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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

24.10.14

Sem alarde da mídia, Alckmin renova 5,2 mil assinaturas daVeja

Sem alarde da mídia, Alckmin renova 5,2 mil assinaturas daVeja

por helena publicado 23/08/2013 16:37, última modificação 23/08/2013 16:45

No último dia 14 de junho, enquanto as atenções estavam voltadas para os protestos nas ruas de São Paulo, o Diário Oficial do Estado publicou a compra – sem licitação – de 5.200 assinaturas semestrais da revista Veja para serem distribuídas nas escolasda rede pública. O valor contratado foi de R$ 669.240,00, a ser desembolsado em nome da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, órgão do governo estadual.

Há anos os governos tucanos paulistas recebem duras críticas pela compra em grande volume destas revistas e jornais. As críticas começam pela dispensa de licitação, afinal há pelo menos outras três revistas semanais no Brasil que concorrem com a Veja.

A linha editorial da publicação é, digamos assim, a mais simpática ao governo paulista e hostil à oposição dentro do estado. E isso atrai questionamentos aos governadores tucanos da vez, sobre haver mais interesse político próprio do que público nesta compra.

Outro ponto polêmico é se a revista é realmente adequada para ser direcionada ao ambiente escolar, tantas são as polêmicas em torno de suas reportagens. E não me refiro apenas aos diversos casos que ensejaram processos e condenações, seja de indenização por danos morais, seja de direitos de resposta.

Há também casos de reportagens contestadas e repelidas pelo meio acadêmico e científico, inclusive um caso de apologia ao consumo de remédios para emagrecer que haviam sido proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E lembremos que, no ano passado, a revista esteve envolvida com o escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, cujas interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça captaram diálogos que sugerem estreita proximidade entre o alto escalão da Veja, bem acima do recomendável e até hoje mal explicada.

Com esse perfil editorial, que não podemos chamar de educativo, seria melhor o governador Geraldo Alckmin deixar que quem a queira ler que a compre, em vez de fazer distribuição compulsória para escolas com dinheiro público.

Além disso, a revista sequer está direcionada para a faixa etária dos estudantes. A própria editora Abril publica, em seu perfil dos leitores que apenas 11% têm mais de dez e menos de 19 anos. A maior fatia de leitores tem mais de 50 anos.

Mesmo que não existisse nenhum dos argumentos anteriores, recente pesquisa da Fundação Perseu Abramo registrou que 37% dos entrevistados se informam pela internet, contra 24% por revistas impressas. A pesquisa ouviu 2,4 mil pessoas de todas as idades acima de 16 anos. Se fosse refeita só com a faixa etária de estudantes até o ensino médio, a diferença a favor da internet seria muito maior, pois as novas gerações usam intensamente as redes. Por isso, o mais provável é que grande parte dos exemplares comprados para as escolas fiquem encostados em vez de serem lidos pelos alunos, o que revela um mau gasto de dinheiro público.

Enfim, a decisão de continuar comprando estas assinaturas é muito boa para os interesses empresariais dos donos da revista, inclusive sustentando a tiragem artificialmente, o que segura o preço dos anúncios. Pode ser boa também para os interesses políticos do governador, mas é péssima para os cofres públicos paulistas e para os estudantes das escolas públicas.


http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2013/08/sem-alarde-da-midia-alckmin-renova-5-2-mil-assinaturas-daveja-2556.html

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz