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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

2.9.14

O avião de Campos e Marina e os limites da Nova Política

01/09/2014 - Copyleft

O avião de Campos e Marina e os limites da Nova Política

Marina não herdou de Campos apenas uma coligação. Herdou também a obrigação de justificar as condições em que aquele avião vinha sendo utilizado.



Fábio de Sá e Silva
Thays Cabette/Fotos Públicas

Se é verdade que, como diz um entusiasta da candidatura de Marina, "de perto ninguém é normal", é razoável pensar que, na medida em que a ela passe a ser escrutinada com maior rigor, os eleitores vejam surgir mais que a mística e a poesia que marcaram sua emergência no pleito de 2014.
 
Ironicamente, uma dessas primeiras revelações remete ao triste episódio que acabou por viabilizar a ascensão da ex-Ministra e ex-Senadora à cabeça da chapa liderada pelo PSB, partido ao qual, até pouco tempo, ela sequer era filiada.
 
A história tem início quando, visando determinar as causas e circunstâncias do acidente que vitimou Eduardo Campos, as autoridades envolvidas se puseram a levantar uma informação que deveria ser de simples alcance: quem era o dono do avião?
 
Saber isso é fundamental não apenas para entender detalhes como estado da conservação e frequência de manutenção da aeronave (aspectos técnicos ligados à investigação), mas também para determinar eventual responsabilidade civil e penal pelo acidente (implicações jurídicas dos resultados desta).
 
As buscas iniciais, que levaram à empresa AF Andrade, já criavam problemas suficientes para Campos e Marina: segundo o que dispõe a legislação, como a AF Andrade não é empresa de taxi aéreo, jamais poderia ter prestado quaisquer serviços aeroviários à candidatura da dupla.
 
A AF, porém, alegou que não era mais proprietária do avião.
 
As buscas, então, levaram a dois empresários de Pernambuco: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.
 
Atuando por meio de suas empresas, BR Par Participações e Bandeirantes Pneus, tais empresários efetuaram depósitos em nome da AF no total de R$ 1,7 milhões, os quais corresponderiam a parcelas em aberto do avião e aos quais se somariam outros US$ 450 mil.
 
Para a AF, pode ter sido o fim de uma dor de cabeça (Pode, pois a polícia não descarta a hipótese de que a venda aos amigos de Campos tenha sido apenas simulada para evitar que aeronave ficasse bloqueada no pedido de recuperação judicial ao qual, dias depois de sua entrega aos novos "donos", a AF deu entrada). Para o PSB não.
 
Afinal, a BR Par, assim como a Bandeirantes Pneus tampouco satisfaziam o requisito da legislação para que pudessem alugar o jato à campanha eleitoral: nenhuma delas era ou é empresa de taxi aéreo. E tanto João quanto Apolo, soube-se depois, eram pessoais amigos de Campos, sendo que um deles foi beneficiado por ações governamentais quando Campos chefiava o Executivo de Pernambuco.
 
Confirmada como presidenciável, em sucessão a Eduardo Campos, Marina não herdava, assim, apenas uma coligação e uma legenda para reeditar seu antigo plano de voo ao Palácio do Planalto: herdava, também, a necessidade de justificar as condições em que aquele avião vinha sendo utilizado não apenas pelo falecido Eduardo, mas por ela própria, como então candidata a vice-Presidente.
 
Esquivas, tergiversações e veio a cobrança na entrevista da candidata ao Jornal Nacional.
 
Perguntada a respeito, Marina quis dar resposta em tom definitivo:
 
"– Nós tínhamos uma informação de que era um empréstimo e que seria feito um ressarcimento no prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria justiça eleitoral, até o encerramento da campanha e que esse ressarcimento seria feito pelo comitê financeiro do candidato," afirmou Marina, pela primeira vez referindo-se a Campos em terceira pessoa.
 
"– O rigor é o de tomar as informações com aqueles que deveriam prestar as informações sobre a forma com que aquele avião estava prestando o serviço e a forma como estava sendo prestando o serviço era por um empréstimo que seria ressarcido pelo comitê financeiro," reiterou.
 
Ao invés de um ponto final, porém, como ela parecia querer, a resposta trouxe mais interrogações.

http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FO-aviao-de-Campos-e-Marina-e-os-limites-da-Nova-Politica%2F4%2F31724

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz