Mensagem aos gaúchos e gaúchas, em direção ao 2º turno
Publicado em 06/10/2014
"Agradeço comovido, aos gaúchos e gaúchas, que nos honraram com seu voto no primeiro turno desta dura eleição ao governo do Estado, como de resto são as eleições nestas plagas.
O povo fez as suas escolhas para a Assembleia Legislativa, para Câmara Federal, para o Senado. As opções da maioria são legítimas e devem ser respeitadas. Na democracia -conquistada depois de décadas de arbítrio- o respeito aos eleitos, porém, não significa adesão as suas ideias, mas reconhecimento da importância das eleições livres e da liberdade de escolha de cada eleitor-cidadão.
No plano nacional, estamos entrando com vantagem significativa no segundo turno e, aqui, em desvantagem. Ainda que bem menor do que aquela que abatemos da primeira colocada, no turno inicial. Mas nenhuma das eleições está definida. Respeitar a vontade do eleitor também significa usar argumentos, capacidade de convencimento e energia política, para somar mais votos, mudar votos, encantar as pessoas com propostas sólidas sobre o futuro.
O debate é político, e, para tanto, ele deve confrontar biografias e atitudes na vida pública. Deve comparar programas e ações de governo, com as quais as biografias dos candidatos se fundem. Neste primeiro turno, tivemos exclusivamente os votos dos que acham o nosso governo "ótimo" e "bom". Não ampliamos para aqueles eleitores que acham que o governador governa de maneira correta o Estado, percentual que alcança 52 % dos que têm opinião sobre o assunto. Esse é o enigma que deveremos resolver neste turno final.
O Rio Grande do Sul tradicionalmente não reelege seus governadores. Devemos mostrar, na campanha deste segundo turno, que a continuidade de um bom projeto, que está em andamento, suplantando enormes dificuldades acumuladas por décadas, é melhor para o Estado, para o seu crescimento com mais renda, empregos e boas políticas de combate às desigualdades sociais e regionais. Não nos faltam argumentos nem realizações.
Convoco os militantes da Unidade Popular pelo Rio Grande para que se organizem nos bairros, nas fábricas, nas escolas e universidades, nas comunidades da agricultura familiar, nas organizações da juventude, nas entidades dos movimentos sociais, para que visitemos casa por casa - em nossas cidades de todos os rincões do Estado - mostrando a cada gaúcho e cada gaúcha, o que estamos fazendo como governo de todo o povo, e que a volta à "estaca zero", como já ocorreu em outras oportunidades, será um grande dano para o nosso futuro.
Com o carinho e o respeito ao povo, no coração, e com a mente grávida de argumentos e informações, vamos à luta e vamos à vitória! O Rio Grande não pode retroceder ao arrocho salarial, à falta de políticas que promovam o desenvolvimento e o emprego e à falta de diálogo com os movimentos sociais e com lutas emancipatórias do nosso povo!"
Tarso Genro
Candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande
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