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"O que nos separa é o que cada um faz quando está no governo", constata Tarso em debate
O terceiro debate entre os candidatos ao governo do Estado, nesta quinta-feira (16), no Grupo Bandeirantes, foi marcado pela comparação de biografias e projetos entre Tarso Genro (PT) e José Ivo Sartori (PMDB). "O que nos separa é o que cada um faz quando está no governo", constatou Tarso após três blocos de questionamentos, nos quais foram abordadas políticas públicas e modelos adotados pelos partidos quando tiveram a oportunidade de governar.
Tarso mostrou, por exemplo, que tanto ele quanto o ex-governador Olívio Dutra (PT) valorizaram o salário mínimo regional, enquanto Germano Rigotto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) arrocharam o vencimento básico dos trabalhadores gaúchos. "O governo deve ter papel ativo no salário mínimo regional, não pode ser meramente um mediador", defendeu, referindo-se a uma recente entrevista na qual seu adversário revelou desaprovar a interferência direta da administração pública nas negociações entre patrões e empregados.
Tarso, por sua vez, recordou que a política de valorização do mínimo regional foi um dos fatores que levou a renda dos gaúchos a aumentar duas vezes mais que a nacional. Segundo o governador, 1,5 milhão de famílias no Rio Grande do Sul possuem integrantes que recebem salário mínimo. "Se eu for eleito, vou continuar com essas políticas, pois elas estão diferenciando o Estado, que está tendo um crescimento maior do que a média nacional", assegurou.
O adversário, por outro lado, não deixou claro qual será sua política dirigida aos trabalhadores, nem garantiu que dará continuidade às ações de valorização do funcionalismo público, como os reajustes históricos de vencimentos do magistério e da Brigada Militar.
Pedágios também marcam diferenças
Outro aspecto que marca as diferenças entre ambos candidatos é a administração de estradas. Enquanto Tarso extinguiu praças e criou a Empresa Gaúcha de Rodovias, que reduziu as tarifas em 30% e ampliou investimentos, Sartori representa o modelo desenvolvido no governo de Antônio Britto (PMDB), cujas concessões para a iniciativa privada "constituíram uma extorsão" ao bolso do contribuinte.
Trazer esses temas para a pauta eleitoral é fazer uma reconstrução histórica importante, na opinião de Tarso Genro. "Estamos tratando de desvendar o que as pessoas fizeram no governo, de suas avaliações do presente e de propostas para o futuro", explicou o governador.
Em suas considerações finais, mais uma vez o candidato à reeleição pela Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PTB, PCdoB, PPL, PTC, PR, PROS) alertou os eleitores sobre a importância de estabelecer comparações. "Estão em debate dois projetos políticos e a história de dois governantes. Os gaúchos precisam conhecer esses elementos que indicam a responsabilidade que cada um assume quando é governo", concluiu.
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