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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

26.5.07

Monocultura do eucalipto expulsa homem do campo

25/05/2007 09:44
Reportagem: Luiz Renato Almeida
duração: 2'27" tamanho: 433 Kb clique aqui para ouvir

Porto Alegre - A expansão das monoculturas do eucalipto no Brasil deve prejudicar os pequenos agricultores e gerar a expulsão dos trabalhadores do campo. A avaliação é do coordenador da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), Marcelo Calazans.

Ele avalia que os empregos gerados pelas grandes empresas de celulose, como Aracruz, Stora Enso e Votorantim, são apenas temporários e reduzidos, se comparados com o tamanho dos investimentos. A compra de grandes extensões de terra também gera impactos nos recursos naturais, que inviabilizam o trabalho no campo.

“Esse tipo de trabalho desemprega em massa. Onde entra eucalipto os índices de empregos são baixos, e as empresas mentem quando dizem que geram muito emprego. Essas plantações geram poucos empregos e em períodos muito reduzidos o que provoca uma clara expulsão do homem do campo”, diz.

Para Marcelo Calazans, os pequenos agricultores que fazem parcerias com as empresas, vão ter prejuízos no futuro. Por ter raízes profundas, o eucalipto é difícil de ser extraído, dificultando, depois, o plantio de outras culturas.

“A reconversão desta área é de custo altíssimo e de tempo muito demorado. Esse é um grande problema que o camponês deve refletir é como depois ele poderá migrar para outra cultura? O que ele vai fazer com á área? Vai ter uma área toda cortada, cortes rasos, milhares de tocos sobre está área, o que ele vai plantar sobre isso?”, afirma.

O coordenador da FASE acredita que muitos pequenos agricultores estão plantando eucalipto, em parceria com as empresas de celulose, por falta de alternativas.

“É uma lógica que no primeiro momento aparece uma alternativa, mas é uma alternativa do desespero é uma alternativa por falta de outras políticas agrícolas e agrárias do governo. Na medida em que o governo não oferece essas alternativas, não diversifica, não pensa a comercialização da agricultura camponesa, aí o eucalipto aparece como alternativa, mas é uma alternativa por falta de política”, diz.

De acordo com a Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), as papeleiras que atuam no Rio Grande do Sul têm o objetivo de plantar lavouras de pínus, acácia e eucalipto em até um milhão de hectares no Estado.

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz