Dilma promete a artistas uso do pré-sal na cultura
Grupo de intelectuais e artistas repete ato de 2010 e lota Teatro Oi Casagrande, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em apoio à campanha pela reeleição de Dilma Rousseff; estiveram presentes figuras como Leonardo Boff, Marilena Chauí, Elza Soares, Otto, Alcione e Beth Carvalho; "Vamos colocar a Cultura dentro da nossa estratégia de crescimento econômico", disse a presidente; ela lembrou que os recursos do pré-sal irão garantir os investimentos em educação e em cultura, e disse que não há "alquimia ou milagre" que faça a educação evoluir: "temos que pagar bem o professor e exigir que ele fique na aula"; ela afirmou ainda que o relativo desconhecimento sobre a riqueza representada pelo pré-sal tem como uma das origens o "pessimismo militante" da imprensa brasileira
16 de Setembro de 2014 às 05:10
247 – Repetindo ato de 2010, um grupo de Intelectuais, cientistas, lideranças sociais, religiosas, políticos e artistas, lotou o Teatro Oi Casagrande, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ao lado do ex-presidente Lula, em apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência.
Participaram do evento figuras como Leonardo Boff, Chico César e Marilena Chauí, além de Elza Soares, Otto, Alcione e Beth Carvalho. Do lado de fora, mais de mil pessoas acompanharam o ato, que durou cerca de três horas.
Ao discursar, Dilma observou: "De todos aqueles que me apoiaram em 2010, a grande maioria está de volta aqui, muito obrigada. Quando estive aqui em 2010, foi já no segundo turno, eu senti que a gente iria vencer a eleição e nós vencemos."
"Não vamos voltar para trás, e faremos isso investindo em educação qualificada, para todos, e colocando a cultura dentro da nossa estratégia de crescimento e desenvolvimento econômico. Não queremos só obras, queremos utopias. Não queremos só vantagens materiais, queremos nos compreender. Vamos colocar a Cultura dentro da nossa estratégia de crescimento econômico", acrescentou.
A presidente lembrou que os recursos do pré-sal irão garantir os investimentos em educação e em cultura, e disse que não há "alquimia ou milagre" que faça a educação evoluir: temos que pagar bem o professor e exigir que ele fique na aula".
"Pessimismo militante" da imprensa
Dilma afirmou ainda que o relativo desconhecimento sobre a riqueza representada pelo pré-sal tem como uma das origens o "pessimismo militante" da imprensa brasileira, após Lula ter defendido a aprovação de um marco regulatório para o setor de comunicação no país.
"Hoje o nível de consciência que o Brasil tem sobre o petróleo que sai do pré-sal é muito baixo, até por conta da desinformação sistemática e do pessimismo militante que viceja e, a gente sabe, é característico da forma como se transmitem as informações na imprensa brasileira", disse Dilma.
Dilma expressou desconforto com a cobertura da mídia também ao falar sobre a investigação de casos de corrupção durante seu governo, dizendo que "o que é errado no Brasil é a exposição desnecessária de pessoas sem se ter certeza da culpa".
A presidente fez referência às denúncias de corrupção que vieram à tona após o vazamento de depoimentos feitos pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal, mediante acordo de delação premiada, que teriam revelado um suposto esquema de desvio de recursos envolvendo a estatal e políticos da base aliada.
Em discurso antes da presidente, Lula fez duras críticas à cobertura política feita pela imprensa e, ao lembrar das conferências nacionais de comunicação realizadas em seu governo, defendeu a aprovação de um novo marco legal para o setor.
"O marco regulatório das comunicações é uma necessidade nesse país... O que não é possível é que as concessões do Estado tenham o comportamento que têm", afirmou Lula (Reuters)
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