Sindicalistas acreditam que sociedade gaúcha "merece explicações" sobre bens não-declarados de Ana Amélia Lemos (PP) | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Da Redação
No início da tarde desta terça-feira (23), dirigentes sindicais ingressaram com um pedido de investigação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a respeito de bens não-incluídos pela candidata da coligação Esperança que Une o Rio Grande (PP/PRB/PSDB/SD), Ana Amélia Lemos (PP) na declaração que todo postulante à cargo eletivo deve apresentar à Justiça Eleitoral.
Ao documento foram anexadas cópias de bens em nome de Ana Amélia, como uma fazenda no município de Formosa, em Goiás, utilizada para criação de gado bovino, que não estão em sua declaração de bens quando do registro da candidatura. O documento cita como fontes o blog Sociedade Política e o Sul21. Segundo declaração pública de partilha do espólio de Octávio Omar Cardoso, marido da senadora, falecido em 27 de fevereiro de 2011, ela também suprimiu da lista um terreno de 776 metros quadrados, situado na SHI/Norte, em Brasília, no valor de R$ 1.467.758,62.
A defesa da candidata alegou ao Sul21, quando da publicação da denúncia, no sábado (20), que como ela era casada em regime de comunhão de bens com Octávio Cardoso, não precisaria declarar a fazenda em Goiás ao TRE, pois ela fazia parte da declaração de Imposto de Renda do marido, e que isto seria providenciado após o fim do inventário, ocorrido em 2014, e a partir deste momento estaria liberado para inclusão na declaração de 2015.
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Dirigente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindiBancários), Lúcio Barros acredita que os cidadãos "merecem explicações". Além disso, enquanto dirigente sindical, ele defende que a própria categoria que representa tenha este direito.
Também estiveram presentes Lírio Rosa, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre; Paulo Chitolina, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita; Luiz Gambin, diretor de administração do Sindicato dos Trabalhadores em Administração Escolar do Rio Grande do Sul (Sintae-RS) e João Batista Xavier da Silva, presidente da Federação Democrática dos Sapateiros do RS. O pedido foi feito nominalmente por eles enquanto "cidadãos e dirigentes sindicais". Todos integram entidades filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT). "
Advogado da coligação Gustavo Paim, disse que ainda não foi notificado sobre a denúncia. "Não consigo imaginar o que pretendem", questionou ele, acrescentando que aguardará a notificação para se pronunciar.
Após o protocolo, o pedido de investigação é encaminhado ao Procuradoria Regional Eleitoral (MPE), para análise, que pode resultar em representação ao TRE ou seu arquivamento.
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