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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

3.9.14

Os golpes de Estado no programa de Marina Silva

01/09/2014 00:00 - Copyleft

Os golpes de Estado no programa de Marina Silva

Democracia de 'alta intensidade' sem partidos fortes. Justiça social com Estado mínimo. O programa de Marina é uma bomba institucional.

por: Saul Leblon


Por trás do cerco conservador à candidatura Dilma, e da fase alegre dos consensos em torno de Marina Silva – que Malafaia trincou com 4 'bordoadas' de twiter, como ele próprio se jacta -- existe uma encruzilhada política.

É ela que está sendo escrutinada nos dias que correm.

O que as urnas de outubro vão decidir é se o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro será pautado por um salto revitalizador da democracia ou pela restauração neoliberal.

A identidade programática entre Marina e Aécio nesse aspecto é tal que o tucano já acusa a afilhada de Neca do Itaú de roubo de patente.

A patente de um governo deliberadamente subordinado à supremacia da lógica financeira.

Um governo que se propõe a ser um anexo do Banco Central independente.

E que não oculta a determinação de entregar ao poder financeiro a gestão autônoma da moeda, do juro e, por isso também, do câmbio – e em consequência, do poder real de compra dos salários.

Democracia participativa ou a ditadura da lógica financeira?

Interesse público ou apetites unilaterais?

Um Brasil mais justo ou a desigualdade como motor da economia?

A alavanca da produtividade ou o garrote-vil do arrocho salarial?

A coordenação democrática da economia ou a farra das privatizações?

Repactuar metas, concessões, salvaguardas e prazos com partidos, sindicatos, lideranças e movimentos sociais organizados; ou submetê-las à chibata do poder econômico local e global?

Não existe uma terceira via nessa disjuntiva.

Pode existir nas bibliotecas.

Ou nos devaneios marinados nos salões elegantes, onde o capital financeiro se veste de verde sustentável.

Mas o que distingue um devaneio ou uma biblioteca de um projeto político é justamente a construção das linhas de passagem concretas, aquelas que alteram a correlação de forças, criando um protagonista organizado, fiador de um futuro que não repita o passado.

É isso que desafia a história concreta do Brasil hoje.


http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditorial%2FOs-golpes-de-Estado-no-programa-de-Marina-%2F31723

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz