segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Empresa de fachada de Youssef firmou contrato com a Cemig. Aécio, era o governador de Minas
Documentos apreendidos pela Operação Lava Jato mostram que uma empresa de fachada controlada pelo grupo do doleiro Alberto Youssef também firmou contrato de compra e venda de energia com a Cemig, estatal mineira do setor elétrico, para uma usina termelétrica a ser construída em Cachoeira do Sul (RS), na fronteira com a Argentina.
Para a Polícia Federal, os documentos apontam que há indícios de que o grupo do doleiro "tinha a intenção de ocultar e dissimular a origem destes recursos ilícitos, investindo em UTEs (usinas termelétricas) pelo Brasil, em especial a CTSUL (Central Termelétrica Sul S/A)".
O acordo é mais um entre os 750 projetos entre construtoras e órgãos públicos apreendidos na residência de Youssef.
O empreendimento, contudo, não entrou em funcionamento, mas o relatório da PF aponta que em dezembro de 2009, um ano depois de o contrato ser firmado, o capital social da Central Termelétrica Sul S.A. (CTSUL), sociedade anônima criada em 2000 para implantar a usina aumentou de R$ 1000 para R$ 10 milhões. R$ 999.000 foram integralizados pela Focus Participações, empresa que detinha 90% do capital social da CTSUL.
Quatro meses antes de fechar o acordo de compra e venda de energia com a Cemig, contudo, a Focus participações transferiu os direitos de implantação da usina para a CSA Project Finance.
Considerada empresa de fachada pela PF, a CSA aparece em diferentes esquemas descobertos no âmbito da Lava Jato. A empresa, por exemplo, foi uma das utilizadas por Youssef para lavar R$ 1,16 milhão do mensalão.
Na reunião em que estavam presentes o diretor presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais e o diretor comercial Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga para firmar o acordo de compra e venda de energia em outubro de 2008, Rubens de Andrade Filho, um dos sócios da CSA e também investigado pela Lava Jato presidia a mesa de negociações entre a CTSUL e a estatal mineira.
Documentos obtidos pela operação mostram que Carlos Alberto Pereira da Costa, braço direito de Youssef preso na Lava Jato, era um dos que assinava em nome da Focus, além de manter "fortes relações comerciais", segundo a PF, com Raul Motta Jr, um dos sócios da Focus.
O relatório da PF indica ainda que a Focus possui ligações com a construtora Gautama, considerada inidônea pela Controladoria Geral da União no ano passado e cujo proprietário, Zuleido Soares de Veras foi condenado a oito anos de prisão por desvio de dinheiro público em decorrência da Operação Navalha, da Polícia Federal. Antes de ser condenado ele também fazia parte do quadro societário da Focus e, segundo a PF, foi substituído por Raul Motta Jr.
O acordo de compra e venda de energia previa ainda que a termelétrica fosse financiada junto com investidores chineses e que ela começaria a entrar em operação em janeiro deste 2014, o que não ocorreu. A Cemig seria a responsável por comprar a energia da usina, mas o acordo foi encerrado em 2010.
Defesa. Procurada pela reportagem, a Cemig informou apenas que rescindiu o contrato com a CTSUL em 2010 "sem ônus para ambas as partes. Além disso a Companhia esclarece que não houve, nesse período, qualquer pagamento da Cemig à CTSUL.", afirmou em nota.
A companhia alegou ainda não ter nenhum acordo em vigor atualmente com a CTSUL. A estatal, contudo, não respondeu porque rescindiu o contrato e nem como se deu o contato da diretoria da empresa com Rubens de Andrade Filho. As informações são do Estadão
Para a Polícia Federal, os documentos apontam que há indícios de que o grupo do doleiro "tinha a intenção de ocultar e dissimular a origem destes recursos ilícitos, investindo em UTEs (usinas termelétricas) pelo Brasil, em especial a CTSUL (Central Termelétrica Sul S/A)".
O acordo é mais um entre os 750 projetos entre construtoras e órgãos públicos apreendidos na residência de Youssef.
O empreendimento, contudo, não entrou em funcionamento, mas o relatório da PF aponta que em dezembro de 2009, um ano depois de o contrato ser firmado, o capital social da Central Termelétrica Sul S.A. (CTSUL), sociedade anônima criada em 2000 para implantar a usina aumentou de R$ 1000 para R$ 10 milhões. R$ 999.000 foram integralizados pela Focus Participações, empresa que detinha 90% do capital social da CTSUL.
Quatro meses antes de fechar o acordo de compra e venda de energia com a Cemig, contudo, a Focus participações transferiu os direitos de implantação da usina para a CSA Project Finance.
Considerada empresa de fachada pela PF, a CSA aparece em diferentes esquemas descobertos no âmbito da Lava Jato. A empresa, por exemplo, foi uma das utilizadas por Youssef para lavar R$ 1,16 milhão do mensalão.
Na reunião em que estavam presentes o diretor presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais e o diretor comercial Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga para firmar o acordo de compra e venda de energia em outubro de 2008, Rubens de Andrade Filho, um dos sócios da CSA e também investigado pela Lava Jato presidia a mesa de negociações entre a CTSUL e a estatal mineira.
Documentos obtidos pela operação mostram que Carlos Alberto Pereira da Costa, braço direito de Youssef preso na Lava Jato, era um dos que assinava em nome da Focus, além de manter "fortes relações comerciais", segundo a PF, com Raul Motta Jr, um dos sócios da Focus.
O relatório da PF indica ainda que a Focus possui ligações com a construtora Gautama, considerada inidônea pela Controladoria Geral da União no ano passado e cujo proprietário, Zuleido Soares de Veras foi condenado a oito anos de prisão por desvio de dinheiro público em decorrência da Operação Navalha, da Polícia Federal. Antes de ser condenado ele também fazia parte do quadro societário da Focus e, segundo a PF, foi substituído por Raul Motta Jr.
O acordo de compra e venda de energia previa ainda que a termelétrica fosse financiada junto com investidores chineses e que ela começaria a entrar em operação em janeiro deste 2014, o que não ocorreu. A Cemig seria a responsável por comprar a energia da usina, mas o acordo foi encerrado em 2010.
Defesa. Procurada pela reportagem, a Cemig informou apenas que rescindiu o contrato com a CTSUL em 2010 "sem ônus para ambas as partes. Além disso a Companhia esclarece que não houve, nesse período, qualquer pagamento da Cemig à CTSUL.", afirmou em nota.
A companhia alegou ainda não ter nenhum acordo em vigor atualmente com a CTSUL. A estatal, contudo, não respondeu porque rescindiu o contrato e nem como se deu o contato da diretoria da empresa com Rubens de Andrade Filho. As informações são do Estadão
Aécio era o governador
Em 1º de janeiro de 2003, Aécio tomou posse como governador de Minas Gerais, sucedendo Itamar Franco. Aécio Neves foi reeleito governador de Minas Gerais em 2006, e tomou posse em 1º de janeiro de 2007. Permaneceu no cargo até 31 de março de 2010, quando renunciou para se candidatar a uma vaga no senado.44 Foi sucedido pelo vice-governador Antônio Anastasia. Ao todo, ficou 7 anos, 2 meses e 30 dias no cargo, tornando-se o governador a permanecer mais tempo no Palácio da Liberdade.
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