragmentar, de colocar a linguagem em “contestação”. Segundo Adauto Novaes, este último episódio da série aponta para o surgimento do intelectual produzido nesse novo espaço público que se cria: anônimo e coletivo. Assim surgem intelectuais como MV Bill. Vários intelectuais são unânimes: na discussão do filme Falcão, nenhum intelectual teria obtido a confiança daquelas pessoas, por isso há uma inteligência nova se manifestando.
Direção do roteirista e cineasta Eduardo Nunes.Produção Geral Ltda Associação Cultural Mundo Brasil.Produtor associado 3 Tabela Filmes. Ministério da Cultura. Fundo Nacional da Cultura. Sábado, 23h.
Não recomendado para menores de 16.

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz