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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

20.10.14

Aécio é inimigo dos trabalhadores, afirma presidente nacional da CUT


Quem se apresenta como candidato do mercado (e do neoliberalismo) e diz defender os trabalhadores, o mínimo de coerência não tem. Bastam alguns minutinhos de pesquisa para entender o que "neoliberalismo econômico" significa. E bastam também outros minutinhos para levantar o histórico do quanto Aécio Neves não se preocupa com o futuro dos trabalhadores: enquanto parlamentar, o candidato tucano se destacou no Congresso por votar em projetos sempre a favor dos empresários, com pautas contra a valorização do salário mínimo, retirada dos direitos trabalhistas e as tais medidas impopulares.

Em artigo, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores, explica como Aécio Neves não contempla os interesses dos brasileiros.

Leia na íntegra:

Aécio, o inimigo dos trabalhadores

Por Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT

Desde seu primeiro mandato como deputado Federal, Aécio Neves, se destacou no ataque frontal aos direitos dos trabalhadores. Ele sempre vota em defesa dos interesses dos empresários. 

Como deputado Constituinte, Aécio votou contra a redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais, histórica reivindicação do movimento sindical, que permitiria a criação de milhões de novos empregos, aumentaria a qualidade de vida dos trabalhadores e beneficiaria toda a sociedade.  Também como Constituinte, Aécio votou pelo adicional de hora extra de apenas 50%, defendido pelos empresários, ao invés dos 100%, defendido pelos representantes dos trabalhadores.

Em 2001, já como presidente da Câmara dos Deputados, ele trabalhou muito para o Congresso aprovar um projeto que alterava o artigo 618 da CLT, enviado pelo ex-presidente FHC. O projeto flexibilizava totalmente a legislação trabalhista e tirava direitos como férias e 13º salário. Não foi adiante porque, em 2003, Lula mandou arquivar o projeto nefasto antes da aprovação do Senado.

Em 2011, Aécio votou contra a Política de Valorização do Salário Mínimo (SM). Ela anda dizendo que mente quem faz esta afirmação. Esquece que o Senado registra para a posteridade todos os áudios e atas de votações. Aécio não pode desmentir a história. Está lá, basta clicar no link  http://mudamais.com/divulgue-verdade/video-aecio-vota-contra-o-salario-m..., comprovar. "Senador Aécio Neves vota contra", diz o próprio.

No governo de FHC, o mínimo era de R$ 200. Agora, está em R$ 724. Os aumentos do salário mínimo contribuíram para melhorar também os salários de todas as outras categorias profissionais. Porque aumentou os pisos salariais e, com isso, empurrou os níveis salariais para cima. 

Segundo o IPEA, a formalização do mercado de trabalho e o aumento do salário dos trabalhadores foram os fatores que mais contribuíram para a queda da desigualdade social nos últimos anos. Esses fatores superaram até mesmo outras fontes de renda, como previdência e programas sociais, como o Bolsa Família.

Aécio, que falou para empresários em ambiente fechado que não tem medo de tomar medidas impopulares (arrocho salarial e desemprego, entre outras) fez igual Marina. Com a repercussão negativa, disse em público que não era bem assim. O tucano só esqueceu de combinar o jogo com o seu ex-futuro ministro da Fazenda, Armínio Fraga. O economista, principal conselheiro de Aécio, disse com todas as letras, mais de uma vez, que o salário mínimo está muito alto no Brasil. Para os tucanos, a única maneira de manter a inflação baixa é cortando salário, emprego, crédito e aumentando os juros.

Os profissionais de Educação de Minas Gerais foram uma das categorias que mais sentiram os dramas do tão propalado 'choque de gestão' dos tucanos. Nas escolas de MG, Estado governado duas vezes por Aécio, falta infraestrutura, as salas de aula são precárias, mais de 50% escolas de ensino médio não têm laboratório de ciências nem salas de leitura, 80% sequer tem almoxarifado. Os investimentos em Educação caíram de 19,36% para 11,53% em 2012. Aécio deixou de cumprir, por vários anos, o investimento mínimo de 25% da receita em educação, como determina a Constituição. E o Estado não paga o piso salarial dos professores.

Para piorar, 98 mil profissionais da Educação, efetivados sem concurso público, estão prestes a perder o emprego. Aécio contratou os profissionais via CLT. O STF julgou a medida inconstitucional e o governo de MG precisa resolver a vida desses profissionais, sem prejudicar o funcionamento das escolas. Pais e mães de família vivem hoje o drama de não saber o que esperar do futuro, podem ser demitidos a qualquer momento.

E para completar o quadro trágico, Aécio tem um pé na Casa-Grande e não abre mão da senzala. Ele não quis endossar a Carta-Compromisso contra o Trabalho Escravo, documento com propostas de governo para o combate ao crime lançado pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae).

 

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz