Presidente do TCE-MG, nomeada por Aécio, é esposa de réu do mensalão tucano
publicado em 16 de outubro de 2014 às 10:40
Clésio Andrade, Adriane Barbosa (presidente do TCE-MG) e o ex-governador Antônio Anastasia: Uma mão lava a outra
por Conceição Lemes
No debate da Band realizado na terça-feira 14 a candidata petista Dilma Rousseff pediu aos eleitores que consultassem o site o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), para saber dos malfeitos do candidato Aécio Neves, do PSDB. Os governos Aécio e Antônio Anastasia deixaram de investir R$ 16 bilhões na Educação e na Saúde.
Quem tentou, sabe o que aconteceu. Primeiro, o TCE-MG tirou o site do ar após o debate. Ontem, quando voltou a funcionar, os relatórios das contas governamentais do Estado, que comprovam as denúncias de Dilma, sumiram. À custa de muita pressão, os documentos reapareceram por volta das 20h dessa quarta-feira 15.
Por e-mail, o leitor Gerson Carneiro, nos passa esta bomba: "Adriene Barbosa de Faria Andrade, presidente do TCE-MG é esposa do Clésio Soares de Andrade. Clésio foi vice- governador do Aécio. Ele é o dono instituto Sensus, que divulgou a pesquisa fajuta que dava 17 pontos à frente para o Aécio".
Teria sido coincidência o "apagão" no site do TCE-MG?
Ou teria sido uma tentativa de golpe por parte de TCE-MG para proteger mais uma vez Aécio, como denunciou ao Viomundo o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG)?
É difícil acreditar na primeira hipótese:
1. Em 2006, Adriene Barbosa foi indicada e nomeada pelo então governador Aécio Neves para o cargo de conselheira do TCE-MG. Foi corregedora do tribunal (biênio 2009/2010), vice-presidente (2011/2012) e agora presidente.
2. Em 2002, Clésio foi eleito vice-governador de Minas Gerais, juntamente com o governador Aécio Neves. Entre 2011 e 2014, foi senador da República, ao assumir a cadeira de Eliseu Resende.
3. Clésio é réu do mensalão tucano. É acusado de peculato e lavagem de dinheiro por ter, supostamente, tentado ocultar recursos recebidos de Marcos Valério na campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais em 1998 – Clésio era candidato a vice.
4. Clésio era o único réu do mensalão tucano que havia permanecido no Supremo Tribunal Federal (STF). Alegando motivos de doença, renunciou ao mandato de senador este ano.
Se a presidência do TCE-MG estivesse nas mãos de um petista, com "currículo" semelhante ao da doutora Adriane e de seu esposo Clésio, o mundo já teria vindo abaixo. Retirada do site do ar e o sumiço dos documentos, que incriminam os governos Aécio e Antônio Anastasia, seriam escândalo nacional.
Isso sem falar no aparelhamento da máquina pública pelo PSDB e aliados, do qual sempre acusam o PT.
É como dissemos na reportagem Assessor de Bruno Covas flagrado pela PF ganha R$ 9 mil e é assessor da presidência da Cetesb: quem tem padrinho tucano, não morre depenado.
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