Lula: "Venceremos se colocarmos a alma revolucionária nesta luta"
A quatro dias do segundo turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os gaúchos a mostrarem o poder da militância para dar uma grande vitória ao governador Tarso Genro e à presidenta Dilma Rousseff no domingo, 26 de outubro.
"Isso não é tarefa para os candidatos no debate, muito menos para a sorte. Venceremos se colocarmos a alma revolucionária e combatente de todos os homens e mulheres nesta luta", afirmou, diante de milhares de olhos emocionados e vozes que não cessavam de repetir: "1, 2, 3, 4, 5, mil; é Tarso no Rio Grande e a Dilma no Brasil".
Estímulo para a arrancada final não faltou nas palavras do ex-presidente, de Tarso e de Abgail Pereira. Todas abordaram a mudança iniciada com o primeiro mandato de Lula no Brasil (2003-2006), que tem sequência com Dilma Rousseff e que, no Rio Grande de Sul, ganhou lugar a partir da chegada de Tarso ao Piratini.
Lembrando a diferença entre os projetos que estão em disputa no Estado e no Brasil, Lula anotou: "Não precisamos de um choque de gestão, mas de um choque de inclusão".
Lula alertou a militância para o discurso de redução de custo do Estado, repetido pelo candidato José Ivo Sartori (PMDB), que aponta para uma política de arrocho, cujo impacto maior sempre será nas camadas mais carentes da população. "Quando eu vejo o adversário do Tarso dizer que vai cortar gastos, tenham cuidado, pois vai sobrar para os trabalhadores gaúchos", frisou.
Abordando a questão da dívida pública do Estado com a União, tema recorrente no debate eleitoral, o ex-presidente recordou que a economia jamais deve ocupar o protagonismo que compete às políticas sociais. "A maior dívida que temos é com o povo brasileiro e vai demorar muito tempo para pagarmos, pois foram 500 anos de exclusão", recordou.
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