Mais uma vez, parte da grande mídia e a oposição estão veiculando informações falsas e mal intencionadas sobre Dilma Rousseff. Agora, estão distorcendo as declarações de Dilma em defesa da paz, durante a 69ª Assembleia Geral da ONU. Querem fazer parecer que a defesa da intermediação diplomática é absurda, por meio de um discurso bélico e absolutista, que contraria a posição histórica do Brasil no cenário das relações internacionais. O antídoto para tais distorções é a divulgação da verdade.
Nos dois dias em que esteve na ONU, Dilma reiterou a importância do diálogo e da intermediação das Nações Unidas para a resolução de conflitos, lamentou o uso da força e as mortes que decorrem de qualquer conflito armado. No discurso de abertura da Assembleia Geral, Dilma afirmou que:
O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da questão Palestina, no massacre sistemático do povo sírio, na trágica desestruturação nacional do Iraque, na grave insegurança na Líbia, nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia. A cada intervenção militar não caminhamos para a paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos". Dilma ainda afirmou que "não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, mulheres e crianças. Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.
Tais declarações, que traduzem a preocupação do governo brasileiro com a promoção e defesa dos direitos humanos e seu compromisso com a promoção da cultura de paz, foram suficientes para que setores da imprensa descomprometidos com a verdade começassem a veicular notícias afirmando que Dilma teria defendido o "Estado Islâmico", grupo terrorista em atividade na Síria e no Iraque. Isso não é verdade.
A oposição se aproveita do nome do grupo terrorista para tentar confundir os cidadãos: "Estado Islâmico" é uma coisa, estado Palestino é outra. Estado Islâmico é o nome de um grupo terrorista, enquanto o estado Palestino é uma nação que pleiteia território próprio. O Brasil é a favor da solução dos conflitos e da convivência pacífica entre os dois estados - Israel e Palestina -, dentro de fronteiras internacionalmente estabelecidas.
Jamais Dilma ou o governo brasileiro se posicionaram a favor do terrorismo. A posição da presidenta é diametralmente oposta: Dilma se pauta pela defesa da vida e do diálogo.
Apesar disso, o candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, deu declarações completamente levianasna tarde dessa quinta (25), ao afirmar que "a presidente propõe negociar com um grupo que está decapitando pessoas". Talvez Aécio esteja desinformado, e não tenha ouvido as declarações de Dilma, ou, pior do que isso, esteja propositalmente distorcendo os fatos para tentar obter alguma vantagem eleitoral.
Aécio está longe de ser o único a fazer isso: nos últimos três dias, as redes vêm se enchendo de posts com informações falsas e raivosas. As páginas de facebook do Movimento Contra a Corrupção e doMovimento Brasil Consciente trazem postagens violentas, que disseminam o ódio e pregam o uso da força em oposição ao diálogo (postura muito próxima àquela dos terroristas que dizem criticar). Figuras públicas como o senador Álvaro Dias (PSDB), o deputado Marco Feliciano, Silas Malafaia e o cantorLobão também utilizaram o facebook e o twitter para postagens mentirosas sobre o posicionamento de Dilma.
No twitter, grassam tentativas de divulgar informações mentirosas de maneira torpe, que se utilizam de imagens de violência contra inocentes. Que tipo de debate político essas figuras querem fazer? Não estamos do lado do ódio, da violência e do jogo sujo. O respeito ao outro e a tolerância à diversidade precisam ser princípios que pautem as contendas políticas nacionais e internacionais.
Esses mesmos setores tentam criar uma nuvem de fumaça para confundir os leitores e levá-los a acreditar que o Brasil se posicionou contrariamente à resolução do Conselho de Segurança da ONU que visa prevenir e reprimir o recrutamento de estrangeiros para atos terroristas. Mais uma vez, não é verdade.
Vale citar de novo o discurso de Dilma, porque nas palavras proferidas formalmente na ONU está a verdade do posicionamente da presidenta com relação à violência: "verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios".
Nenhum comentário:
Postar um comentário