O último debate das eleições ao governo do Estado em 2014 ocorreu na RBS TV, nesta quinta-feira (23), e trouxe para a pauta um tema pouco explorado em encontros anteriores: o combate à corrupção. Ao ser questionado pelo adversário sobre quais seriam suas políticas para evitar malfeitos na administração pública, Tarso recordou a criação do Departamento de Combate à Corrupção (Degecor), que realiza uma fiscalização permanente nos órgãos do Executivo estadual. "É uma iniciativa premiada pelas Nações Unidas", sublinhou Tarso.
O governador recordou também o período em que foi ministro da Justiça do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocasião em que a Polícia Federal teve toda a autonomia para investigar suspeitas de corrupção em todo o Brasil. "Eu sou um homem íntegro, e a minha trajetória me credencia. Combater a corrupção para mim é uma questão de honra", justificou Tarso.
O candidato à reeleição pela Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PCdoB, PTB, PR, PPL, PTC, PROS) defendeu a continuidade das políticas que melhoraram a vida dos gaúchos em parceria com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Já o adversário, José Ivo Sartori (PMDB), preferiu novamente o discurso genérico, que não explicita nenhum compromisso em um eventual governo. "Peço para ser reeleito porque tenho propostas claras para o Estado, para renegociar a dívida e acabar o arrocho salarial. Meu adversário propõe um salto no escuro porque não diz o que irá fazer com clareza", advertiu.
Uma dessas flagrantes negativas ocorreu quando o governador questionou em que áreas o adversário faria cortes se eventualmente fosse eleito, já que prega a redução do custo do Estado. Não obtendo resposta, Tarso criticou: "O senhor ainda não disse o que irá cortar para poder equilibrar as finanças. Nós vamos abater R$ 15 bilhões com projeto que liquida a dívida pública do estado em médio prazo e que articulamos no nosso governo", comparou.
O tema da renegociação da dívida predominou no debate, pois também foi levantado pelo candidato do PMDB, que defendeu a retirada do atual projeto, negociado por Tarso e cuja aprovação está garantida pela presidenta Dilma Rousseff, do Senado Federal. "O seu partido firmou o contrato que nós estamos resolvendo agora para ampliar a capacidade de investimentos do estado. O senhor deveria ter mais respeito pelo governador que articulou este projeto no Congresso Nacional e teve o compromisso público da presidenta em aprová-lo agora em novembro", rebateu Tarso.
Piso dos professores
Poucos dias depois de afirmar, em entrevista ao portal Terra, que uma loja de material de construção teria "melhor piso", ao ser questionado sobre o vencimento básico dos professores, José Ivo Sartori retomou o assunto no debate. Tentou desculpar-se pela infeliz declaração, porém Tarso alertou os eleitores: "Naquela entrevista o senhor estava sendo genuíno em sua expressão política, sem a orientação do marketing da sua campanha", apontou.
Ao defender os reajustes concedidos ao funcionalismo gaúcho, Tarso afirmou que a folha de pagamento não é um gasto, mas investimento no fator humano.
Ao despedir-se dos eleitores, o candidato da UPPRS afirmou que o Rio Grande do Sul vive um momento de crescimento que merece ser continuado. "Peço a reflexão sobre o que está sendo proposto para o Estado. Eu represento o Lula e Dilma. Devemos celebrar a presença gaúcha no cenário nacional que dobrou a renda média das famílias gaúchas e melhorou empregos. É uma conquista de trabalhadores que se formaram no Pronatec e de empresários que alavancaram o desenvolvimento", avaliou, pedindo um voto de confiança da população no próximo domingo.
http://tarso13.com.br/destaque/debate-na-rbs/
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