Neca, do Itaú, já dá as cartas no governo Marina
Coordenadora do programa de governo de Marina Silva, Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú, assegura que a candidata socialista dará autonomia ao Banco Central e irá perseguir uma meta de inflação de 4,5% no primeiro ano, que cairá para 3% nos anos seguintes, o que demandaria taxas de juros maiores; ela também minimizou a falta de experiência de Marina, que, segundo ela, contará com "operadores de mercado" em sua equipe; por fim, atacou a presidente Dilma; "Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos", afirmou
22 de Agosto de 2014 às 04:46
247 – Madrinha de Marina Silva, Maria Alice Setubal, a Neca, coordenadora do programa de governo do PSB, minimiza a falta de experiência da candidata e sinaliza aproximação com o mercado.
Em entrevista à Folha, ela afirma que a presidenciável manterá os compromissos feitos anteriormente por Eduardo Campos a respeito de conceder autonomia formal, por lei, ao Banco Central. Diz que, ao longo da campanha, mais economistas "estarão se aproximando".
"Hoje, temos uma presidente cujo perfil é de gestão, pragmático, racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é bastante insatisfatório. Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos. O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vai ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras", afirma.
Neca disse que a meta de inflação num eventual governo Marina permanecerá em 4,5%, com foco em chegar a 3% a partir de 2019.
Quanto à gestão de Dilma Rousseff, avalia que a petista "tem uma incapacidade de ouvir. Desagrega" (leia mais).
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