O médico que escolheu o Paraguai como refúgio e foi preso esta semana insiste em alegar 'inocência'. Porém, é muita gente contando a mesma história, relatando o mesmo modo de agir, o mesmo local e o mesmo sujeito criminoso
O médico que escolheu o Paraguai como refúgio e foi preso esta semana insiste em alegar 'inocência'.
Ele é apontado e acusado social, jurídica e frontalmente por 37 mulheres que perderam a vergonha e o medo, de ter cometido crimes bárbaros, perversos, torpes e infames. São condutas covardes de ter se aproveitado de anestésicos em momentos médicos para violentar sexualmente essas mulheres.
São 37 mulheres de bem que podiam pagar os altos 'honorários' da tal clínica médica. A palavra 'honorários' está entre aspas porque sua raiz se liga a 'honos', honra, o que no caso pode ser a maior piada.
Mas há uma questão interessante. Essas mulheres são apenas as que resolveram se expor e vir a público, muitas casadas e com filhos. Só por esse absurdo número, 37, imagina-se, obviamente, que possa haver outras dezenas de mulheres que preferiram esquecer, esconder e não enfrentar esse processo pessoal e social de mazela e desgraça.
Para discutir a tal inocência do médico, não se precisa invocar a investigação policial que deve ter sito muito bem realizada, afinal o investigado era pessoa influente; graus de certeza dos promotores e do juiz. Nada disso.
Basta o número. 37. É muita gente contando a mesma história, relatando o mesmo modo de agir, o mesmo local e o mesmo sujeito criminoso. Mulheres que foram aparecendo aos poucos, aos espasmos, dramas e choros. Remoendo tragédias e vergonhas. São casos havidos há muitos anos e outros recentes, mostrando que a prática criminosa do 'doutor' era velha.
Pode-se enganar alguns por muito tempo, mas não todos por todo o tempo. Ou seria um 'complô' de tantas senhoras contra o pobre médico? Ou será que todas são 'mentirosas'?
A imprensa deve deixar esse sujeito cair no ostracismo penitenciário, logo. Esta triste fatura se mostra liquidada.
Do blog Observatório Geral
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